Memória da Petrobras
Depoimento de Romildo do Nascimento Filho
Entrevistado por Ana Maria Bonjour
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2004
Realização Museu da Pessoa
Entrevista número PETRO_CB612
Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha
P – Bom dia.
R – Bom dia.
P – Eu queria começar pedindo pra você falar o seu nome completo, data de nascimento e o local.
R – Romildo Martins do Nascimento Filho. Eu nasci no Rio de Janeiro, 30/07/54.
P – E, Romildo, como que foi o seu ingresso na Petrobras e como que você foi parar na área de cultura? Conta pra gente esta trajetória.
R – Inicialmente a minha formação, eu sou Engenheiro. Eu fiz um concurso pra Petrobras em 79 e entrei como Engenheiro de Petróleo. Passei mais ou menos 15 ou 16 anos nessa atividade. E em 96 eu tive a oportunidade de passar pra área de Patrocínio Cultural. Na verdade eu fui convidado pelo Chefe Gerente na época, Milton Costa, pra trabalhar com ele. Ele me conhecia, conhecia todas as minhas áreas de interesse e tal, e achou que eu me adaptaria bem pra trabalhar com ele nessa área de Patrocínio Cultural. E eu fui. Inicialmente trabalhei com alguns patrocínios na área ambiental também, o Projeto Itamar ______. E de um bom tempo pra cá eu to trabalhando com cinema praticamente. Cresceu muito o investimento da Petrobras nessa área e deu pra ficar focado bem em cima de cinema.
P – Quando que você passou pra área de cinema?
R – A partir, talvez, uns dois anos, três anos depois de estar na área de Patrocínio eu comecei a cuidar de projetos da área de cinema. Foi justamente a época que a Petrobras, vamos dizer, direcionou investimentos maiores pra área de Cinema. E a gente estava com muitos projetos, então dava pra setorizar por pessoas trabalhando com áreas específicas e eu fiquei com o Cinema.
P – Entendi. E quais são as maiores dificuldades de trabalhar nessa área cultural, de patrocínios? Que dificuldades que você encontra no seu...
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Depoimento de Romildo do Nascimento Filho
Entrevistado por Ana Maria Bonjour
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2004
Realização Museu da Pessoa
Entrevista número PETRO_CB612
Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha
P – Bom dia.
R – Bom dia.
P – Eu queria começar pedindo pra você falar o seu nome completo, data de nascimento e o local.
R – Romildo Martins do Nascimento Filho. Eu nasci no Rio de Janeiro, 30/07/54.
P – E, Romildo, como que foi o seu ingresso na Petrobras e como que você foi parar na área de cultura? Conta pra gente esta trajetória.
R – Inicialmente a minha formação, eu sou Engenheiro. Eu fiz um concurso pra Petrobras em 79 e entrei como Engenheiro de Petróleo. Passei mais ou menos 15 ou 16 anos nessa atividade. E em 96 eu tive a oportunidade de passar pra área de Patrocínio Cultural. Na verdade eu fui convidado pelo Chefe Gerente na época, Milton Costa, pra trabalhar com ele. Ele me conhecia, conhecia todas as minhas áreas de interesse e tal, e achou que eu me adaptaria bem pra trabalhar com ele nessa área de Patrocínio Cultural. E eu fui. Inicialmente trabalhei com alguns patrocínios na área ambiental também, o Projeto Itamar ______. E de um bom tempo pra cá eu to trabalhando com cinema praticamente. Cresceu muito o investimento da Petrobras nessa área e deu pra ficar focado bem em cima de cinema.
P – Quando que você passou pra área de cinema?
R – A partir, talvez, uns dois anos, três anos depois de estar na área de Patrocínio eu comecei a cuidar de projetos da área de cinema. Foi justamente a época que a Petrobras, vamos dizer, direcionou investimentos maiores pra área de Cinema. E a gente estava com muitos projetos, então dava pra setorizar por pessoas trabalhando com áreas específicas e eu fiquei com o Cinema.
