Eu Daniel Cândido Borges venho relatar, um racismo biológico que presenciei quando tinha idade de 15 anos, fazia esporte da categoria denominada \\\"Judô\\\".
Um amigo da turma que se chamava Davi, era de cor \\\"preto\\\", classe social \\\"média\\\" estudava em escola particular era um garoto alegre, divertido, companheiro tinha um relacionamento amigavél.
Um outro amigo da turma que se chamava Tiago, era de cor branca, classe social \\\"média\\\" estudava em escola particular também um garoto amigavél.
Quando havia as atividades para aprender as habilidades dos golpes as imobilizações todos nós transpiravamos muito e tinhamos muito contato corporal.
Este amigo Tiago sempre fazia dupla com nosso amigo Davi, para desenvolver os golpes e imobilização.
Tiago começou a dizer que Davi tinha um cheiro de suor muito fedido, desagradável e que queria que trocasse seu parceiro de treino por outro amigo de turma.
Professor Raul Fazia sessões de conversa e orientações em rodinha com todos alunos da turma sobre o assunto de nosso amigo Davi.
Um dia mãe de Davi foi conversar com o professor Raul, dizendo que Davi estava reclamando de um amigo da turma, com nome Tiago, dizendo que ele era fedido.
Nas aulas seguintes Tiago começou a levar bronca do professor e até mesmo fazia cartas e conversava com os pais de Tiago para que orientassem ele sobre o assunto.
Passados mais 2 aulas e o preconceito não parava, assim Davi ficava muito chateado pois ninguém queria treinar com ele devido ao seu cheiro desagradável, era muito constrangedor para Davi lidar com aquela situação.
Nas aulas seguintes Davi não foi mais aos treinos de judô, assim o professor Raul fez uma roda para explicar e orientar o que motivou o amigo a não ir mais nas aulas.
O professor Raul, me recordo que após a saída do aluno Davi ele começou a diversificar as duplas para as aulas.