Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa,

Sempre desfilei, desde pequenininha

Esta história contém:

Sempre desfilei, desde pequenininha

Vídeo

Família Meu nome é Neide Galvão do Amaral, eu nasci no dia 24 de novembro de 1964 no Rio de Janeiro. Meu pai foi fluminense e minha mãe baiana. A minha avó materna tinha um irmão aqui. Aí ela veio da Bahia com os filhos. Vieram pra cá procurando uma vida melhor. Minha mãe trabalhava em casa de família, mas não trabalha mais. A profissão do meu pai não sei. Infância Eu posso dizer que tive infância, era muito bom. Me divertia e brincava muito. Hoje em dia não dá mais pra isso. Os meus filhos não têm infância, eles ficam dentro de casa, presos, vendo televisão. Eu brinquei na rua, como uma criança normal. Nós brincávamos de pique, queimada, pula corda, andar de bicicleta. Escola Eu freqüentei a escola, terminei o 1º grau, eu tenho até o 2º grau incompleto. Estudava na escola Julia Lopes de Almeida, aqui perto. Todos as crianças aqui do Morro, fizeram o 1º grau lá e depois vai pra outra escola. Eu era a queridinha da professora. Quando eu ia pro colégio a minha mãe vinha embora eu ficava chorando porque eu não queria ficar. Mas depois tudo passava, eu ficava brincando, me divertia, os professores também eram muito bons. Esqueci o nome da professora, mas ela só ficava comigo na hora de merendar, me dava a mão. Então eu me apeguei a ela. Aí depois eu continuei estudando a noite, porque fui trabalhar. Trabalhei em vários lugares. Depois eu casei tive a minha filha, que se chama Ellen, e continuei trabalhando. Tive o Arthur e depois continuei trabalhando. Morro dos Prazeres Antes o morro significava tudo, mas agora, pra mim é aquele negócio: trabalho - casa, casa - trabalho. Se eu quiser me divertir eu vou para outros lugares Carnaval A minha família toda é do babado, todo mundo era do samba mesmo. Todos desfilavam, participavam. A minha família tinha uma ala mesmo: Galvão do Amaral. Chegavam os figurinos, nós procurávamos logo pegar aqueles só pra gente mesmo, para a família, e ficava legal. Eram...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Morro dos Prazeres, este morro tem história

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Neide Galvão do Amaral

Entrevistada por Paula Ribeiro

Rio de Janeiro, 21 de maio de 2002

Código: MP_HV020

Transcrito por Marcília Ursini

Revisado por Alice Silva Lampert

P/1 – Paula Ribeiro

R – Neide Galvão do Amaral.

P/1 – Neide, boa tarde.

R – Boa tarde.

P/1 – Vamos começar a entrevista, pedindo que você dê o seu nome completo, local e a data de nascimento.

R – Meu nome é Neide Galvão do Amaral. Eu nasci aqui no Rio de Janeiro mesmo, no dia 24 de novembro de 1964. Tenho 37 anos.

P/1 – A tua família morava aonde quando você nasceu?

R – Minha família já morava aqui no Morro dos Prazeres.

P/1 – E teus pais e avós, você conhece a origem, sabe quando eles vieram para cá e por que que vieram?

R – Mais ou menos. _____, minha mãe já tinha tido ela que morava aqui no Morro dos Prazeres. Já veio junto com a mãe dela, que é minha avó, junto com os tios. Aquele negócio, sempre a procura de uma coisa melhor.

P/1 – E esse tio, você lembra dele...

R – Lembro, lembro.

P/1 – Qual era o nome dele?

R – Jorge.

P/1 – Ele é vivo?

R – É. Mora em Campo Grande.

P/1 – E a tua mãe, o nome completo da sua mãe?

R – Elizete Galvão do do Amaral.

P/1 – E assim, você sabe um pouco como é que foi essa história da vinda dela? Qual foi a cidade, de onde ela veio?

R – Ela nasceu na Bahia, Salvador. O que você perguntou?

P/1 – Eles vieram de navio, foi isso?

R – É, é. Diz ela que vieram de navio assim. Veio na parte de baixo.

P/1 – Então, eles vieram... Era num porão de um navio, é isso?

R – É.

P/1 – Ela conta um pouco dessa viagem como uma viagem difícil? Ela conta alguma coisa sobre isso?

R – Não, ela conta só um pouquinho, que foi quando veio para cá, veio num porão de navio, aí enjoou muito, demorou muito para chegar.

P/1 – O que que ela conta do primeiro tempo aqui,...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Cacai, um grande mestre
Vídeo Texto

Antônio Carlos Pereira

Cacai, um grande mestre
Sou Liberto
Vídeo Texto

Liberto Solano Trindade

Sou Liberto
Lourdes Maria: a Tia Ciata de BH
Vídeo Texto

José Luiz Lourenço

Lourdes Maria: a Tia Ciata de BH
Samba nas ruas e no palco
Vídeo Texto

Benedito Augusto dos Santos

Samba nas ruas e no palco
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.