Nome do Projeto: Memória Petrobras
Depoimento de: Orlando Santana
Entrevistado por: Moacir Maia e Ana Lage
Local da gravação: Madre de Deus/BA
Data: 08/10/2004
Realização Museu da Pessoa
Entrevista: PETRO_CB589
Transcrito por Flávia de Paiva
P/1 – Bom dia, Senhor Orlando!
R – Bom dia.
P/1 – Gostaria de começar a entrevista, perguntando seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é OrlandoVieira de Santana, nasci em quatro de março de 1959, no interior da Bahia, em Baixa Grande.
P/1 – E quando e como o Senhor entrou na Petrobras?
R – Entrei pra Petrobras através de concurso público. Me preparei para o concurso através da Escola Técnica Federal da Bahia. Entrei pra trabalhar no setor de manutenção, como eletrotécnico.
P/2 – Em que ano foi isso?
R – 1980. Trabalhando como eletricista, a função era eletricista, mas na verdade nós éramos técnicos de eletricidade. Éramos eletrotécnicos, mas a Petrobras não tinha no seu plano se cargos, a função eletrotécnica. Aí, ficamos com a função de eletricista, mas fazíamos trabalho de eletrotécnico.
P/1 – Eu queria que o Senhor falasse um pouquinho do seu cotidiano na Empresa, do seu trabalho, o que o Senhor faz?
R – Atualmente, eu trabalho como controlador de dutos na sala de controle. Aí nós controlamos as variáveis de pressão, temperatura, volume, enfim, as variáveis químicas e físicas do produto, dando a segurança à movimentação desse produto para que não haja vazamentos, explosões, problemas que venham a atacar a Empresa e também a comunidade de Madre de Deus e cidades vizinhas, dando uma segurança ao sistema. Fazemos o monitoramento do sistema de maneira a dar uma segurança de quase 100% da operação. Fomos treinados, uma equipe treinada diretamente para fazer esse tipo de serviço. De forma que, se vocês forem hoje lá na sala, vocês vão ver que atrás de um centro de controle computadorizado, permite com que você vigie todo...
Continuar leituraNome do Projeto: Memória Petrobras
Depoimento de: Orlando Santana
Entrevistado por: Moacir Maia e Ana Lage
Local da gravação: Madre de Deus/BA
Data: 08/10/2004
Realização Museu da Pessoa
Entrevista: PETRO_CB589
Transcrito por Flávia de Paiva
P/1 – Bom dia, Senhor Orlando!
R – Bom dia.
P/1 – Gostaria de começar a entrevista, perguntando seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Meu nome é OrlandoVieira de Santana, nasci em quatro de março de 1959, no interior da Bahia, em Baixa Grande.
P/1 – E quando e como o Senhor entrou na Petrobras?
R – Entrei pra Petrobras através de concurso público. Me preparei para o concurso através da Escola Técnica Federal da Bahia. Entrei pra trabalhar no setor de manutenção, como eletrotécnico.
P/2 – Em que ano foi isso?
R – 1980. Trabalhando como eletricista, a função era eletricista, mas na verdade nós éramos técnicos de eletricidade. Éramos eletrotécnicos, mas a Petrobras não tinha no seu plano se cargos, a função eletrotécnica. Aí, ficamos com a função de eletricista, mas fazíamos trabalho de eletrotécnico.
P/1 – Eu queria que o Senhor falasse um pouquinho do seu cotidiano na Empresa, do seu trabalho, o que o Senhor faz?
R – Atualmente, eu trabalho como controlador de dutos na sala de controle. Aí nós controlamos as variáveis de pressão, temperatura, volume, enfim, as variáveis químicas e físicas do produto, dando a segurança à movimentação desse produto para que não haja vazamentos, explosões, problemas que venham a atacar a Empresa e também a comunidade de Madre de Deus e cidades vizinhas, dando uma segurança ao sistema. Fazemos o monitoramento do sistema de maneira a dar uma segurança de quase 100% da operação. Fomos treinados, uma equipe treinada diretamente para fazer esse tipo de serviço. De forma que, se vocês forem hoje lá na sala, vocês vão ver que atrás de um centro de controle computadorizado, permite com que você vigie todo esse sistema, né, dê assistência a todo o sistema de movimentação de petróleo e derivados.
