Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História
Por: Larissa Rodrigues Vieira Jesus, 22 de agosto de 2019

Ser de verdade, na arte e no social

Esta história contém:

Ser de verdade, na arte e no social

Vídeo

Eu tive uma infância muito difícil, com quatro irmãos morando em um quarto e cozinha, e hoje, que também sou mãe e que acompanho muitas outras no ballet, como professora de ballet, realmente, o que mais me marca é que há trinta anos, meus pais, com quatro filhos, vivendo de aluguel, tendo só o salário do meu pai, ainda assim, apoiaram o ballet na minha vida, uma modalidade que há trinta anos era só para rico, não tinha como uma garota da periferia estudar ballet. Eles acreditaram.

Às vezes, eu vejo crianças, pais, desistindo tão rápido das coisas. Não tem uma sapatilha, já tira do ballet. Apareceu um passeio, já sai do ballet. Meus pais, na época de final de ano, eles abriam mão de tudo para eu participar de um espetáculo, tudo. Era décimo terceiro, o aluguel que eles pagavam depois... Eles abriam mão de tudo para eu não desistir desse sonho, sabe?

Também tenho muito orgulho dos meus irmãos. Hoje em dia, vemos tantos irmãos brigando por nada, e meus irmãos também tiveram que abrir mão de muita coisa para que eu vivesse do ballet, porque na época que eu comecei a estudar, não tinha projeto social, era muito difícil. Havia a Escola de Bailado Municipal de São Paulo, que hoje ainda existe, e muitos falavam: “A sua filha tem talento, leva para o Municipal”, mas a gente, naquela ignorância, falava: “Esse tal de Municipal deve ser muito caro”. Nós nem sabíamos que era gratuito, e mesmo sendo gratuito, a gente não teria condições de pagar a condução para ir até o centro da cidade. Então, assim, é muito lindo de se ver, eu choro de emoção e de gratidão porque eu pude viver da minha arte, eu acreditei. Um dia, eu virei para minha mãe e falei: “Mãe, eu quero ser bailarina”, e ela falava assim: “Mas, filha, onde você viu uma bailarina?” Porque também não era comum, hoje, você vê bailarina em comercial, em edital, no passado não tinha, há trinta anos, não...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.