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Personagem: Leandro Oliva

Sem ar pelos ares

Esta história contém:

Sem ar pelos ares

Em um daqueles domingos da década de 90, um anúncio no caderno de empregos chamou minha atenção: no mínimo 1,75m de altura, inglês nível intermediário e peso proporcional à altura. Bingo! Eu me enquadrava em todos os quesitos! Eu que nunca havia pensado neste ofício, me inscrevi e fui sendo aprovado em cada uma das rigorosas fases para me tornar um comissário de voo.

O dia a dia na profissão era exaustivo, a aviação comercial herdara muito da aviação militar e a rigidez era uma característica. O comandante é a figura máxima dentro da aeronave, quase tínhamos que beijar o sapato de cada um deles. Entre os comissários, há sempre um chefe na tripulação e os auxiliares são distribuídos em diferentes funções dentro do avião. Em um voo, eu ali começando na carreira, estava na galley dianteira - aquela área sobre a qual muitos amigos me perguntavam: “E aquele cafofo que vocês fecham a cortina e ninguém sabe o que acontece? Ou: “É impressionante como de uma cozinha tão minúscula sai todo o tipo de prato”. Em um Boeing 737, era responsável por atender a cabine: comandante e copiloto. Eis que durante a entrada de passageiros, o comandante – um homem alto, com cara de alemão, cabelo loiro curto, que caia, desordenadamente, na testa, uma vermelhidão na face com musculatura tensa, olhos claros, saído das histórias de suspense de algum capitão do mar – me chamou à cabine e pediu um whisky. “Whisky”, pensei, “é isto mesmo que ouvi?” Fiquei preocupado, achei melhor perguntar ao chefe daquela tripulação: - “O comandante pediu whisky, o que faço?” A resposta foi ríspida: - “Você está doido? Leve já, sem pestanejar, talvez seja para limpar algo, funciona como álcool”. Eu, sem graça, sempre focado no exemplar padrão de qualidade e atendimento, levei rapidamente.

Momentos depois, com a porta fechada, escape-slide conectado - lembro do...

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