P/1 – O Senhor tem alguma lembrança que o Senhor queira nos relatar desse trabalho do Senhor, que o Senhor ache engraçada ou algum fato interessante que o Senhor tem da sua história, do seu tempo de trabalho aqui na Empresa?
R – Alguma coisa engraçada?
P/1 – É ou alguma coisa interessante, algo que tenha marcado...
P/2 – Não precisa ser engraçada. Uma história que tenha marcado o Senhor durante todos esses anos que o Senhor trabalha aqui. Alguma coisa que o Senhor ache importante, que tenha marcado...Uma história que o Senhor queira relembrar aqui pra gente.
R – Eu acho que, na minha história da Petrobras, todas são importantes, né? Em todo momento, eu procurei participar de coisas importantes, mesmo como operador ou como eletricista. Trabalhei muito tempo em acompanhamento de equipamentos importantes como caldeiras, geradores de alta potência, sistema de transmissão, manutenção preventiva e corretiva de equipamentos elétricos tipo transformador, proteção de equipamentos, relés - e esse, pra mim, foi muito importante. Depois, como operador, trabalhei como operador de caldeira, também muito importante. E, hoje, essa operação que eu faço, eu acho muito importante para o sistema Petrobras. O que marcou mais, em si mesmo, a luta política que nós travamos durante todo esse período, né, a luta sindical, a luta pelos direitos dos trabalhadores e o envolvimento nosso, né, o sacrifício que nós fizemos durante toda a vida para tornar a Petrobras uma empresa mais digna, uma Petrobras mais pelo social e que os trabalhadores venham, um dia, ser reconhecidos como sujeitos nessa relação do capital e trabalho. Então, a marca principal nossa foram as nossas participações nos movimentos da Empresa, tipo a greve de 1983, que houve trezentos e poucos demitidos; depois a greve de 1994, que teve a ocupação do Terminal aqui; depois a greve de 1995, como diretor do Sindicato, fizemos uma greve de 30 dias para evitar a quebra do monopólio. No período de Collor também, tivemos uma movimentação muito grande. Então a marca que ficou registrada através de fotos e tudo, e documentos do Sindicato, foi justamente essa luta que a gente sofreu muito, tivemos muitas perseguições, muitas retaliações. Às vezes, até impedidos de trabalhar em locais importantes e perseguidos, praticamente, pelo sistema capitalista, retaliados. Isso é o que marca na história e que a gente – como é que se diz – vai contar pra nossos filhos e nossos netos, né?
P/1 – O Senhor, então, é sindicalizado?
R – Sou sindicalizado e diretor do Sindicato atualmente.
P/2 – Sempre foi sindicalizado? Desde que entrou na Petrobras?
R – Sempre. Sempre fui sindicalizado e sempre participei do Sindicato.
P/2 – E, na sua opinião, quais as conquistas mais importantes do Sindicato, durante todo esse período que você é sindicalizado?
