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Por: marco antonio esmanhotto, 15 de maio de 2025

SE EU MORRER NÃO SE ASSUSTE

Esta história contém:

SE EU MORRER NÃO SE ASSUSTE

SE EU MORRER NÃO SE ASSUSTE

Era muito diferente a vida das crianças curitibanas nas décadas de 1950 e 1960. A parte monótona e sofrida era ir pra aula, pelo clima pesteado e a obrigação de levantar as seis da madruga tremendo de frio e quase desmaiando de sono, e ainda por cima ter de lavar o rosto com água gelada, pra acordar bem. A briga com os irmãos pelo uso prioritário do banheiro era líquida e certa, servindo como instrumento eficaz no processo de acordar.

Morávamos nas Mercês e estudávamos no Santa Maria, ao lado do Teatro Guaíra. Meu pai revezava com um vizinho - seu Arnaldo - a viagem até o colégio. Um dia era um, outro dia era o outro, o carro empanturrado com os filhos somados. Lembro-me bem da preocupação dele toda santa e alternada manhã:_“Levantem depressa, não me façam passar vergonha com o Arnaldo, ele já deve estar aí na frente..!”. Os filhos do Arnaldo eram estudiosos, um deles até passou no ITA. Meus irmãos e eu – bem, não éramos maus alunos, mas os nossos corações vagavam longe dos livros e só queríamos mesmo estar com os piás da vizinhança para empinar pipas, fazer e pegar balões, jogar bolinha de búrico (gude), bete ao ombro, futebol, futebol de botão, ping-pong, tique, ludo real, xadrez, pega-varetas, brincar de mãe, polícia&ladrão, pula-cela, cabra-cega...enfim, tudo que pintasse e acontecesse era muito, mas muito bem-vindo. Além disso, tínhamos um vizinho rico e quase sempre receptivo, que morava num baita terreno no quarteirão da minha casa, onde tinha – sem exagero - piscina, gramado de futebol, cavalo, carrinho elétrico, pomar e tanque pra pescar, imaginem tudo isso em um só lote residencial!

Mas o bom mesmo era o nosso time de futebol. Nós, guris da rua, nos reunimos e fundamos uma importantíssima agremiação: o Tinguís Futebol Clube, já ouviram falar? Tínhamos o nosso próprio campinho de futebol, na esquina da Brigadeiro Franco com a Tinguís (hoje Isaías Bevilaqua, mas...

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