Selmirami Nascimento (Tia Selminha) filha de mãe solteira que foi expulsa de casa aos 13 anos, passou a residir na rua, vivendo a fome, o frio e o abandono. Mas a dificuldade, ao invés de bloquear suas possibilidades e seu futuro, forjaram em tia Selminha uma personalidade de sensibilidade com relação a dor do próximo e de que a vida, as escolhas, os caminhos a serem percorridos dependem da forma como enfrentamos e encaramos os problemas.
Aos 18 anos, Selma começa a trabalhar na Embratel e ali começa um processo de arrecadação de mantimentos para serem utilizados em um trabalho de sopão, iniciado por ela, que atendia cerca de trinta crianças diariamente em cinco frentes de trabalho. Esse projeto, apenas com voluntários, mães representantes e doadores amigos durou por cinco anos. Selma que não percebia mudanças significativas nas pessoas, verificou que elas continuavam carentes e necessitadas. Assim decidiu continuar apenas com um trabalho desenvolvendo-o mais na área de cidadania e de inclusão social. Optou por continuar com o trabalho que oferecia maior risco social e escolheu o da Vila Aliança em Bangu. Assim nasceu o Núcleo Sócio-Cultural Semente do Amanhã, fundado por Selma e seus familiares. A instituição oferece cursos nas áreas de esporte e cultura para as crianças da carentes da comunidade, tirando essas crianças da realidade de violência e tráfico diários.