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Por: Museu da Pessoa, 3 de abril de 2014

Trabalho duro na padaria

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Trabalho duro na padaria

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Eu nasci no interior da Bahia, na Fazenda Rio Preto, município Santo Antônio de Jesus, em 11 de dezembro de 1938. O meu pai é Euclides Henrique Santos, ele nasceu na Fazenda São Roque, município Santo Antônio de Jesus, Bahia, e minha mãe nasceu na Fazenda Riachão, município Juazeiro, Bahia também. Ele era lavrador, nascido na roça, agricultor. A produção daquela época era farinha de mandioca, café e fumo, feijão naquela região. Eu tinha 16 anos de idade quando a minha mãe faleceu. Eu tenho 22 irmãos, 15 do primeiro casamento. Meu pai casou de novo e teve mais sete filhos. Era aquela casa da roça, aquela mesa enorme, nessa época, tinha 19 pessoas em casa, 15 filhos e mais meu pai, minha mãe, minha avó e minha tia, 19 pessoas em casa, aquela mesa grande, enorme, tudo de madeira. Os irmãos menores todos dormiam num quarto só, numa cama grande os pequenos e aquelas cama de lona, umas cama separada, de solteiro, dormiam os irmãos mais velhos. Aos oito anos tinha que ir pra roça, as meninas ficavam em casa fazendo o serviço doméstico, raspando mandioca pra fazer farinha, cuidando de feijão, tratando das galinhas, muita criação. E os meninos, a partir dos oito anos ia pra escola pra aprender a fazer o nome pra votar. Aprendeu a fazer o nome já pode votar, então vamos pra enxada, ia puxar enxada mesmo, ia pra roça trabalhar. Ia na escola, e andava muito, tinha um riacho, de manhã cedo, pra chegar sete horas na escola, então saí cedo, descalço, um tamanquinho de madeira na mão pra calçar, entrar na escola calçado. Nove, sete anos, dez, 11 anos tinha que sair da escola pra ir pra roça.

Não tive infância, não só eu como a minha geração toda naquela época, nunca tive infância, não tinha diversão nenhuma, era só trabalhar mesmo. E sábado e domingo, por exemplo, tinha que ficar pondo café no sol, pôr o café pra secar, espalhar o café no terreiro pra secar, recolher o café pra dentro de casa e aquela coisa....

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