Eu sou Andrea Cristina Pinheiro de Moraes, trabalho na EMEF Julio de Oliveira há oito anos, e este é o meu primeiro como POIE.
Entre as boas recordações da minha vida, tenho uma, da época de minha infância, que é muito especial.
Eu era uma criança muito extrovertida, faladeira e engraçada. Por esse motivo, gostava de participar de atividades culturais na escola.
Na segunda série, tive uma professora chamada Mara Maria Benites Molinari, que sempre incentivava e orientava seus alunos a desenvolver danças e apresentações teatrais em datas comemorativas da escola.
Numa dessas apresentações, eu representei a Emília do “Sítio do Pica Pau Amarelo”. Eu lembro que minha mãe, que é uma excelente costureira, confeccionou toda a roupa da Emília, desde o vestidinho até aquela roupa que tem “braços e pernas” toda composta de retalhos coloridos. Minha tia Cida fez a peruca, também de retalhos coloridos, e a maquiagem. Eu ajudava naquilo que podia, mas o que eu sabia mesmo era dançar...
No dia da apresentação, quando eu cheguei toda vestida de Emília, a professora perguntou para minha mãe: “Quem é essa garotinha?”, e eu respondi: “Professora, você não está me reconhecendo?” e ela e minha mãe começaram a rir.
A professora Mara tinha ensaiado toda a turma, então, nós estávamos muito confiantes. Quando começou a tocar aquela música da Baby Consuelo, “De uma caixa de costura, pano, linhas e agulha.....”, eu saía de uma caixa, que a professora havia preparado, como se fosse a caixa de costura, foi mágico Ai, Ai Que saudade
Foi uma experiência fantástica, alguns alunos que assistiram a apresentação acreditavam que realmente eu era a Emília.
Jamais esquecerei aquele dia, principalmente a professora Mara, que além de ter sido uma educadora dedicada e compromissada, nos proporcionou muito amor e carinho.