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Por: Museu da Pessoa, 29 de agosto de 2013

Professor dedicado

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Professor dedicado

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O meu pai começou a trabalhar, me parece, com 15, 16 anos na cidade do Porto. Ele saiu da aldeia dele e foi pra cidade do Porto e de lá ele veio com a mãe para o Brasil. Tinha arriscado a vida lá no Porto, quando ele saiu, deixou a aldeia dele foi pra lá. E me parece que ele foi trabalhar na administração de alguma empresa. E aí eles vieram pra cá nesse grupo de pessoas da região, especialmente esses irmãos todos. Passou a trabalhar na administração de Fábrica de Etiquetas Helvétia, que foi a mais antiga fábrica de etiquetas aqui do Pari, ela existe até hoje, mas não está mais no Pari. A fábrica saiu de São Paulo e foi pra Grande São Paulo. Minha mãe é dona de casa. Meu pai queria morar numa casa que tivesse uma condição então comprou uma casa na Joaquina Ramalho na Vila Guilherme, então tive o privilégio de ser filho de dono de uma casa. Eu tenho consciência disso porque eu tenho muitos alunos, hoje ainda, eu vejo que muitos não são donos de casa, pagam aluguel e tal, com todo sistema de crédito existente hoje. Naquela época meu pai conseguiu ser dono da casa dele. Quando eu comecei a fazer o ginásio, comecei a intensificar a leitura, comecei a conhecer mais gente, você vai ficando mais velho, vai fazendo mais contatos, começa a ter mais liberdade pra ir daqui pra lá, tal. E eu comecei a me interessar muito por livros. Eu ganhei um livro do Monteiro Lobato quando era pequeno, eu devia ter uns 11, 12 anos, que foi muito importante pra mim, é o História do Mundo para as Crianças. Eu lia aquele livro assim, eu gostava muito de história. E desde pequeno eu comecei a pensar que eu poderia estudar História. Aí, na hora de fazer uma decisão mais adiante eu pensei na questão do Jornalismo e acabei estudando Economia. Por quê? Porque depois conversando com algumas pessoas, eu tentei juntar a fome com a vontade de comer porque o curso de Economia é um curso na área de Ciências Sociais, na verdade. As pessoas pensam que...

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P/1 – José, você pode começar falando o seu nome, local e data de nascimento?

R – Meu nome é José de Almeida Amaral Júnior. Local de nascimento, cidade de São Paulo, bairro do Brás, 17 de março de 1962

P/1 – José, como é o nome dos seus pais?

R – O meu pai é José de Almeida Amaral, por isso que eu sou Júnior, e minha mãe é Odette Amaral, Odette com dois t

P/1 – O seu pai e sua mãe são de São Paulo também?

R – Meu pai é português da região da Beiralta, da Serra da Estrela, em Portugal, uma região de camponeses, produtora de... Hoje em dia é super falado na Europa, ele falava sobre isso também, sobre queijos. Ele então era dessa região de Portugal, veio pra cá jovem, 15, 16 anos. E minha mãe é prima direta dele e nasceu na região ali do Catumbi, em São Paulo, Belenzinho e viveu

P/1 – Mas ela é paulista?

R – Catumbi, São Paulo e viveu toda a juventude dela na Bela Vista. Conhece o Vai-Vai desde que ele foi formado. Ela é de 38, meu pai é de 31

P/1 – E seus avós paternos são de Portugal

R – Então, a minha família toda é dessa região

P/1 – Paterno e materno

R – Exatamente. Eles são da região da Guarda, da Beiralta em Ribamondego, que é a aldeia deles lá, são de lá

P/1 – E você sabe um pouco o que seu avô fazia, paterno?

R – Eles eram camponeses. O meu avô paterno foi marinheiro mercante, veio pra cá antes de todo mundo e dos demais da família, e minha avó e meu pai ficaram lá na aldeia, tal. Depois vieram os dois pra cá. E junto dela também vieram os irmãos, eles têm uma família com vários irmãos, sete, oito irmãos, e eles vieram então aos poucos pra cá

P/1 – E esses irmãos, um deles que era pai da sua mãe?

R – Exatamente. A minha avó paterna, Joaquina, um dos irmãos, Merciano dos Santos Amaral, pai da minha mãe Odette. Os filhos acabam se encontrando aqui. Se bem que minha mãe já nasce em São Paulo, como eu falei. Mas meu pai a encontra aqui e eles...

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