P – Entendi. E quais são as maiores dificuldades de trabalhar nessa área cultural, de patrocínios? Que dificuldades que você encontra no seu trabalho?
R – Na verdade é bastante interessante. E os problemas são inerentes a qualquer atividade. Mesmo quando eu trabalhava com Engenharia. Quer dizer, nessa área o fato de trabalhar com público externo é, ao mesmo tempo que dá prazer algumas vezes é muito complicado porque você tem que prestar satisfação todo o tempo pra pessoas de fora que querem, que exigem informações, querem informações. Então isso é uma característica do patrocínio. Você está o tempo inteiro interferindo com o público externo, com proponentes de projetos culturais. Mas é interessante, bem interessante.
P – Você disse que você sempre teve, apesar de ser formado em Engenheiro, sempre esteve voltado pra essa área. Inclusive o cara te escolheu...
R – Na verdade, a princípio, não como ativista, mas como público. Eu sempre gostei muito de cinema, de livro. E eu acho que foi isso que acabou me fazendo ser convidado pra trabalhar nessa área. Cultura básica de interesses nessas áreas aí.
P – E como que é trabalhar com cultura hoje no Brasil? Tem alguma, as principais mudanças que você sentiu.
R – A gente sente, agora pelo menos, pra área de cinema, quer dizer, o interesse muito crescente que envolve também o interesse do Governo em fomentar essa atividade. Então, tudo isso dá um aquecimento muito grande nessa atividade de patrocínio a cinema. A Petrobras tem um projeto muito coerente, estruturado pra cinema, na área de patrocínio, que é atuar em áreas de distribuição, de exibição de filmes e de produção. Quer dizer, como se você conseguisse abranger todo o espectro possível, tentando, claro. E com isso, isso gera muito trabalho e muita atividade. E o reflexo disso é que a Petrobras patrocinou muito cinema. A produção de cinema cresceu, quer dizer, é uma das incentivadoras mesmo, sérias, do cinema nacional. Nesse momento, o que a gente vê hoje é muito fruto da atuação que ta tendo já, há praticamente 10 anos. Desde 1994, quando patrocinou o Carlota Joaquina. Então eu acho que é...
P – Um marco.
R – Um marco. É um marco. E aí, daí pra frente a gente atua, e atua essa coisa de produção, distribuição, exibição e pra longa metragem e curta metragem. Quer dizer, eu acho que isso é um projeto coerente com essa visão global de cinema, quer dizer, você apoiar o curta metragem como uma escola, como experimentação. Curta metragem, mídia digital. A Petrobras já patrocina, desde 2000, curta metragens e mídia digital. Que hoje em dia todo mundo fala e já tem salas no Rio de Janeiro e São Paulo exibindo filmes em mídia digital. Então eu acho que isso é um avanço. Realmente é uma postura de vanguarda que deu certo.
P – E como que era antes assim? Você diz que tem dois anos que você trabalhar na área de cinema mas tem dez anos?
R – Não, dois anos não. Eu trabalho desde 98, 99 _____.
P – 99?
R – É.
P – E o Carlota Joaquina foi um marco. Mas antes do cinema, como que era o patrocínio da Petrobras? Qual que era a área, como que era?
R – Na verdade todos os patrocínios eram, as pessoas apresentavam projetos pra Petrobras e a Petrobras, com o seu pessoal dessa área, como o setor de patrocínio e os Gerentes decidiam o que ia patrocinar ou não ia patrocinar. E na verdade não tinha um foco específico. Era bastante abrangente. Podia atuar em qualquer área. A partir de 2000, com a estruturação de programas culturais, essa coisa ficou mais formalizada e até coerente com uma postura de Petrobras como grande empresa. Prestando, vamos dizer, informações ao público sobre os seus métodos e o que ela está fazendo e como ela vai fazer, usando seleções públicas também, que você dá uma satisfação à sociedade de maneira geral de como o dinheiro está sendo aplicado, em que patrocínio. Então, foi de um núcleo básico em que era decidido internamente, até essa coisa maior que tem a ver com o crescimento mesmo da atividade. Eu acho que esses programas vieram pra estruturar uma coisa que tava crescendo, como necessidade mesmo de crescimento. Exigências do crescimento.
