IDENTIFICAÇÃO
Meu nome é Reinaldo Henrique dos Santos, eu nasci em Caeté, Minas Gerais, [em] 13 de setembro de 1971.
FAMÍLIA
David Pereira dos Santos e Rosa Henrique dos Santos, ambos falecidos. [Eram] todos de Caeté, que fica a 100 quilômetros da capital BH [Belo Horizonte]. É uma cidade histórica onde eu cresci, estudei e minha formação toda foi de lá.
Conheci só meus avós por parte de pai, Pedro Pereira dos Santos e Hibrandina Teles dos Santos. Meu avô era fazendeiro e minha avó acompanhava ele.
INFÂNCIA / IRMÃOS
Eu cresci em caeté. Somos sete [irmãos], todos homens. O meu pai e a minha mãe sempre deram uma boa educação. Eles passavam as coisas pra gente fazer e a gente atendia o que eles pediam. E hoje todos os sete são estudados e formados. Eu sou o terceiro [filho]. Era bastante gente, tinha os sete e fora os tios e tias. Era bastante gente dentro de casa. A gente tinha uma determinação, hora de brincar, brincar; hora de estudar, tinha que estar lá estudando. Meu pai e minha mãe conseguiram fazer isso com os sete. Boa parte [de nós] somos formados em técnico de segurança. [Brincávamos de] pipa, bola, bolinha de gude, brincadeira normal.
CASA / FORMAÇÃO
Era dividido por turno: na época se chamava de primário, você fazia até a terceira série na parte da tarde e depois passava para manhã; o restante você fazia na parte da manhã. E no nível técnico você fazia uma parte de manhã e depois no próximo ano você fazia a tarde e o final, a conclusão do curso, você fazia à noite. Você entrava por volta das cinco e meia e saía as dez. [As tarefas fizeram de casa] com que todos se desenvolvessem. Independente da situação, todo mundo sabe fazer alguma coisa dento de casa. Então isso pra gente foi importante. Minha casa era grande. Aproximadamente cinco quartos, cozinha, banheiro, área de serviço, uma parte de quintal que dava pra comportar todas...
[As] duas escolas [em que estudei] são estaduais. Do primeiro...
Continuar leituraIDENTIFICAÇÃO
Meu nome é Reinaldo Henrique dos Santos, eu nasci em Caeté, Minas Gerais, [em] 13 de setembro de 1971.
FAMÍLIA
David Pereira dos Santos e Rosa Henrique dos Santos, ambos falecidos. [Eram] todos de Caeté, que fica a 100 quilômetros da capital BH [Belo Horizonte]. É uma cidade histórica onde eu cresci, estudei e minha formação toda foi de lá.
Conheci só meus avós por parte de pai, Pedro Pereira dos Santos e Hibrandina Teles dos Santos. Meu avô era fazendeiro e minha avó acompanhava ele.
INFÂNCIA / IRMÃOS
Eu cresci em caeté. Somos sete [irmãos], todos homens. O meu pai e a minha mãe sempre deram uma boa educação. Eles passavam as coisas pra gente fazer e a gente atendia o que eles pediam. E hoje todos os sete são estudados e formados. Eu sou o terceiro [filho]. Era bastante gente, tinha os sete e fora os tios e tias. Era bastante gente dentro de casa. A gente tinha uma determinação, hora de brincar, brincar; hora de estudar, tinha que estar lá estudando. Meu pai e minha mãe conseguiram fazer isso com os sete. Boa parte [de nós] somos formados em técnico de segurança. [Brincávamos de] pipa, bola, bolinha de gude, brincadeira normal.
CASA / FORMAÇÃO
Era dividido por turno: na época se chamava de primário, você fazia até a terceira série na parte da tarde e depois passava para manhã; o restante você fazia na parte da manhã. E no nível técnico você fazia uma parte de manhã e depois no próximo ano você fazia a tarde e o final, a conclusão do curso, você fazia à noite. Você entrava por volta das cinco e meia e saía as dez. [As tarefas fizeram de casa] com que todos se desenvolvessem. Independente da situação, todo mundo sabe fazer alguma coisa dento de casa. Então isso pra gente foi importante. Minha casa era grande. Aproximadamente cinco quartos, cozinha, banheiro, área de serviço, uma parte de quintal que dava pra comportar todas...
[As] duas escolas [em que estudei] são estaduais. Do primeiro ao segundo grau completo, a Escola Estadual José Brandão, na época tinha uma referência para formação de técnico de segurança. Então se você olhar, em qualquer parte tem algum técnico de segurança de Caeté. Então isso é muito bom, formou uma geração, tanto que o pessoal brinca “Caeté só forma técnico de segurança?” Não, não é que Caeté só formava técnico de segurança, mas o forte da escola estadual é do curso de técnico em segurança no trabalho. Na escola onde eu estava tinha três cursos: Secretariado, Magistério e Técnico de Segurança e Contabilidade. Eu pesquisei algumas coisas e na época isso te dava um parâmetro do que era o curso, então eu escolhi o Curso de Técnico de Segurança no Trabalho. E hoje eu me considero feliz e realizado pela atividade que eu exerço. [Foi uma escolha] muito certa. Você passa por altos e baixos, porque quando você lidar com pessoas já é mais complicado, você tem que saber como lidar, pra você alcançar o objetivo que precisa. A matéria que eu gostava mais era Psicologia, porque a Psicologia é um fator importante, principalmente pra gente que atua como técnico de segurança, o saber lidar com as pessoas. E as coisas te levam a trazer essa pessoa para o teu lado, para executar uma atividade com segurança e ficar tranquilo. Então a metodologia do técnico de segurança é: quando um funcionário entrar pra trabalhar, executa sua atividade e volta pra casa perfeito. Se ele voltou pra casa perfeito, a atividade do técnico de segurança está... Ele está feliz, agora se ele não volta aí já...
