Meu nome é PAULO GURGEL CARLOS DA SILVA. Nasci em 6 de junho de 1948, na casa de nº 2209 da rua Domingos Olímpio, em Fortaleza, aparado pelas mãos hábeis da parteira D.ª Maria Juca. Sou filho de Luiz Carlos da Silva, natural de Acarape-CE, e de Elda Gurgel Coelho, natural de Senador Pompeu-CE .
Fig. 1 – Pais: Luiz Carlos e Elda Gurgel. Foto da época do casamento
Meus avós paternos, José e Valdevina, eram originários da Serra de Pereiro, na região limítrofe entre o Ceará e o Rio Grande do Norte. Depois da catástrofe climática de 1915, fixaram residência em Acarape, onde José Carlos da Silva adquiriu uma propriedade, o Sítio Pau Branco.
Meus avós maternos foram Paulo (deste herdei o nome) e Almerinda, sendo ele natural de Pedra Branca e ela, de Senador Pompeu, municípios do sertão central do Ceará. O Sítio Catolé, situado na zona rural de Senador Pompeu, onde viveu o patriarca José Tristão Gurgel do Amaral, casado com a prima Maria Gurgel Valente, pais de Almerinda, foi por muito tempo a principal referência do clã a que pertenço.
Fig. 2 –Sítio Catolé. Ao anoitecer, Tio Raimundinho acendia o lampião e ficávamos todos sentados no calçadão da casa, conversando e aguardando a passagem do vento do Aracati. Só depois íamos dormir.
Papai era advogado, professor e contador (ajudei a escrever dois livros sobre ele: “Dos canaviais aos tribunais” e “Luiz, mais Luiz!”) e mamãe era de prendas do lar (também ajudei a escrever um livro sobre ela, ainda inédito). Sou o primogênito dos 13 filhos do casal, dos quais 10 ainda estão vivos.
Até o início da adolescência, morei numa casa com catavento no quintal, na rua Justiniano de Serpa, nº 53. Na parte anterior da casa funcionou o Instituto Padre Anchieta, de propriedade do meu pai, onde fiz o ciclo primário. Não existe mais este endereço. A casa foi demolida durante o alargamento do início da rua Justiniano de Serpa.
Fig. 3 – Instituto Padre Anchieta: meu pai e...
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Meu nome é PAULO GURGEL CARLOS DA SILVA. Nasci em 6 de junho de 1948, na casa de nº 2209 da rua Domingos Olímpio, em Fortaleza, aparado pelas mãos hábeis da parteira D.ª Maria Juca. Sou filho de Luiz Carlos da Silva, natural de Acarape-CE, e de Elda Gurgel Coelho, natural de Senador Pompeu-CE .
Fig. 1 – Pais: Luiz Carlos e Elda Gurgel. Foto da época do casamento
Meus avós paternos, José e Valdevina, eram originários da Serra de Pereiro, na região limítrofe entre o Ceará e o Rio Grande do Norte. Depois da catástrofe climática de 1915, fixaram residência em Acarape, onde José Carlos da Silva adquiriu uma propriedade, o Sítio Pau Branco.
Meus avós maternos foram Paulo (deste herdei o nome) e Almerinda, sendo ele natural de Pedra Branca e ela, de Senador Pompeu, municípios do sertão central do Ceará. O Sítio Catolé, situado na zona rural de Senador Pompeu, onde viveu o patriarca José Tristão Gurgel do Amaral, casado com a prima Maria Gurgel Valente, pais de Almerinda, foi por muito tempo a principal referência do clã a que pertenço.
Fig. 2 –Sítio Catolé. Ao anoitecer, Tio Raimundinho acendia o lampião e ficávamos todos sentados no calçadão da casa, conversando e aguardando a passagem do vento do Aracati. Só depois íamos dormir.
Papai era advogado, professor e contador (ajudei a escrever dois livros sobre ele: “Dos canaviais aos tribunais” e “Luiz, mais Luiz!”) e mamãe era de prendas do lar (também ajudei a escrever um livro sobre ela, ainda inédito). Sou o primogênito dos 13 filhos do casal, dos quais 10 ainda estão vivos.
Até o início da adolescência, morei numa casa com catavento no quintal, na rua Justiniano de Serpa, nº 53. Na parte anterior da casa funcionou o Instituto Padre Anchieta, de propriedade do meu pai, onde fiz o ciclo primário. Não existe mais este endereço. A casa foi demolida durante o alargamento do início da rua Justiniano de Serpa.
Fig. 3 – Instituto Padre Anchieta: meu pai e Tia Eugênia com o alunado
Morei depois na rua Domingos Olímpio, nº 2309, um endereço bem próximo da estação ferroviária de Otávio Bonfim. A estação, os trens que por ela passavam, e o bairro que adotou o nome da estação fazem parte das minhas reminiscências. Ocupando uma pequena área (1 km2) de Fortaleza, o bairro de Otávio Bonfim tem muitas histórias contadas e outras por contar. Orgulho-me de ser um de seus memorialistas (ao lado de Marcelo Gurgel e Vicente Moraes).
Fig. 4 – Estação Ferroviária de Otávio Bonfim
No Colégio Cearense fiz o ciclo ginasial e, no Colégio Batista, os dois primeiros anos do ciclo científico. No terceiro ano científico fui aluno do Liceu do Ceará, enquanto me preparava no cursinho do Diretório Acadêmico XII de Maio para o concurso de habilitação (exame vestibular) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Em 1966, aprovado no concurso de habilitação, ingressei na Faculdade de Medicina da UFC. A turma a qual pertenci foi a 19.ª , que deu a largada com 100 alunos.