R – Houve uma série de conquistas, né. Por exemplo, eu, como trabalhador de turno, a vitória da quinta turma. Eram quatro turmas, passaram a ser cinco. Pra mim, é uma vitória importante. Eu acho que, durante a vida sindical, você ter um sindicalismo livre, lutar pra você ter um sindicalismo que participa hoje diretamente da ação da Empresa e se manifesta dentro da Empresa e fora da Empresa, faz o movimento fechando a fábrica, colocou os trabalhadores para ser livre, isso aí é uma ação, uma conquista histórica. Uma coisa que foi difícil. Quando nós entramos aqui, existia um sindicalismo pelego, sindicalismo de intervenção e as pessoas eram proibidas de participar dos movimentos. Então eu acho que entre as muitas conquistas que tiveram, por exemplo, ultimamente, nós estamos tendo a conquista do auxílio ao ensino médio. A Petrobras, hoje, está dando uma ajuda, parece que de 30%, um incentivo grande na educação do ensino médio, que influencia muito no ganho salarial. E outras conquistas, né, que tiveram. Mas, eu acho que a liberdade que nós conquistamos para os trabalhadores é de participar do movimento, de opinar, de fazer um movimento grevista, de fazer assembléia e essa coisa do trabalhador estar participando e ser conhecido, hoje, como uma pessoa que tem o direito a fazer um movimento, eu acho que é a conquista maior.
P/1 – Quais foram os principais momentos da sua participação no Sindicato, que o Senhor considere importantes?
R – Os principais? O principal, como eu já disse foi na greve de 1995. A greve de 30 dias, no governo de Fernando Henrique Cardoso. A gente fez uma greve de 30 dias e foi necessária uma grande mobilização, né. Inclusive até houve uma perseguição muito grande da polícia, eu mesmo tive que correr da polícia num momento, né. Porque a polícia chegou pra prender todo mundo e todo mundo saiu correndo, eu peguei o carro, saí perseguido por dentro dos matos e consegui me esconder dentro de um local, em Candeias. Foi uma participação muito corajosa, de a gente ficar 24 horas exposto ao tempo, lutando, fazendo piquete e conscientizando os trabalhadores da importância de se lutar pela Petrobras. E um momento importante porque o eixo da luta era mesmo a defesa da Empresa para o país. E, como vocês têm conhecimento, o petróleo sempre foi o olho das multinacionais e sempre será. Nós temos a guerra lá no Golfo, é em circunstância maior do petróleo, porque os grupos internacionais de poder vêem o petróleo como uma coisa escassa. E quem tem o poder do petróleo hoje, tem mais força. Então, o nosso país sempre está sendo ameaçado dessa perda, desse poder, de reserva de petróleo. A nossa participação, hoje, maior é conscientizar os trabalhadores e o povo brasileiro de resistir a entrega desse poder, dessa ciosa que é do povo brasileiro, que é a energia. Uma energia que é escassa no mundo, hoje. Até que se encontre outra forma de energia que substitua ou some à energia do petróleo...
(pausa na gravação)
P/2 – Como se o Senhor estava dizendo, Senhor Orlando?
R – É que, também, hoje, nós procuramos também, hoje, como sindicalista, não manter o movimento na luta só de salários, mas também na luta pelo social. Hoje, nós conseguimos colocar no Congresso as questões do biodiesel, por exemplo, a questão da renovação da energia; e encaramos o biodiesel como uma alternativa de, não só de energia, que é um combustível que vai...
P/2 – Biodiesel? O que é isso? Explica por favor.
R – O biodiesel é um combustível, na verdade é um diesel que vai ser adicionado um percentual de substâncias de origem das plantas oleaginosas, tipo a soja, a mamona. No caso da gente aqui do Nordeste, provavelmente, será a mamona. Então, a grande questão do biodiesel é que ele polui menos. É um combustível aprovado nos países desenvolvidos tipo a França, a Alemanha, e tal, que tem o incentivo do Governo para os impostos na produção e que pode gerar grandes empregos em regiões carentes, tipo semi-árido do sertão, na produção de mamona através de cooperativas e associações. Pode pegar a população carente e associar ao Programa Fome Zero do Governo: ao invés do Governo estar dando dinheiro, passar a dar trabalho para essa população carente. Então, eu hoje faço parte de um setor da Petrobras que faz essa pesquisa e luto para que o Sindicato abrace essa bandeira e também o Governo, né? Eu tenho contatos com os deputados dessa linha tipo o Nelson Peregrino, Walter Pinheiro, o próprio Ministro Jacques Wagner, hoje eu estarei conversando com ele a respeito desse assunto. E a própria gerência da Petrobras, as pessoas da ponta que fazem parte do Cenpes, que o setor de pesquisa da Petrobras. E a gente faz essa luta hoje, porque a gente vê que o Sindicato tem que lutar também pelo social, lutar para que se transforme essa sociedade, as pessoas mais pobres, diminua o número de pessoas para que haja um nível social mais controlado. E isso significa o que? Que nós temos uma linha socialista. Nós pensamos que o modelo socialista é o que melhor oferece condições humanas de sobrevivência.