FORMAÇÃO / PROFESSORA
Eu tinha uma professora que ela até brincava muito com a turma, ela chamava Maria das Graças, professora de Matemática. Ela exigia muito e ela dizia: “Eu estou exigindo aqui de vocês pra que vocês não percam lá fora, se você tiver que fazer qualquer curso superior você tem um parâmetro legal pra fazer, sem nenhum problema. Quando vocês saírem para o mercado, vocês tenham uma boa estrutura e vocês sejam competitivos dentro do mercado.” A turma que a gente estava tinha 45 alunos e até a última data do ano passado eu fiquei sabendo todos estavam empregados. Isso foi tão importante que marcou. Acho que isso foi fundamental para a formação de todos os técnicos daquela época, da turma de 1993. São todos da mesma cidade, a cidade hoje se tornou como dormitório, porque é uma cidade pequena, histórica, que ainda não se desenvolveu tanto. O mercado de trabalho é bem restrito e cada um saiu para um lado. Eu acho que os primeiros técnicos que formaram arrumaram emprego e iam puxando bastante a turma. Isso foi muito importante para que colocasse uma parte de técnico de segurança, que se formou dessa turma ao mercado de trabalho.
FORMAÇÃO / FAMÍLIA
Os meus irmãos [também] são técnicos de segurança. Hoje todos estão trabalhando. A gente é uma família que consegue não dar nenhuma dor de cabeça para os pais. Eu acho que isso é muito gratificante. A gente nunca procurou dar dor de cabeça, a gente sempre procurou ajuda-los o máximo possível e a melhor maneira de ajudar é não trazer problemas. Meus pais foram fundamentais para a formação de todos os filhos. Não volto com tanta frequência [em Caeté] porque não tenho meus pais, mas a gente sempre entra em contato com os irmãos, que estão espalhados aí pela região de Minas Gerais. Não está todo mundo focado na mesma cidade, [estão no] Triângulo Mineiro, sul de Minas... Está todo mundo espalhado. O que está mais longe sou eu, que estou aqui no Rio de Janeiro. Nos comunicamos por telefone. A gente se fala e um procura ajudar o outro, mesmo a gente não tendo pais, a gente procura ajudar um ao outro no que pode. Cada um está planejando a sua vida. Cada um tem um projeto e cada um faz o seu planejamento familiar. Eu acho o seguinte: o planejamento familiar você tem que ter estrutura pra você seguir. Quando você tem essa estrutura, você tem alguns projetos pra cumprir. Eu estou estudando, a minha esposa estuda e eu preciso que a gente termine. Então o planejamento familiar é mais importante, pra você ter um controle e quando você tiver filho, dar uma qualidade boa de ensino e de educação.
PRIMEIRO EMPREGO
Eu trabalhava antes [de me formar], mas não na área. Trabalhava numa cidade pequena, tinha um senhor que tinha uma empresa; era um mestre de obra, ele fazia casas, apartamentos. Eu trabalhei bastante tempo com ele – aproximadamente uns três ou quatro anos – como ajudante. Da turma toda que trabalhava, eu fiquei com ele mais tempo. Tinha um grau de confiança maior, pra fazer algumas coisas financeiras. Foi muito bom. Hoje algumas coisas que acontecem na construção, eu tenho essa aprendizagem porque eu participei disso, eu sei essas coisas todas da parte da construção civil, de materiais, de lidar com pessoas... Porque trabalhar em construção civil é lidar com diversos níveis escolares. Então você tem que saber lidar com a pessoa com nível bem alto e a pessoa com nível bem baixo [de escolaridade] e você nunca pode fazer essa diferença, você tem que saber conversar pra definir as coisas. Você alcança o objetivo que você propõe principalmente onde a gente trabalha. O setor da construção civil é onde você tem pessoas com “pouco conhecimento”, mas essa pessoa de “pouco conhecimento”, quando você conversa com ela, ela dá muitas soluções para o nosso trabalho. Esse é o diferencial de você conversar com as pessoas, você dar atenção para essas pessoas com “menos conhecimento”, mas como elas executam a atividade, elas dão esse parâmetro, de como você resolver, e quando você faz isso, cita que a ideia foi da pessoa que te passou. É a melhor coisa que acontece. O técnico de segurança que faz isso, sempre vai ter esse benefício, porque ele está pegando uma ideia de uma pessoa que passou pra ele. É importante, porque ele vai ficar agradecido por isso e vai passar para os colegas dele. Você tem isso aí como confiança e a confiança você conquista, você não impõe. Então isso que te dá o parâmetro pra trabalhar e ter êxito na função. [Depois] eu fui trabalhar na minha área. Eu parei com ele, agradeci, ele foi uma pessoa que me ajudou muito, eu não posso reclamar dele. A gente o chamava de Tunicão. Ele ajudou todo mundo, em termos de conhecimento. Ele chamava as pessoas, pegava projeto e mostrava o projeto das construções. As pessoas que queriam ter o conhecimento, adquiriam esse conhecimento com ele. Era tranquilo.
