Memória Petrobras
Depoimento de Rosemeire da Costa Braga
Entrevistado por Inês Gouvêa
São Sebastião, 26 de junho de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista nº PETRO_TM121
Transcrito por Gabriel Monteiro
P1 – Bom, pra começar eu vou pedir que vocês nos diga seu nome completo, local de nascimento e sua data de nascimento.
R – Ok. Meu nome é Rosemeire da Costa Braga, nasci em São Paulo em 13 de junho de 68.
P1 – E você mora aqui em São Sebastião, Rosemeire?
R – Isso, agora eu moro; vim pra cá morando em Caraguá e passei, depois de um tempo, a morar em São Sebastião, depois de cinco anos passei a morar em São Sebastião.
P1 – E quando você entrou na Petrobras?
R – Eu entrei em setembro de 2001.
P1 – Conta um pouco pra gente a circunstância da sua entrada, por que é que você decidiu, como é que foi.
R – Na época eu havia me casado com uma pessoa que trabalhava na área também, na Petrobras, e, como a cidade é pequena e o meu currículo era bom pro lugar, então a melhor opção de trabalho com certeza era o terminal da Petrobras. E eu entrei, passei a trabalhar com a pessoa... com a equipe de limpeza, né, eu supervisionava a equipe de limpeza, fazia a parte administrativa e com três meses de terminal eu fui convidada a trabalhar na área de RH, em treinamento. E to lá até hoje, muito feliz, diga-se de passagem.
P1 – Você já conhecia o terminal, o funcionamento do terminal, antes de entrar?
R – Um pouco por questão de ser casada com um petroleiro, eu já conhecia como funcionava, mas a gente só tem noção mesmo da dimensão quando a gente trabalha aqui dentro, com certeza.
P1 – Você se lembra do seu primeiro dia de trabalho?
R – Lembro, assim, vagamente (risos). O primeiro dia é desconcertante, você fica meio perdido, mas é sempre uma experiência muito gostosa. Tudo o que você faz, assim, que você imagina de uma forma e encara... descobre que é bem diferente, é sempre muito bom. Pelo...
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Memória Petrobras
Depoimento de Rosemeire da Costa Braga
Entrevistado por Inês Gouvêa
São Sebastião, 26 de junho de 2009
Realização Museu da Pessoa
Entrevista nº PETRO_TM121
Transcrito por Gabriel Monteiro
P1 – Bom, pra começar eu vou pedir que vocês nos diga seu nome completo, local de nascimento e sua data de nascimento.
R – Ok. Meu nome é Rosemeire da Costa Braga, nasci em São Paulo em 13 de junho de 68.
P1 – E você mora aqui em São Sebastião, Rosemeire?
R – Isso, agora eu moro; vim pra cá morando em Caraguá e passei, depois de um tempo, a morar em São Sebastião, depois de cinco anos passei a morar em São Sebastião.
P1 – E quando você entrou na Petrobras?
R – Eu entrei em setembro de 2001.
P1 – Conta um pouco pra gente a circunstância da sua entrada, por que é que você decidiu, como é que foi.
R – Na época eu havia me casado com uma pessoa que trabalhava na área também, na Petrobras, e, como a cidade é pequena e o meu currículo era bom pro lugar, então a melhor opção de trabalho com certeza era o terminal da Petrobras. E eu entrei, passei a trabalhar com a pessoa... com a equipe de limpeza, né, eu supervisionava a equipe de limpeza, fazia a parte administrativa e com três meses de terminal eu fui convidada a trabalhar na área de RH, em treinamento. E to lá até hoje, muito feliz, diga-se de passagem.
P1 – Você já conhecia o terminal, o funcionamento do terminal, antes de entrar?
R – Um pouco por questão de ser casada com um petroleiro, eu já conhecia como funcionava, mas a gente só tem noção mesmo da dimensão quando a gente trabalha aqui dentro, com certeza.
P1 – Você se lembra do seu primeiro dia de trabalho?
R – Lembro, assim, vagamente (risos). O primeiro dia é desconcertante, você fica meio perdido, mas é sempre uma experiência muito gostosa. Tudo o que você faz, assim, que você imagina de uma forma e encara... descobre que é bem diferente, é sempre muito bom. Pelo menos eu gosto de desafio, eu gosto de estar sempre vivendo essa expectativa.
P1 – Como é que foi quando você chegou pra conhecer, enfim, a estrutura? Isso aqui é muito grande, né.
