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Personagem: Diana Leite Castilho
Por: Diana Leite Castilho, 1 de julho de 2021

Três órgãos a menos, Três livros a mais: ativismos e revoluções na veia

Esta história contém:

Tudo começou em janeiro de dois mil e vinte, aqui em belo horizonte, quando fiz uma cirurgia para retirar o útero. Decidida a não ter mais filhos, decidi também que não queria mais sofrer as dores de ter nascido com um útero retrovertido e que desde os treze já me anunciava o fardo que eu teria que carregar durante os meus próximos trinta anos. Esses anos foram de dores muito fortes, ciclos abundantes e longos, ovulações marcadas por cistos, inchaços e muitos, muitos exames. Muitas mulheres entenderão portanto, a escolha de fazer a histerectomia total, que diga-se de passagem foi uma cirurgia muito bem sucedida, que hoje, com a graça da deusa tecnologia, é realizada por microcâmeras e por isso pouco invasiva, de modo que no dia seguinte eu já estava em casa, muito maravilhosamente assistida pelo meu companheiro e por minha mãezinha. Eu só não sabia que esse era só o início da saga de um ano em que todos dizem não ter existido e que eu insisto em contradizer que não só existiu, como foi o ano mais bizarramente impactante do meu calendário terreno. Eu tinha um espaço de terapias com uma amiga e decidimos fechá-lo e como o espaço também era a minha casa, eu tinha que me mudar, a decisão foi tomada antes mesmo da pandemia chegar, o aluguel estava ficando insustentável e otras cositas más, no entanto entre tomar a decisão, fechar os processos que envolvia além da minha amiga e sócia, outros tantos terapeutas, pacientes e fornecedores e me mudar de casa, eis que entramos em um período chamado quarentena. Pra mim, que tenho pouco mais de quarenta anos, era uma novidade, pois bem, no meio dessa novidade toda eu estava saindo de um espaço gigante para uma casinha perto ainda do antigo espaço só que mais parecida com casa de roça onde vivo hoje. Bem menorzinha, era o que eu precisava, tempo pra mim, ter uma casa só pra mim, apesar de ser anarquista e gostar de tudo compartilhado, o momento me exigia pausa e minimalismo, sempre...

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