SEGURANÇA DO TRABALHO
[Depois] eu fui para o mercado de trabalho, aí dentro da capital grande, BH, e eu não consegui nada. Então aí eu fui pro Triângulo; meu irmão morava no Triângulo Mineiro, a gente se formou na mesma época. Aí eu fui pra lá e com 15 dias que eu estava lá, eu consegui meu primeiro emprego como técnico de segurança. E aí foi bem difícil, porque eu comecei numa empresa de transporte, também fiz a minha função, adquiri o conhecimento nessa área. Depois disso eu fui para uma empresa de beneficiamento de cereais, fiquei nela uns dois anos e meio e aí depois o mercado financeiro deu uma caída e eles tiveram que fazer redução de quadro e como técnico de segurança trabalhava com número de funcionário de acordo com o grau de risco, teve que reduzir o pessoal e eu saí. É uma hora de Caeté a BH. Eu fiquei aproximadamente de janeiro de 1994 a aproximadamente julho de 1994 procurando emprego. Se você não consegue, você tem que ver outra solução, você não pode desistir de tudo, porque você levou anos pra se formar. Tem uma relação muito importante, porque os pais do meu pai lhes deram essa credibilidade e incentivo. Então eu não poderia deixar isso ficar por isso mesmo. Isso tudo foi necessário, foi básico para que a gente não desistisse. Acho que tem muitas pessoas que se formam e desistem no meio do caminho. Quer dizer a primeira dificuldade que encontram, param por aí e eu não fui assim, eu dei continuidade ao processo. [Já se] dava importância [a Segurança do trabalho], porque o índice de acidente estava muito alto no Brasil. As empresas se preocupavam com isso, com o benefício de você ter um trabalhador sadio dentro de qualquer atividade, na construção civil ou numa indústria, numa cerealista. Havia essa preocupação, tanto que no Triângulo Mineiro, em menos de 30 dias eu arrumei emprego. Eu saí de uma empresa, chamei meu colega e botei o meu colega no meu lugar. Então quer dizer, foi um processo que a gente fazia com as pessoas que estavam na cidade, que não tinham emprego, pra poder ajudar a entrar no mercado de trabalho. [Isto em] Uberlândia. Era difícil porque em uma transportadora de valores você mexe com algumas coisas que são muito complicadas, principalmente armamento, mas é aquilo: você pega conhecimento, adquire, dissemina o conhecimento e graças a Deus, pelas informações que me passaram, eu sempre consegui me dar bem com todo mundo. Era tranquilo pra eu executar as minhas atividades, tornou-se tranqüilo. Eu fiquei lá um certo período, porque na área de segurança do trabalho você tem que abrir um leque, você tem que ter conhecimento e vários tipos de conhecimento em atividades diferentes. Então se eu ficasse ali eu não ia ter conhecimento, porque o conhecimento era limitado na parte de segurança, aí eu fui pra indústria onde eu conheci vários tipos de atividades e com isso dá pra você crescer bastante. A legislação exige que o técnico trabalhe oito horas, ele não pode ter desvio de função ele tem que executar aquela atividade ali, fazer só segurança. Vou dar um exemplo: a escavação de um túnel, ele roda de dia e de noite; se eu tenho um número de trabalhadores – eu estou classificando um grau quatro –, se eu tiver um número X de trabalhadores, eu tenho que dividir esses trabalhadores pra cada técnico. Tem que ter um técnico pra acompanhar todas essas atividades à noite. Se eu tiver, por exemplo, 100 ou 250 funcionários, tenho que ter no mínimo dois ou três técnicos, aproximadamente isso. Tem que colocar esse técnico pra trabalhar à noite e se for de dia também. A gente tem um nome chamado NR, norma regulamentadora, que dá esse parâmetro para fazer o dimensionamento do SESNE. Esse dimensionamento do SESNE vai classificar, pra cada atividade, a quantidade de técnico de segurança. [Depende também] do grau de risco. Existe uma tabela para identificar esse grau. Ele é classificado em quatro etapas: grau de risco um, dois, três e quatro, [que] é o mais alto que existe, que seria a construção civil, indústria metalúrgica, essas empresas de porte, cujo grau de risco é maior. Nível um, [por exemplo], escritório de contabilidade, o grau de risco é menor, o grau de risco dois, aproximadamente, você pode ter aí essas atividades mais de escritório, essas coisas mais práticas. O grau de risco três pode ser classificado aí como escritório de Arquitetura ou ambiente de consultoria, em termos de limpeza. O grau de risco quatro seria uma construção civil ou uma indústria metalúrgica, uma Complexo petroquímico também é risco quatro.