P – E como que foi a criação da área de patrocínio dentro da Petrobras? É recente, né?
R – É. Quando eu cheguei na verdade já existia um setor. Em 96 já existia um setor de patrocínio. Anteriormente existia uma área de comunicação, mas isso não tava muito bem definido como área específica. Mas quando eu entrei eu já vim pra um setor de patrocínio que era bem pequeno, claro, com muito pouca gente, e que foi crescendo até. Hoje, a área de comunicação da Petrobras é enorme, como a Gerência de Patrocínio. Com muita gente, muito setorizada na verdade. Hoje eu trabalho em cinema com mais duas pessoas que trabalham comigo, tamanho é o número de projetos que a gente acompanha. É impossível para uma pessoa só, hoje, acompanhar cinema dentro da Petrobras.
P – Quais os setores que _____, você sabe dizer?
R – A gente tem pra artes cênicas, pra patrimônio.
P – Pra cada uma área da cultura.
R – Cada área de cultura tem um grupo destacado pra atividade.
P – E quais são os critérios usados pra selecionar os projetos?
R – Hoje em dia praticamente todas as áreas estão como seleção pública. Ou seja, a Petrobras estabelece com uma, existe um conselho do Programa Petrobras Cultural que define regras básicas pra filosofia do programa. E a maioria das áreas têm seleção pública. E a gente convida experts externos para analisarem os projetos que a gente recebe. Então, grosso modo, é esse o critério agora. Alguns projetos a Petrobras chama de escolha direta. A gente ta chamando projetos que a gente já, por continuidade ou por qualidade, quer dizer, a Petrobras continua a patrocinar sem que estejam participando desta seleção. Mas que têm histórico dentro da empresa, como o Grupo Corpo, o Projeto Festival de Animação Anima Mundi. Então são projetos, Grupo Galpão também. Então são grupos que a gente já patrocinava e que a gente entende que merecem esse destaque. Não precisam competir numa seleção. Eles enobrecem a marca já pelo histórico também que eles têm.
P – Entendi. Mas então, dentro vocês pegam esses experts de fora da Petrobras?
R – Isso.
P – Dentro da equipe?
R – É. A comissão, e com participação de pessoas da Petrobras. Então, houve agora recentemente uma seleção de distribuição de longa metragem no qual eu participei como representante da Petrobras junto com pessoas de fora, experts da área de cinema e distribuição, exibição. Pessoas de fora. A gente monta uma comissão, analisa filmes que vão ser patrocinados pela Petrobras no processo de distribuição. Esse é o método geral agora para todas as áreas.
P – E qual o fluxo de filmes que chegam até vocês?
R – A quantidade? Depende muito da coisa, mas em média, numa seleção, por exemplo, pra roteiro e produção já chegaram 600 roteiros. Numa seleção dessa agora que é pra distribuição de filme só, quer dizer, ela exige que filmes estejam mais ou menos prontos para irem pro mercado. Eles estão solicitando à Petrobras apoio para a distribuição desse filme. Então a gente tinha mais ou menos 50 projetos. Porque depende da característica da seleção. Seleção de roteiro é impressionante. Porque é dessa ordem, 600 quase sempre.
P – Vocês têm uma equipe de quantas pessoas? Todos lêem todos os filmes?
R – Não. Nesse caso a comissão é que define o critério que ela vai usar. Que aí, na seleção específica, entra a comissão pra selecionar. Então, essa seleção normalmente escolhe. Eles dividem, fazem uma triagem, um pente fino. E algumas pessoas lêem lotes de roteiros pra fazer uma primeira seleção. Mas um roteiro nunca é lido por menos que duas pessoas, por exemplo, pra ser descartado. Os critérios são os usados normalmente em comissões deste tipo. Quer dizer, a Petrobras convida pessoas do meio. E elas já têm, até já participaram ou têm experiência neste tipo de atividade. Então, normalmente tem funcionado muito bem estas condições. Mas é uma tarefa Hercúlea.
