Peixoto, apelido de nosso entrevistado, é de um distrito de Santarém, mas mudou-se para Miritituba quando tinha 21 anos. Seu primeiro nome, João, foi dado porque ele nasceu em 24 de junho, no dia de São João.
Sua casa de infância era simples, coberta de palha e com paredes de madeira, mas aconchegante. Ele contou que era uma época muito boa, em que gostava muito de estudar e andar de bicicleta.
Quando se mudou para Miritituba, abriu um comércio. A escola e os alunos contribuíram para isso: “Comecei a fazer bolos e sucos. Quando iam para a escola, os alunos passavam no comércio para comprar e isso foi aumentando o negócio”. Ele também conta: “A Escola Integração Nacional marcou minha história, fui professor de Geografia e Matemática”. Ele relatou que o nome da escola se deu devido à BR-163, que tinha o propósito de integrar o país.
Além do trabalho, sua grande realização em Miritituba foi construir família. Casado, criou seus filhos e hoje tem netos, por isso, ele é grato a Deus. Frisou, ainda, que a lembrança mais feliz foi o nascimento de sua filha: “Foi muito bom! Ainda lembro, na orla da cidade, eu, com meus colegas, comemorei o nascimento da minha filha Fabiana".
Nas horas vagas, Peixoto gostava de pescar, mas hoje não costuma mais ir; afirmou que sente falta. “Minha esposa sempre dizia: ‘Peixoto, pra que pescar todos os dias? O que o povo vai dizer? Será que é necessidade?’, e eu respondia: ‘Não, eu gosto, me faz bem’.” Segundo ele, a pescaria é uma terapia em que se esquece até do mundo enquanto se segura a linha, “é um paraíso”.
Por fim, ele revelou que o segredo dos seus deliciosos pães de queijo, tão elogiados pelos alunos, são prazer e dedicação.