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Por: Museu da Pessoa,

Se construindo com o tempo

Esta história contém:

Ali, na Cidade Jardim, era uma casa gostosa, bonita, pequena, e eu passei ali dos três aos seis anos, fui alfabetizada ali, e a minha alfabetização foi uma coisa que me marcou muito, porque era com um método que se chamava "a casinha feliz", e tinha fantoches, era uma alfabetização com fantoches. Então a professora entrava com um fantoche de teatrinho mesmo entrava e falava assim: "Agora, eu vou para a casinha feliz". E entrava e falava: "Ah, vou visitá-los". A família da casinha feliz. E tinha a história da casinha, e através da história da casinha, a gente ia aprendendo o som das letras, cada personagem tinha um som, quando eles se encontravam fazia a junção do som, isso impressionou muito a minha mãe, porque em em dois meses eu estava lendo tudo, escrevendo tudo, porque, realmente, era uma coisa que interessava às crianças Minhas férias eu passava na fazenda e desde aquela época, comecei a perceber a diferença que existia entre uma criança que estudava em São Paulo e uma criança que estudava na fazenda. E, para mim, era uma diversão, porque era fácil e eu estava ali brincando. Eu sentia que estava ali brincando com eles, não estava estudando, era uma brincadeira para mim. E tinha muita diferença de mim pra eles, pra começar eles viviam descalços, eles pulavam no cavalo sem medo, que eu, quando chegava na fazenda, toda vez eles tinham alguma coisa que eu não tinha também. Então era muito diferente a vida deles da minha. Eles subiam na árvore e eu não subia, eles me ensinavam também muita coisa que eu não fazia em São Paulo, não sabia fazer e eu mostrava à eles coisas que eles não conheciam como escada rolante, desenhava e mostrava. Então, o que aconteceu? Depois de um primeiro estágio, eu fiz alguns outros e acabei caindo em telecomunicações. Um escritório em que eu fui trabalhar tinha um cliente super importante, que era a MCI, que era uma gigante de telecomunicações nos Estados Unidos. E aí, eles...

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Projeto Conte Sua História

Depoimento de Camila Tedeschi de Toledo Tápias

Entrevistada por

São Paulo,

PCSH_HV845 _ rev.

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Ana Carolina Dias

Revisado por Paulo Rodrigues Ferreira

Edição: Jonas Samaúma

P/1 - Camila, começar da maneira mais clássica possível. Seu nome completo, local e data de nascimento.

R - Meu nome é Camila Tedeschi de Toledo Tápias, nasci em São Paulo, em 2/10/1971.

P/1 - Camila, seus pais são de São Paulo?

R - Não. Meu pai é de Minas, ele nasceu numa cidade chamada Baependi, e minha mãe nasceu em Campinas e viveu a vida dela em São Paulo.

P/1 - E seus avós, vamos falar primeiro dos seus avós paternos, depois dos maternos. Você conheceu os seus avós paternos?

R - Conheci, tanto os maternos quanto os paternos.

P/1 - E os paternos faziam o quê? Eles são de Baependi, os dois?

R - São de Minas. Meu avô paterno tinha uma fábrica de laticínios e se meteu também um pouco em política, mas a atividade dele, realmente, era a fábrica de queijos. E a minha avó era dona de casa, ela teve... Eram oito filhos, meu pai o penúltimo, e então ela ficava em casa cuidando dos filhos.

P/1 - E seu pai nasceu em Baependi?

R - Meu pai nasceu em Baependi.

P/1 - E você chegou a conviver com os seus avós em Baependi? Você ia para lá?

R - Eles depois se mudaram. Eles viveram um período em São Paulo. Até, quando meu pai era jovem ainda, eles saíram de Minas, foram para... Vieram para São Paulo e depois voltaram para Minas. Então, quando eu nasci, eles já estavam em Minas, de volta, e aí era uma cidadezinha perto de Baependi, bem pertinho mesmo, a uns 10 minutinhos de Baependi, chamada Conceição do Rio Verde. E aí eu passei a minha infância indo, todo Natal a gente ia, uma vez em julho e uma vez no final do ano. Natal, a gente passava lá com eles.

P/1 - E seus avós maternos?

R - Os meus avós maternos, o meu avô era médico e clínico geral, e...

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