INGRESSO NA PETROBRAS
[Depois] saí da Cerealista e fui para a empresa de construção civil, ramo de construção civil. Fiquei nessa empresa um bom período e em 1999 eu vim para o Rio. Trabalhei numa empresa também de construção civil e depois eu voltei pra Minas. Eu tenho [uma] tia que mora aqui no Rio. Eu vim pra passar uns dias porque eu estava de férias, eu consegui esse emprego e fiquei. Vim passar uns dias e aí eu fui ver como estava o mercado. Fiquei e depois eu voltei pra Minas. Era a Independência Administradora de Bens. Consegui ficar nela por aproximadamente dois anos. Voltei para Uberlândia e, nesse período do Triângulo eu trabalhei numa empresa de armazenamento de milho e soja, que é Espaços Empreendimentos, também com grau de risco quatro, também no ramo de construção civil, onde fizemos uns quatro ou cinco silos aproximadamente. A largura de cada um podia ser uma média de 70 metros de largura por 340 de comprimento por 37 metros de altura. Com telhado e a profundidade baixa, que era em forma de V. Depois disso a obra acabou. Quando você trabalha em construção civil, tem que programar. Porque a obra termina e tem um fim, então você tem que se programar. Você programa a tua vida nesse período, quando chega dali pra frente, você sebe o que vai fazer, porque a obra tem o início e depois o término. Quando chega ao término você tem que ter em mente o que você vai fazer, tudo isso é programado. Nesse período terminou a obra aí eu vim para o Rio com a finalidade de procurar emprego, porque eu já tinha passado em 1999 e quando eu cheguei aqui no Rio, em 2003, eu estava procurando [trabalho]. Tinha uma empresa de sistema de ar condicionado que estava pedindo currículo, eu levei o currículo e fiz a entrevista. Passei na entrevista e foi onde eu entrei para o Sistema Petrobras, porque essa empresa foi executar uma atividade de sistema de ar condicionado central para a Petrobras, que era no Cenpes [Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Miguez de Mello]. Aí eu adquiri bastante conhecimento. [Conhecia a Petrobras] só de nome. Quando você está desempregado, você está no mercado, você conversa com algumas pessoas. Eu conversava com alguns técnicos e eles falavam da Petrobras e qual era o grau em termos de exigência de segurança e eu só [ficava] escutando; achava bacana e ficava calado. Fazer o que? Mas isso me ajudou estar hoje no Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro]. Me explicaram qual era a atividade, que já tinha passado uns três técnicos e os técnicos não ficaram. Eu falei: “A coisa está meio feia, mas eu vou aceitar o desafio.” Eu aceitei o desafio e graças a Deus passei por esse desafio.
TRAJETÓRIA / CENPES
[Fui trabalhar] no prédio do Cenpes, fazer sistema de ar condicionado central, na época a Engenharia da Petrobras contratou a Climar Sistema de Ar Condicionado pra executar a obra. Nesse período eu fiquei lá trabalhando e foi uma grande experiência, porque a empresa que ia executar a atividade era do ramo de construção civil e ela não tinha a experiência pra trabalhar para o Sistema Petrobras, então as pessoas que foram trabalhar também não tinham essa experiência. Tem uma diferença executar a obra dentro do sistema Petrobras e fora. Muita diferença. Não é mais exigência, a Petrobras valoriza os funcionários, tanto os dela quanto os sub-contratados. Ela diz que se você estiver dentro do Sistema Petrobras, você preserva a saúde do trabalhador. A diferença lá fora é simples: você tem que fazer com que o trabalhador não venha sofrer os danos. Mas ela não dá tanto foco para a segurança do trabalhador e hoje a Petrobras tenta dar isso pra qualquer pessoa que vai executar a atividade dentro dela. Ela tem que seguir o contrato e no contrato está dizendo o que a empresa tem que fazer para o trabalhador, para que o trabalhador não venha sofrer nenhum tipo de dano. Com isso, coisas novas, aprendizagem nova, muito trabalho. A fiscalização na época cobrava e você tinha que dar o retorno dizendo que você tem uma qualidade, excelência em qualidade, aí eu entro com a empresa que não chega junto com essa qualidade. Então eu tenho que adaptar... Nós tivemos que adaptar a empresa pra chegar ao nível da exigência que a Engenharia fazia pra gente. E a gente tinha algumas dificuldades, porque as pessoas que vinham trabalhar não tinham esse foco em termos de SMS [Segurança, Meio Ambiente e Saúde], de segurança para o Sistema. Tinha uma dor de cabeça muito grande, mas ao mesmo tempo era aprendizagem. Com três meses a equipe da Climar conseguiu isso, foi quando eu conseguiu colocar todo mundo e pus uma equipe com produção individual, que é uma coisa mais difícil, porque você trabalha fora, você trabalha à vontade. Então você não usa o capacete, a camisa de manga curta e o capacete e os óculos você não tem também essa exigência, pois estou usando equipamento direto. E quando chegou lá, encontrou-se essa dificuldade, porque a Engenharia do exigia que em qualquer atividade, se tivesse dentro do canteiro, era padrão: capacete, óculos. Para qualquer atividade, independente de qual atividade você fosse exercer, tinha que usar a proteção para que não viesse a acontecer nenhum dano ao trabalhador. Tanto que nós passamos um período de dois anos e nós tivemos um acidente e mesmo assim um acidente baixo. Foi só escoriação. E isso serviu de aprendizado. Nesse período todo o que aconteceu foi que o SMS com o Cenpes na época me ofereceu: “Tem uma vaga lá e eu vim te chamar pra ver se você quer participar do processo”. Tinha mais gente participando do processo e eu consegui a vaga pra trabalhar no SMS do Cenpes. Então isso pra mim foi gratificante, porque aí eu comecei a pegar todo o aprendizado. Eu já tenho um contato com o pessoal do Cenpes, são pessoas que me ajudaram muito. O Michelangelo me deu esse conhecimento e até a gente brinca... Quando eu ligo pra ele, eu o chamo de mestre, porque ele tem um bom conhecimento. É até hoje muito detalhista nas coisas que ele faz, então ele me passou isso, então eu aproveitei pra pegar o conhecimento. [Ele] é da área de segurança do Cenpes. Eu o chamava de mestre, porque quando você não conhece a pessoa. Se eu disser que conheço todos, eu estou mentindo, então conhecimento você vai adquirindo ao longo da vida. E com isso foi a referência. Aprendi muito com ele e com isso com todo esse processo eu cheguei ao Comperj. [No Cenpes] eu ficava com a parte de treinamento que é a parte de segurança para sub-contratados. Eu ficava com as APECs, todas APECs do Cenpes, eu ficava com todas as auditorias de permissão de trabalho do Cenpes e acompanhava o pessoal. Eu sempre gostei de adquirir conhecimentos, então quando eu ia fazer alguma atividade diferente eu perguntava: “Você vai pra onde?” “Eu vou fazer isso e isso”, eu falava: “Então eu vou com você.” Sempre procurei ter conhecimento, que é fundamental hoje pra qualquer área. Se você tem conhecimento, você consegue executar sua atividade com tranquilidade e você tem embasamento, você sabe o que você pode fazer e o que não pode, porque você tem conhecimento e você sabe onde estão os parâmetros da legislação para você fazer [tal coisa].