P – Um processo trabalhoso.
R – Mesmo dividindo entre várias pessoas.
P – Tem algum projeto, não só de cinema, ao longo deste tempo que você trabalha com patrocínio, que você tenha ajudado a patrocinar, a selecionar, a patrocinar, e que tenha te marcado? Um projeto em especial?
R – Eu acho que, normalmente, marcam projetos que a gente vê crescer. Eu, já cuidando da área de cinema, peguei o projeto, por exemplo, da Anima Mundi Festival de Animação. E esse projeto era um projeto pequeno dentro do CCBB. Fazia parte de um pacote de projetos que a gente tava patrocinando junto do CCBB. E, com o patrocínio da Petrobras, a gente tem hoje um festival que está no Rio, que está em São Paulo, que faz mostras itinerantes e vai a Brasília, a Belém, a Vitória. Então isso é muito bom pra Petrobras ver que você faz. A Petrobras levantou. Com o apoio da Petrobras ele passou a ser um festival e tem uma característica de hoje ser um dos cinco festivais, maiores festivais de animação do mundo. Isso graças a um patrocínio, vamos dizer, contínuo e bem pensado, bem acompanhado. Então, eu acho que a gente, esse pra mim é um meio case, eu acho. É legal quando vê uma coisa crescer. Esse é especial por causa disso, quer dizer, eu acho que a história dele está muito ligada à história da Petrobras. Existem outros desse tipo, mas esse é um que me marca até porque eu o acompanhei bem.
P – E tem algum outro assim, desse mesmo jeito, que vocês acompanharam o crescimento ou algum outro que vocês estão agora entrando, vocês vêem que pode ser uma coisa muito ampla?
R – Todas essas coisas ligadas, por exemplo, a essas atividades da área de cinema, ligadas a curta metragem, por exemplo, a gente vê que tem um grande, é uma porta meio aberta. Porque curta metragem é um produto que tem pouca visibilidade. Então, a Petrobras patrocina a produção, mas também patrocina um site chamado portacurtaspetrobras que exibe curta metragem na Internet. Então, isso a gente sente que são espaços que você abre. Então, isso é muito legal. Eu acho que esse é um outro exemplo, quer dizer, em áreas de cinema. O resto a gente patrocina festivais grandes, coisas que já estão mais ou menos prontas. Mas que você consegue manter e deixar que tenha a mesma, continue mantendo esse brilho que ele já tem. Agora, em outros você ajuda a crescer. Esse do Porta Curtas, por exemplo, eu acho que é um caso parecido. Agora tem. A Petrobras começou a patrocinar a algum tempo o Grupo Corpo, que é uma coisa maravilhosa. Então, é um produto da melhor qualidade. Eu acho que, assim, é Brasil puro. Eu acho que é um dos pontos altos da cultura brasileira. Eu considero, por exemplo, o Grupo Corpo. Então, quando a Petrobras pega esse projeto pra ela e banca ele, ela está fazendo uma atividade muito nobre. E é outro exemplo. Ele já era conhecido e a gente pega pra dar continuidade pra que ele não sofra abalos por falta de patrocínios. E vincula a marca da empresa a um projeto de brasilidade pura. Assim, eu acho que é muito ____.
P – A Petrobras valoriza esse lado também.
R – É. Exatamente. Eu acho que é uma preocupação constante. Eu acho que tem conseguido. Na verdade, com esses patrocínios culturais, tem conseguido isso.
P – Tem algum projeto assim, dos seus sonhos, que você gostaria que, algum tipo de projeto que você gostaria que a Petrobras patrocinasse? Ou um projeto dos seus sonhos?