Na Faculdade de Medicina, cumpri 9 disciplinas anuais nos dois primeiros anos e 26 disciplinas semestrais, nos três anos subsequentes. No sexto ano (internato) tive como principal preceptor o grande clínico Prof. Paulo Marcelo Martins Rodrigues. E graduei-me em 1971, com a distinção acadêmica “Summa cum laude”, (1) como fizeram constar do meu histórico escolar.
Fig. 5 – Foto de recordação da formatura. Estúdio Ideal, 1971
Apesar do pouco tempo disponível para as atividades extracurriculares, fui professor de Ciências e Biologia do Colégio Estadual Joaquim Albano, bolsista do Laboratório Lafi e acadêmico plantonista do Hospital São Vicente de Paulo, do Hospital Mira y Lopez e do Hospital São José de Doenças Infecciosas Transmissíveis. Além disso, aprendi violão com o amigo Claudio Costa e fiz parte do Coral Universitário, ao tempo em que foi regente o maestro Orlando Leite.
Depois, morei no Rio de Janeiro-GB, no edifício Corumbá, em Copacabana, por seis meses, e no edifício Torres, na Glória, por um ano e meio. De 1972 a 1974, correspondendo ao período em que fiz o Curso de Formação de Oficial Médico, com estágio no Pavilhão de Isolamento do Hospital Central do Exército, e em que fui a seguir médico efetivo do referido hospital. Fui também médico plantonista da Casa de Saúde Santa Mônica, um hospital psiquiátrico em Petrópolis-GB.
Em 1974, fui transferido para o Hospital de Guarnição de Tabatinga, em Benjamin Constant, Amazonas, órgão hospitalar do qual fui diretor e vice-diretor.
No ano seguinte, retornei para minha cidade natal. O Hospital Geral de Fortaleza passou a ser meu local de trabalho até 1977, o ano em que deixei as fileiras do Exército Brasileiro para assumir por concurso público federal os cargos de tisiopneumologista e clínico geral do INAMPS.
Como tisiopneumologista, fui lotado no então Sanatório de Messejana e, como clínico geral, no Posto de Assistência Médica 505-435 do INAMPS. Neste segundo cargo, durante um ano e meio, respondi pelo setor de Pronto Atendimento da Unidade. Pois logo o diretor do Hospital de Messejana, Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, me convidou para chefiar a Seção de Documentação Científica (SDC), obtendo a transferência de minha
lotação no PAM. E passei a me dedicar em tempo integral ao Hospital de Messejana com funções técnicas e administrativas.
Nas décadas de 1970 e 1980, atendi também por treze anos pacientes particulares e de convênios em meu consultório e em hospitais da área privada em Fortaleza.
Em 1984, casei-me com a pediatra e médica do trabalho Elba Maria Macedo Gurgel, natural de Aurora-CE, que gerou dois filhos: Érico e Natália. (2)
Fig. 6 – Elba Maria, minha esposa
No Hospital de Messejana, além de chefe da SDC, fui plantonista do setor de Emergência, médico da Seção de Pacientes Externos, de Unidades de Internação, chefe do Serviço de Pneumologia, da Direção Médica, médico do setor de Provas Funcionais Respiratórias e presidente do Centro de Estudos Prof. Manuel de Abreu.
No período em que fui chefe do serviço de Pneumologia, participei do grupo de trabalho que criou a Unidade de Tratamento Intensivo Prof. Mário Rigatto, a primeira UTI Respiratória do Norte e Nordeste do Brasil. E, como registro de minha passagem na presidência do Centro de Estudos (período de 2003-07), apuseram meu nome e retrato na galeria com esse fim existente no Hospital.
Indicado pela direção do Hospital de Messejana, no ano de 1989, coordenei o Serviço de Pneumologia Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA-CE), e, no período de 1999 a 2007, fui assessor especial da SESA-CE em pneumopatias ocupacionais.
Aposentado aos 60 anos de idade no serviço público federal, assumi por concurso o cargo de médico auditor da Secretaria de Saúde de Itapiúna e, durante nove anos, retornei ao exercício da clínica privada, prestando serviços como pneumologista na Multiclínica Fortaleza.
São meus passatempos: MPB (fui membro do Coral Universitário, tive uma canção autoral classificada no Festival Crédimus de 1980 e toco violão); literatura (ajudei a fundar a Sobrames Ceará, da qual fui presidente no período de 1985-87, e sou coautor e/ou organizador de uma tantos espicilégios); caminhadas (diárias, solitárias e necessárias); viagens (por 21 Estados do Brasil e por quinze países da América do Sul e da Europa); internet (escrevo diariamente em blogues e participo de redes sociais e fóruns da web).
Fig. 7 – Imagem que criei para página principal do Blog EntreMentes
Rodapé
(1) É o maior reconhecimento em uma titulação universitária. No máximo 2 (dois) alunos por curso são agraciados, anualmente, com a distinção “Summa cum Laude” (Com a Maior das Honras), que é entregue pelo reitor da UFC.
(2) Filhos: Érico de Macedo Gurgel (n.1985) é engenheiro mecânico, trabalha no Banco do Nordeste do Brasil e é pai de Matheus e Benício. Sua esposa chama-se Aline Pessoa Viana. Natália de Macedo Gurgel (n.1990) tem graduação em Direito, trabalha na Polícia Civil do Estado do Pará e é mãe de Renan. Seu esposo chama-se Rodrigo Almeida Soares.
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