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Personagem: Irene da Silva Gomes
Por: Museu da Pessoa, 21 de setembro de 2020

Pinóquio e o sapato

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Pinóquio e o sapato

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Ah, brincadeira com os irmãos, essa aí fica na memória. Porque, no nordeste, em cada casa você tem sempre um quintal, com uma mangueira. Você tem sempre aquelas brincadeiras de andar nos pés de lata, cavalo de pau, bambolê, carrinho. O teatro, as roupas de papel crepom, eram construídas por nós, os atores. Então, eu tinha ali uma mania de colocar os irmãos para ser atores. E eu era a atriz principal, né? Então, ali, nesse movimento de construir as roupinhas de papel crepom para apresentar... apresentava para o papai e para a mamãe, inicialmente, as peças de teatro. Depois, com a escola, a gente conseguia juntar os grupos da comunidade e aí inserir vários nessa brincadeira de faz de conta, onde se levava do papel de história para o teatro. Era a brincadeira que a gente mais gostava. De representar, de construir, de mudar.

Olha, a gente encenava até a história das brigas das casas que aconteciam. Porque aí os colegas chegavam contando que aconteceu isso e isso em casa e a gente transformava aquilo em um roteiro de teatro. O problema, às vezes, era apresentar depois quando aquele, aquela família que aconteceu aquele incidente lá, estava lá para assistir. Uma vez, era Sete de Setembro e aí o meu pai ficou responsável de fazer o meu sapato, para desfilar. E ele foi - ele era dependente de álcool, bebia - fez o sapato, mas parou numa quitanda e bebeu e esqueceu de levar o sapato. Dois dias depois ele chegou com o par de sapatos. Chegou dois dias depois do dia sete de setembro. E aí eu chorei muito por isso, né? E eu lembro que uma das meninas que participavam: “Não, mas a gente vai resolver isso não com choro, a gente vai resolver mostrando para as pessoas, para ver se não acontece de novo”. Porque todo mundo era muito carente, então aquela não era uma história só minha. E nós transformamos numa peça, e o meu pai resolveu ir assistir.

O nome da peça era Pinóquio, mas nós estávamos falando do sapato. Eu não sei...

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