TRAJETÓRIA / COMPERJ
Com isso tudo eu já tinha trabalhado para o pessoal do IL e uma pessoa foi para o Comperj e estava precisando de um técnico e me convidou: “Você quer participar do processo?” eu falei: “Eu vou participar”. Achei o tamanho do Comperj hoje um desafio muito grande. Eu participei do processo e fui escolhido. O IL quando eu entrei tocava a obra do Cenpes de infra, então a parte de sistema de ar condicionado, grandes reformas, era para a área da Engenharia do IL fazer. Eu fiquei no Cenpes e depois, com certo tempo, o pessoal falava: “Esse é o Comperj”. Eu falava: “Comperj, eu não conheço ninguém no Comperj, vou ficar no Cenpes”. Depois essa pessoa me fez um convite: “Tem um processo pra lá, você quer?” Essa pessoa já tinha sido meu fiscal em 2003. Eu falei: “Tudo bem, vou participar do processo”. São coisas que eu acho o seguinte, você tem que avaliar as condições, a primeira coisa que eu acho importante, porque eu sempre converso com a minha esposa pra qualquer decisão, porque a família está em primeiro lugar, eu não posso tomar nenhuma atitude sem antes me comunicar com ela. Então qualquer coisa que eu for fazer: “Olha só, eu vou fazer isso e isso. O que você acha?” Então isso eu acho que foi fundamental. Eu passei no processo aí e fui para o Comperj. Cheguei ao Comperj, tudo novo. Sempre gostei de desafio muito grande. Eu vi tudo, até o ponto que está hoje o Comperj, eu cheguei a participar de tudo. O Comperj surgiu com o MPQF que é outro órgão da Engenharia que fez a implantação do Comperj e depois quando ela faz toda a implantação, se cria o empreendimento. Nessa parte eu já fiquei. Isso ficava tudo no Rio, tudo concentrado. Tinha um escritório fechado, fechado em termos, assim onde o pessoal já trabalhava em prol do Comperj. Era no Edita [Edifício Almirante Torres]. Então o pessoal trabalhava ali em prol do Comperj. Eu estava ali onde tinha uma parte do pessoal também de Itaboraí. Quando eu cheguei tinham três pessoas no Comperj, um técnico de segurança, que era o Cleber, o técnico de ICM, que a gente chama de construir a montagem e mais a secretária, que era a Elisabete. Eu cheguei a trabalhar com as pessoas, então você via todo o processo. E a atividade minha e do Cleber era cuidar da segurança do pessoal, executar o trabalho dentro da área do Comperj, então você vê todos os processo que passavam. Era assim: por não ter uma estrutura quando você está dentro de uma cidade... Quando você está no meio do mato, as coisas todas são mais complicadas, água é um fator complicante. Se você não tiver água as condições... A alimentação também: tinha que estar programado pra isso. O mais importante de tudo era a segurança do trabalhador, porque você está numa área onde tem muitos animais peçonhentos, o que é outro fator complicado, que você também tinha que cuidar do meio ambiente. Então a gente trabalhava nesse ritmo, funcionários, segurança dos funcionários e o meio ambiente. Apesar de ser uma área muito grande, a gente conseguia acompanhar nas empresas e todos os funcionários que trabalhavam dentro dela. [Eram todos] contratados. Há muito tempo você não via uma obra daquelas, do jeito que é o Comperj hoje. Então você começava a fazer os primeiros pontos de sondagem, uma área muito grande, onde você tem que rodar muito para acompanhar os pontos de sondagem que não eram perto. Tem uma dificuldade de locomoção, porque as estradas também não eram boas. Mas ao mesmo tempo tinha o pessoal que estava no início, gostamos do que fazemos. Isso é mais importante, quando você gosta do que você faz, você faz com tranquilidade e faz bem feito. [Além de contratados] tinha funcionários também. O Garton trabalhou nesse processo aí, a Patrícia e o Woly também. O problema todo é quando você contrata uma empresa pra executar essa atividade, porque fora é uma coisa, e o Sistema Petrobras é outra. Eu sempre converso com as pessoas contratadas: “Olha só, executar atividades dentro da Petrobras é uma coisa e você executar uma atividade fora da Petrobras é totalmente diferente.” O grau de exigência em termos de executar uma obra bem feita e não cometer nenhum tipo de lesão com o trabalhador, a exigência é muito grande e preservar o meio ambiente também é importante. Você também tem que estar atendendo isso e às vezes a empresa não vê isso, não tem isso na sua atividade, hoje pensando que o trabalhador é importante e que o meio ambiente é importante. Quando chega lá, aí você tem dois meses mais ou menos, um mês mais ou menos, para a empresa. Nesse processo [de meio ambiente] nós tínhamos o Ivan Dantas, que a gente consultava e ele passava as informações. A gente fazia isso, até a implantação do Comperj. A equipe do Item [Implementação de Empreendimentos], tanto como ICM como QSMS [Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde] era muito boa, a gerência, pede que todos tenham o SMS no sangue. A responsabilidade era de todos, então isso faz com que a gente esteja todo mundo bem confortável, hoje a gente tem aproximadamente umas cinco ou seis empresas executando a obra. Então eles te dão conforto, porque todo mundo se responsabiliza para cuidar da integridade do trabalhador. A Petrobras exige isso. Ela tem isso na meta dela: conservar a saúde do trabalhador e conservar o meio ambiente. Então o que a gente tem que fazer é seguir as diretrizes.