R – É, foi muito interessante porque eu trabalhava no terminal todo, então, assim, eu rodei a área toda. E isso muda muito, hoje eu vi... há pouco tempo eu fui dar uma volta na área, porque o meu trabalho acaba sendo um pouco interno, eu fico muito presa ao meu setor em função de atender o público que eu tenho. E eu me surpreendi quando eu fui dar uma volta na área porque está completamente diferente do tempo que eu entrei; porque eu rodava isso tudo mesmo, ia até o píer, a gente tinha esse compromisso de estar fiscalizando o trabalho do pessoal. Interessante ver como muda, com o tempo muda bastante; e foi muito bacana, gratificante, aprendi muita coisa aqui, desde o início até hoje, venho aprendendo muito do terminal.
P1 – Me conta: depois dos três meses que você passou pra área de RH, qual era... pra qual função você passou?
R – Coordenar treinamento, eu sou assistente administrativo, mas eu faço a coordenação de treinamento do terminal, trabalho com a área de desenvolvimento dos empregados, ou seja, nós acompanhamos e executamos o plano de desenvolvimento de cada empregado próprio e cedido da empresa.
P1 – Então você tem o contato direto com as empresas que prestam serviço aqui no terminal?
R – Só de treinamento, só na área de treinamento.
P1 – Explica um pouco pra gente do que se trata, assim, esses treinamentos?
R – São treinamentos de capacitação do empregado, não só de capacitação, mas também de conscientização, ou seja, como funciona? Você prepara o empregado pra função que ele vai exercer, então ele está sempre se reciclando, existe uma preocupação. A companhia nesse sentido ela é muito rica, né, ela oferece pro empregado a oportunidade de trabalhar com competência na área dele porque ela investe nos treinamentos, ela investe no futuro do empregado. E isso é muito bacana de ver, você vê os resultados, é muito interessante.
P1 – Quais são os treinamentos periódicos que os empregados precisam passar?
R – Depende de cada função, né, por exemplo: o pessoal da elétrica tem sempre... de acordo com as normas ele tem determinados treinamentos que ele é obrigado a fazer periodicamente, né. Isso também, de acordo com a norma, isso vai alterando, ou não; existe um trabalho muito forte de conscientização na área do meio-ambiente, na área de segurança, na área de saúde. E você vê que isso tem sido explorado, a cada ano que passa você tem uma surpresa diferente, um trabalho diferente, você sente a preocupação dos profissionais da área em cuidar dos seus próprios empregados, do setor, ou seja, cada coordenador ele tem uma necessidade e ele busca atender cada uma delas. É muito bacana.
P1 – E você, desde a sua entrada até aqui, você está falando, enfim, da evolução dos funcionários a medida em que eles vão fazendo cursos, né. E a Mel, qual foi a evolução dela desde a entrada?
R – Nossa, muito... assim, é fantástico porque eu inclusive fui secretária da CIPA, eu acompanhei durante dois anos bem perto. Um ano eu fui secretária efetiva e no outro ano eu fui suplente; e me enriqueceu muito porque eu pude acompanhar também cada problema. Porque a CIPA, ela se preocupa muito com isso, então você vai conhecendo as preocupações de cada área, sabendo todas as necessidades, pelo menos em termos de segurança, de saúde. Então enriqueceu muito o meu currículo, enriqueceu como pessoa e eu agradeço muito esse crescimento não só pessoal como profissional.
P1 – Como secretária da CIPA eu imagino que você tenha conhecido parte grande dos funcionários que trabalham lá.
R – Também, só o treinamento ele já te abre muitas portas. Eu sou, assim... além de conhecer muitas pessoas você acaba se tornando uma pessoa muito conhecida também, né; e, assim, é muito bom, gostei mesmo.
P1 – Tem alguma situação que tenha te marcado dessa trajetória, Mel, que você poderia deixar registrado?
R – Olha, nossa, são tantas coisas que pra te falar, assim, de imediato... mas você vê o retorno das pessoas até, saber que as pessoas te conhecem pelo nome, isso é fantástico, isso é muito bom, é um reconhecimento do trabalho. Você não é só mais um, né, mas você é alguém no meio de tanta gente, e isso é muito bom.
P1 – Você falou da questão da CIPA e falou que passa a conhecer as preocupações dos funcionários e ta. Quais são as principais preocupações do funcionário de um modo geral, assim, que todas as áreas manifestam?
R – Segurança, a empresa ela trabalha, num todo, com segurança; e você percebe que o pessoal é muito comprometido nessa área, eles vão realmente buscar mostrar pra cada empregado o quanto que é importante você trabalhar com precaução, você cuidar do espaço que você tem. Todas essas pequenas coisas que a gente às vezes deixa passar e que até em casa você acaba adotando, né, essa conscientização. Você vê a coisa do lixo, da preocupação de separar o lixo, a preocupação de se alimentar bem. Você vê, a gente no treinamento mudou alguns hábitos em questão de café, servir... a forma como servir o café, adicionar fruta ou tirar certas coisas; e as pessoas foram respondendo a isso, bem bacana. Depois você vê que são coisinhas simples, mas que fazem muita diferença na vida da pessoa, não só profissional como pessoal.
