ser esquecida

Estava em um apartamento que seria do meu namorado, e no mesmo prédio em uns andares acima ficava o apartamento da minha professora de yoga, eu gostei pela praticidade e sai para ir lá. Peguei o elevador e quando ele abriu, eu fico sabendo que é um elevador diferente, pois nesse andar era um hospital e eu teria que atravessar este hospital para pegar outro elevador e assim chegar no ap da minha prof de yoga. Era um hospital com muitos pacientes e profissionais, todos muito ocupados que nem me olhavam, era como se eu não existisse. Eu queria chegar ao outro elevador, mas não tinha placas informando, e ninguém me respondia como fazia para eu chegar nesse outro elevador. Era uma sensação ruim de estar perdida naquele local. Até que diminuíram as pessoas e uma mulher me explicou bem rapidamente a direção para eu chegar no elevador, e era para eu ir no 10 andar. Consegui encontrar este elevador, com dificuldade. Entrando, observo que é um elevador diferente, parecia um banheiro, e assim eu não conseguia chegar na minha aula de yoga, e isso era angustiante pois eu não entendia nada e queria chegar até lá. Estava sem o celular e não conseguia me comunicar com ninguém. Era um elevador estranho que te levava para outra dimensão. Então ninguém me encontrava, pois estava perdida, e se passaram dias... Meu namorado e a prof de yoga foram passear e se esqueceram de mim. Então o meu gato apareceu lá comigo, mas depois ele sumiu e se perdeu, culpava as pessoas por não ter cuidado dele, isso me angustiou muito, eu olhava pela janela, e chamava pelo nome, Bim, mas não podia descer até lá. Muito angustiante imaginar ele perdido na rua e não poder fazer nada. Ai eu consegui sair e descer na rua, comecei a chamá lo pelo nome então veio vários gatos brancos, como ele, mas não sabia qual era. Chamava pelo nome, várias vezes, ai eu o reconheci pois ele tem uma pintinha preta na ponta do nariz. Então voltei para o prédio e fiquei carregando ele para todo lado, pois estavamos perdidos e não podia deixa lo só, não queria que ele se perdesse. Voltei para o elevador, e desde quando sai se passaram dias, mas minha percepção era como se fosse o mesmo dia, então eu ainda estava tentando ir fazer minha aula de yoga. Voltei para o elevador, já sabendo do hospital e que precisava pegar outro elevador, mas chegando novamente no hospital não encontrava o caminho, tentava puxar pela memória, até conseguir. Entrando no elevador, aí eu descubro que nesse elevador você iria para outro prédio, outra dimensão, como se ele fosse mágico, ele não ia para cima, na vertical, ele ia para a horizontal, ele pulava para outros prédios, era muito estranho e angustiante.

Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?

Eu sei dos detalhes do sonho pois eu tenho o costume de gravar alguns sonhos quando acordo. Nessa fase, mês, eu estava muito angustiada com a chegada do vírus no Brasil e sabendo que estamos sem presidente piorava a situação. Por volta desse mês eu me sentia muito angustiada, perdida com tantas informações, mas ao mesmo tempo uma indefinição sobre o futuro. Para mim, a yoga é algo que me renova e faz muito bem, mas nessa fase nem a yoga estava me ajudando, pois eu não estava nem conseguindo dormir direito com muita ansiedade e angústia. Ninguém podia me ajudar e realmente me sentia muito só. Eu tinha que passar pelo hospital e isso remete a doença que eu teria que ultrapassar, mas ninguém me dizia como... Como no sonho, esse momento não parecia ser real, eu ainda estava assimilando a pandemia, e com muito medo e insegurança.