COMPERJ / MEIO AMBIENTE
Foi feito um levantamento dos animais. É um processo que começou com algumas empresas fazendo esse levantamento, tanto das espécies das árvores quanto do que existe dentro da região. Participaram a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], a Fapur [Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro] e outras empresas que participaram fazendo isso. Hoje, a terraplanagem do Comperj, tem uma empresa, a Fapur, ela cuida pra fazer isso, ela resgata esses animais, ela faz um catálogo desses animais e toma outra área preservada pra eles, ela solta os animais lá. Então praticamente é focado hoje em termos tanto de segurança do trabalhador como ao meio ambiente, há essa preocupação. Vai ter o corredor verde em que será feito o reflorestamento de toda essa parte. Esse material que a gente está retirando, a gente faz o depósito desse material pra depois reaproveitá-lo na camada vegetal, porque ela vai servir de adubo, num futuro aí, pra fazer o replantio que a gente chama de corredor verde. O único equipamento diferenciador hoje é a perneira. A gente usa uma perneira pra proteção da gente, de cobras e picadas de animais peçonhentos. Tem bastante [cobra lá], mas até hoje não houve acidente com animais peçonhentos. Mosquito já teve [bastante], hoje já não tem. No começo a gente acompanhava a ponte de sondagem e quando você parava o carro, você olhava o carro e já não via o para-brisa, enchia de mosquitos. Mas é muito bom participar desse processo todo. Eu sempre estava lá. A gente, como técnico de segurança, gosta do que faz e quando você vai para um empreendimento desses, tem muita coisa pra aprender, então fica mais gratificante ainda. Você procura mais conhecimento, tem um conhecimento vasto, muita coisa pra aprender dentro do Comperj. Eu fui com o Ivan, nós fizemos um plantio das árvores no dia da árvore e a gente ia muito porque. Teve uma semana de sol quente, ele ligou pra gente e falou: “Vamos molhar as árvores”? Aí fomos molhar as mudas que não foram plantadas e acho que daí a meia hora choveu. A gente foi molhar com baldinho e daí a meia hora choveu. Mas são coisas que agregam valores e a gente sempre fica rindo disso ainda, mas é muito interessante.
COMPERJ / ETAPAS
Tiveram várias etapas ainda, a gente não tinha comunicação, por exemplo, telefone. Não [se] conseguia falar com telefone lá dento, a área era extensa. Quando você pegava o telefone tinha que subir no morro pra ficar procurando o sinal, é até engaçado, mas você tinha que sair procurando sinal. Então pra você usar o telefone tinha que subir o morro e sair procurando sinal. [Para falar com] alguém de lá ou até mesmo alguém do Rio ou Itaboraí, você tinha que sair procurando sinal. O pessoal não entendia porque você tinha que ficar andando, mas você tinha que procurar o sinal e falar o que fosse mais importante, por isso a primeira questão foi a instalação da antena e nós começamos a usar o rádio. Então isso tudo já começou a facilitar o processo. [A área é] imensa. A gente rodava muito porque queria conhecer. Eu fui conhecer cada ponta da área. E hoje quando as pessoas vão lá e pedem: “ponto tal” eu já sei onde é, porque eu sempre fazia isso. Porque você vê o formato da área, porque ela faz divisa com Casseribu e Macacu, então fica fácil, são os dois rios. Eu entrava na maior fazenda e percorria todas as sedes pra pode ter noção da obra. E a primeira coisa depois da sondagem foi a demolição. Então você sempre demolia todas as propriedades que já tinham sido negociadas, [que] tinha fechado os acordos, então tinha que demolir e tirar esse material. Eram aproximadamente, eu não sei dizer o total exato, eu creio que eram umas 170 [propriedades]. [Eu] acompanhei isso. Tudo isso faz com que você tenha conhecimento da área. Andei e pra verificar também se essas pessoas que estavam fazendo essa demolição, se elas estavam utilizando o equipamento individual adequado. Depois da demolição nós precisamos fazer um melhoramento dos acessos da comunidade. Os acessos não eram muito bons porque a situação é complicada. Então nós fizemos melhoramento de acesso, o início da terraplanagem, nós fizemos todo melhoramento dos acessos, tanto da Rota 116, até dentro do Comperj. Então até o limite da 116 nós fizemos melhoramento nos acessos. [Em função] das máquinas, equipamentos e até mesmo pra gente rodar lá dentro, porque quando você rodava lá, as estradas não eram tão adequadas. Então se gastava aproximadamente uma hora, o que se faria em meia hora ou vinte minutos. A gente andava de caminhonete quatro por quatro. Pra acompanhar os pontos de sondagem, com outro carro, se não fosse quatro por quatro, você não conseguia fazer isso. [Depois disso] aí começou a inauguração das obras, o início as obras. A informação pra dar o início das obras, a montagem de tendas, todos os preparativos. O presidente da Ippur [Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional], o presidente da Petrobras e outras personalidades pra dar início às obras.