R – Não, eu acho que, pra mim, essa coisa de continuidade no cinema é uma coisa muito legal. Esse eu acho que talvez seja um sonho de coisa. Mas que continue, que a Petrobras consiga manter essa linha apoio, por exemplo, que ela conseguiu, que ela cristalizou, e que ela consiga manter. Porque é muito importante, nesse momento, a gente sabe que é muito importante pro cinema. E aí entra pro Brasil. Uma atividade que, o cinema já sofreu altos e baixos ao longo da nossa história aí. Então, no auge na década de 60, alguma coisa na década de 70 e depois um baque. E esse renascimento, que teve a ver com o apoio da Petrobras, é muito legal que continue. Que de alguma forma se sistematize, mantenha essa estrutura que está tendo de acompanhamento de patrocínio pra dar continuidade. Não acho que seja nós somente os responsáveis. Mas a Petrobras deu uma força inicial e é importante que ela mantenha isso pra dar continuidade.
P – Você falou aí de novo a área que você trabalha no cinema, do reflexo da entrada da Petrobras. O quê que você poderia dizer, de uma forma geral, da cultura do Brasil? A questão do patrocínio, dessa área que foi criada agora, a pouco tempo. Como que isso reflete na cultura do país, a entrada da Petrobras?
R – Eu acho extremamente significativa. Na verdade é uma empresa poderosa, como a Petrobras, que na verdade tem muitos recursos. A entrada dela e esse foco de patrocínio cultural eu acho de uma importância única na cultura brasileira. Porque é a maior empresa brasileira. Então você, aí vira a maior patrocinadora se ela decide fazer isso de forma sistemática. E os programas, toda esta estruturação foi muito boa por causa disso. Porque é compatível com a empresa, com a característica dela ser uma empresa nacional, e com o montante de grana que ela pode jogar nessa atividade. Então, ela passa a dar satisfação pro público. E é muito importante. Na verdade esses programas são fundamentais, eu acho. Nesse momento, é só você olhar em qualquer caderno cultural do país e você vai ver o quanto a cultura está “devendo” neste momento para a Petrobras, pro patrocínio.
P – Como que é assim a recepção do público, da sociedade brasileira? Como que, vocês sentem um retorno, um reconhecimento?
R – Eu acho que sim. Ta melhorando bastante. Eu acho que agora, porque tudo isso é um trabalho a longo prazo. Na verdade, a identificação do público com a marca ou com o respeito por alguém que te permite, que te dá condições de assistir a espetáculos como Grupo Corpo, um Festival de Cinema ou ver um patrimônio cultural restaurado, por exemplo, eu acho que é uma coisa que vem a longo prazo. Eu acho que, de uma maneira geral, agora a idéia que a gente tem é que isso ta melhorando muito, entendeu? Porque as pesquisas mostram tudo, que ta crescendo e ta sendo compatível com o investimento que está sendo feito.
P – Tem mais alguma coisa que você queira deixar registrado sobre patrocínio, alguma história nessa área que você se recorde?
R – Não, eu acho que a gente tocou nos pontos principais, eu acho isso, da área e o que eu penso das coisas.
P – Você pretende largar a carreira de Engenharia e seguir?
R – É, na verdade, com essa possibilidade de ser funcionário da empresa e trabalhar aqui dentro, quer dizer, na verdade eu acho que pelo menos abandonei periodicamente. Pode ser que por algum motivo ou outro eu seja obrigado ou queira voltar pra área de Engenharia. Nesse momento não. Eu acho essa área mais provocante. E mexe com essa coisa cultural que eu gosto muito. Então, é bom estar desse lado também, mesmo que patrocinando, mesmo que gerindo projetos, sendo gestor de projetos. Quer dizer, eu to do lado de cá, na verdade. Eu sou Petrobras patrocinando projetos culturais. Mas eu gosto bastante.
P – Ta bem envolvido, na verdade. E o que você achou de ter participado? O que você acha do Projeto Memória, que também é um projeto cultural, e achou de ter participado do Projeto?
R – Eu gosto. Acho curioso ter participado e acho que é importante pra uma empresa do porte da Petrobras ter o registro de tudo o que acontece ou aconteceu. Então, essa é a hora. Na verdade é um mega projeto aí que tomara que funcione bem, que registre mesmo, que dê história pra gente.
P – Ta, Romildo. Eu queria agradecer a sua participação. É só.
R – Ta ok, obrigado.
P – Obrigado a você.
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