P1 – Em relação a São Sebastião, quais são os benefícios que o terminal ele traz pra cidade?
R – Bom, além de aumentar o trabalho, não só as vagas, porque você vê... queira ou não você está abrindo suas portas pro trabalho, você vê tanta gente desempregada, tal. E existe uma parceria, eu não conheço todo o trabalho, né, porque é muita coisa, mas você pecebe que estar aqui, o terminal estando aqui ele dá um... ele valoriza muito a cidade, valoriza e muito. Porque existem parcerias das quais a gente às vezes nem sabe, ele ta sempre ligado a comunidade de alguma forma.
P1 – As pessoas, por exemplo os amigos, que você tem fora do terminal, sabendo que você trabalha aqui, eles te perguntam sobre o seu trabalho? Tem curiosidade?
R – Pergunta bastante, inclusive... eu fiz vários cursos, né, me formei em pedagogia, hoje eu faço jornalismo e, quando eu fiz um curso em logística, o terminal abriu as portas pra que as turmas de logísticas conhecessem meu trabalho; inclusive eles têm trabalhos com as escolas e isso proporciona uma proximidade muito grande. Você vê o trabalho, vê como funciona e é muito gostoso você falar que trabalha numa empresa que tem todo esse cuidado, é sensacional.
P1 – A equipe que trabalha no RH, de um modo geral, hoje como que ela é? Qual é o perfil da equipe?
R – Amiga, companheira e, assim, muito, como eu posso te falar? Ela é coesa, a gente fala a mesma língua; e isso é, pra trabalhar, muito importante. A gente tem um ambiente muito saudável, eu sou muito privilegiada nesse sentido, tenho uma equipe maravilhosa, gosto muito.
P1 – Você sabe quantas pessoas compõe a equipe?
R – Contando tudo, agora somando assim... ai, falar de rápido... hoje, aqui em São Sebastião, nós somos em três: eu, Florisvaldo e a Lúcia; a Lúcia trabalha com a parte de pessoal, o Florisvaldo ele divide comigo as tarefas de treinamento. Em São Caetano nós temos a Helena, o Sérgio, a Adriana, o Juliano; tem também a... Andréa. São Paulo nós temos também duas pessoas: a Lidiane... agora pra lembrar todo mundo é complicado (risos) Tem um pessoal de Senador Canedo (?) que é a Aristele, a Ana Paula; em Santos tem a Cláudia e a Érica. Então são bastante pessoas, me perdoa se eu esqueci alguém, é muita gente pra pensar assim de imediato.
P1 – Bom, Mel, qual é o sentimento que você tem, você já até falou um pouco, de trabalhar na Petrobras, de trabalhar aqui no terminal?
R – Adoro, gosto muito porque, além de gostar do que eu faço, isso que é muito gratificante, eu tenho um ambiente de trabalho muito bom; e as pessoas com as quais eu me relaciono elas tem um retorno, assim, muito incrível. Então eu me sinto muito privilegiada.
P1 – De que modo as atividades do RH, especificamente, a sua atividade, na área de treinamentos, podem contribuir pro crescimento cada vez maior do terminal?
R – Bom, se você tem um profissional bem preparado, se você investe no conhecimento dele, a possibilidade de ele ser um profissional competente é muito grande. Então eu digo assim: educação é tudo, ela é o berço de todas as coisas. Então, a partir do momento que você permite ao empregado ter a condição de se aprimorar naquilo que faz, você está construindo o perfil de um empregado competente. Você está abrindo portas pra que ele seja competente, só vai depender dele fazer uso disso.
P1 – Você lembra de algum desafio desse tempo de Petrobras pelo qual você tenha passado?
R – Olha, todas as mudanças elas vem carregadas de desafios. Houve uma época, por necessidade do setor, você acaba assumindo algumas responsabilidades, né, às vezes é um colega que precisa se afastar e você ter que assumir isso; e a confiança que as pessoas colocam em você, depositam em você, já é... já não deixa de... já é um desafio muito grande. Então cada dia que passa a gente vai sentindo o peso da responsabilidade, né, e o respeito que as pessoas tem. Então esse foi um dos meus maiores desafios: assumir algumas coisas que eu achava que não estava preparada e com o tempo eu fui aprendendo e assumi.
P1 – Bom, tem algo que eu não tenha te perguntado que você gostaria de deixar registrado?
R – Assim, de imediato, não. A única coisa que eu gostaria de dizer é que é um grande prazer estar aqui; e me senti privilegiada em poder falar pra todo mundo o quanto é especial trabalhar na Petrobras, na Transpetro.
P1 – Agradeço por você ter participado do Programa Memória Petrobras.
R – Obrigada vocês.
FIM DA ENTREVISTA
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