COMPERJ / ESTRUTURA
Eu também participei quando o consórcio estava fazendo a terraplanagem, a movimentação de equipamentos. Eu esperei os equipamentos chegarem. E tem uma preocupação com a comunidade. Tinha que fazer um bom trabalho para que esses equipamentos não atingissem a comunidade, as crianças, porque o acesso para esse local tem que passar na comunidade. [Eram] coisas novas. Equipamentos novos, máquinas novas principalmente, que eles não estavam acostumados a ver no dia a dia. Equipamentos de 100 toneladas, 96 toneladas. Então você não está acostumado a ver isso no dia a dia numa obra de construção normal. Então isso chama muito a atenção. Chama a atenção devido ao tamanho do equipamento, a capacidade do equipamento, a capacidade de produção também do equipamento e a tecnologia do equipamento. Hoje se você pegar uma niveladora dos anos 1980 aí e você vê uma de hoje tão cara, é uma tecnologia bem sofisticada pra equipamento. É um equipamento seguro, digamos assim, com base numa niveladora. Ela tem ar condicionado, ela tem rádio, é mais sofisticada. Hoje a gente também tem lá uma que a gente chama de fora de estrada, a gente tem um caminhão 177, que você entra no caminhão, no meio daqueles buracos, e você passa nos buracos assim e não sente nada. O amortecedor dele é a base de hidrogênio, então você anda nele tranquilo, são coisas novas. E a aprendizagem de hoje é gratificante, você começa a aprender, a ver coisas novas, tecnologias novas. Então a equipe do Item hoje é bem tranqüila e procura manter o padrão que a gente já tem desde o começo. A terraplanagem é a fase que estamos hoje. Vou [para lá] todo dia. Hoje no pico tem a terraplanagem, tem a construção da subestação, hoje a gente precisa de energia pra continuar algumas atividades e tem a linha de transmissão. Eu creio que deve ser aproximadamente quase cinco mil pessoas. A equipe hoje do Item, tanto de QSMS como de montagem, é muito boa, deve ter bastante gente hoje. Cada setor cuida de uma parte. A gente tem um setor que cuida da comunidade, nós do QSMS cuidamos da parte de segurança do trabalhador e de todas as contratadas. O interessante – eu até costumo brincar com o pessoal – que a integração hoje das equipes é muito boa, porque todo mundo se fala, todo mundo se comunica. A equipe do Item é muito boa, porque o Item hoje é dividido em QSMS, construção e montagem. Tanto o QSMS, como construção e montagem se falam, isso dá uma engrenagem e essa engrenagem dá o resultado bom que a gente tem hoje e esse resultado a gente não quer perder. A equipe do Item não quer perder o que a gente conquistou.
Tivemos um acidente. A Engenharia tem um parâmetro de padrão de acidente que é a TFCA [Taxa de Freqüência de Acidentados com Afastamento]. o TFCA da companhia hoje se não me engano é 0,45 e a gente está abaixo desse nível. A gente deve estar indo aí para o quarto mês seguido com o menor TFCA da Engenharia. Então na equipe do Item construção, montagem, QSMS, há essa engrenagem. As outras unidades vão sendo construídas, essas gerências, não entraram ainda para executar a obra. Então hoje a obra em si, está com o Item, porque a gente faz a infra e prepara tudo para os outros empreendimentos chegarem e implantarem, eu falo do Item porque hoje só estamos nós mesmos do Item. Têm algumas pessoas que devem estar entrando agora para montar a execução de algumas atividades, mas hoje a terraplanagem e essa infra está na responsabilidade do Item. O Ivan faz parte do Item. Umas pessoas vão [lá], mas eu estou focando muito no Item porque é a equipe do Item hoje que tem a maior parte das obras, [que] é a terraplanagem. Isso está na gerência do Item. [As outras obras] também são do Item, a infraestrutura, linha de transmissão, subestação, o aqueduto e essas outras coisas que estão aí. Praticamente é focado no Item, é por isso que eu falo Item. Eu entrei no Comperj justamente isso, porque dentro da área hoje a maior parte é nossa, porque é infra. Hoje tem água, porque tem uma tubulação de água que abastece Porto das Caixas que passa próximo, aí foi só puxar, mas água para consumo de pessoas, mas para a obra ainda não tem nada fechado. Vai ser feito, mas agora no momento na execução de terraplanagem não há essa necessidade ainda. [Em relação à] comida, a gente tem a van e dá o horário, aí ela leva a gente para almoçar dentro de Itaboraí. [Comemos] em restaurante. Tem as vans e o pessoal escolhe pra onde vai. Então é por isso que eu vejo o Item, a equipe do Item a montagem, o QSMS, em geral, há essa integração muito grande pra tudo, [inclusive] pra a execução da obra em si, a preocupação da obra em si, a preocupação da segurança das pessoas que estão dentro do Comperj. Essa engrenagem entre o QSMS com essa montagem é muito importante, porque dá esse índice que a gente está com ele hoje e isso se tornou firme pra caramba, porque é muito difícil conseguir ficar três ou quatro meses com um índice abaixo da meta.
CASAMENTO
A minha esposa eu conheci em Uberlândia e estamos juntos há bastante tempo. Ela se chama Paula Helena e a gente está aí há a aproximadamente 14 anos juntos, então é muito bom. Ela terminou de fazer a faculdade e hoje eu estou fazendo faculdade. Como eu te falei, a gente conversa muito. Eu acho que isso é o fundamental para a família, você nunca tomar a decisão sozinho, você conversar, porque quando você conversa, eu posso estar vendo uma coisa e ela pode estar vendo outra diferente, a gente tem que estar com consciência pra isso. Ela trabalha na área financeira de uma grande empresa.
COMPERJ / ALEGRIAS / DESAFIOS
Ver o índice que está hoje pra qualquer pessoa do SMS [é uma alegria]. A melhor notícia é ter um menor índice de acidentes, ter uma equipe que o Item tem hoje, isso é muito gratificante. O Item eu considero muito bom, então o resultado que a gente tem hoje de menor nível de acidente é a integração entre a construção e a montagem mais o QSMS e isso faz com que o Item tenha esse nível hoje e isso é muito gratificante pra equipe toda. A gerência do Item, eles te dão todo parâmetro pra você executar um bom trabalho, então grande dificuldade, eu não consigo enxergar. Desafios têm todos os dias. Esse é o desafio nosso no Item, fazer a obra, cuidar da saúde do trabalhador e preservar o meio ambiente, são coisas importantes hoje. O Item lutou pra manter esse nível, então foi muito bom.
MEMÓRIA PETROBRAS
Eu acho bacana porque têm muitas novidades, coisas importantes pra você ver e que outras pessoas vão ver [por meio do Memória Petrobras]. Isso acontecendo é que é importante. O Comperj hoje não só pra mim, mas pra todo mundo, vai ser de grande importância tanto pra Itaboraí [tanto] quanto para as cidades em torno do Comperj. [Vai ser importante] as pessoas acessarem o site verem a importância do Comperj. Desde quando eu entrei no Comperj eu via... Participar de um empreendimento e a movimentação que a gente chama de movimentação de terra desse porte, eu acho que qualquer pessoa queria estar lá pra participar desse empreendimento. Eu fico feliz, acho que as outras pessoas que estão dentro do Item também se sentem feliz de participar de uma obra da proporção que é o Comperj. [Estamos] muito orgulhosos. Não, eu não tinha [essa noção de estar fazendo história], porque está no dia a dia, então você foca outras coisas, você não tem a noção que isso estaria acontecendo. Hoje eu creio que todo mundo do Item está fazendo parte disso. Nós chegamos pra abrir as portas, dar uma estrutura adequada pra os outros empreendimentos que estão chegando terem uma condição adequada para executar as suas atividades aí e com conforto, [para] que os trabalhadores que venham executar essas atividades tenham conforto adequado e tenham uma boa segurança e que também preservem o meio ambiente. Eu gostei [de dar o depoimento aqui], porque é uma coisa nova, do meu tempo até agora foi uma coisa nova. Foi tranquilo, eu tiro isso como aprendizagem, que vai agregar conhecimento, agregar valor, na hora que começa você pensa: “Eu vou falar o quê?” Fiquei um pouco apreensivo. Mas falar do Comperj é muito bom.
COMPERJ / ITEM
A integração que há no Item é muito boa e isso faz com que a gente se sinta bem. Pra você executar algum trabalho, você tem que, primeira coisa, gostar do que faz e segunda coisa é o ambiente de trabalho. Então o ambiente de trabalho lá hoje é muito agradável. Isso faz com que se produza com qualidade, isso faz com que você atinja o objetivo que a gente está atingindo hoje, apesar de estar chovendo muito... O clima é difícil de se controlar, mas as outras coisas têm como controlar, o clima já é mais difícil ou impossível de se controlar, se chover você tem que parar com todas as suas atividades. Além disso, é perigoso ter um acidente, danificar algumas coisas e ao mesmo tempo o teu trabalho não vai ficar com qualidade, o importante é você ter qualidade e a segurança e a saúde do trabalhador. Não adiantaria a gente fazer aquilo também, mas não ter qualidade nenhuma. E também não adianta ter qualidade e depois ter um monte de gente com problemas ou sofrerem acidente e estarem aí afastados. Então isso pra gente não é interessante, o que é interessante pra gente é que o trabalhado chegue perfeito, [que se] execute sua atividade o dia todo perfeito e retorne para sua casa perfeito. Então isso é bem gratificante quando você está fazendo esse trabalho do dia a dia.
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