P/2 – Senhor Orlando, como o Senhor vê hoje a relação do Sindicato com a Petrobras, em relação ao que era antes? O que o Senhor acha: mudou, da melhor ou está pior?
R – É, com certeza mudou para melhor. Hoje, o fato de você ter na Gerência da Petrobras, pessoas oriundas do movimento sindical, é certo que essas pessoas não negar o seu passado, né, e vão procurar aplicar, pelo menos, algumas coisas do que pregavam antes. Então, a relação, hoje, eu acho totalmente aberta a nível de diálogo. Hoje, se nós estivéssemos em um governo anterior, provavelmente a Petrobras estaria em greve, greve total. Porque não haveria o diálogo que está havendo hoje. O diálogo com a equipe da gerência é bem amplo o que permite a gente sempre estar analisando propostas, sempre há propostas e aí o Sindicato é obrigado a dialogar com a base. Nós como diretores do sindicato, quando a Empresa dialoga, a gente é obrigado a dialogar também, porque a cada diálogo que a gente tem com a Empresa, a gente volta pra dialogar com a base. E nessa dialética, as coisas são mais fáceis de ser resolvidas. Acho que, não é que esteja em perfeito estado de harmonia, porque existe aí a relação capital e trabalho, que é, eternamente, uma relação conflituosa. O capital sempre vai querer ampliar a sua mais valia; é o eixo do capital, ter mais lucro. Os trabalhadores vão querer sempre ter mais seus direitos. Vão lutar sempre para ser o sujeito porque sem o trabalho, não há nada, não há produção. Então, é esse estado natural, como diz Thomas Hobbes: “da luta, sempre vai existir”. Por outro lado, o estado, como diz Karl Marx: “de tomada de poder pelo trabalhador da relação, é uma coisa que flui naturalmente.” Dentro dessa linha, o conflito continua. Agora, no campo da forma de luta, muda um pouco porque não há mais radicalização de ambas as partes. O diálogo quebra o radicalismo de ambas as partes. Desarma. Quando há o diálogo, uma das partes fica desarmada, ou talvez as duas, né? Quando uma das partes chama pra dialogar, desarma a outra parte que quer radicalizar.
P/2 – Só pra terminar, Senhor Orlando, eu queria que o Senhor desse a sua opinião. O que o Senhor achou desse projeto, de ter participado desse Projeto de Memória dos Trabalhadores da Petrobras?
R – Eu acho muito importante porque, me parece, que agora estão sendo ouvidas a parte dos trabalhadores, a parte do movimento sindical, a parte das pessoas que sofreram e sofrem para mudar esse país, para mudar essa Empresa. E muitas coisas que precisam ser ouvidas, com as pessoas que trabalham na produção que sofrem muito, sofrem muita depressão, as pessoas que trabalham confinadas, as pessoas que trabalham com produtos químicos, as pessoas que trabalham como eu trabalho, em regime de tensão, numa sala de controle em que você tem vários telefones, rádios, e-mails, uma série de preocupações e você precisa ter uma concentração enorme. E aí nesse caso, há um retrocesso porque há um acúmulo muito grande de função, hoje, na Petrobras, que precisa ser revisto, uma terceirização enorme, abusiva, que não foi desse governo, foi de outros governos, que precisa ser revisto. Uma entrega, assim, do patrimônio a terceirizados. Pessoas terceirizadas trabalhando na Empresa, gerenciando, como aqui no caso de Madre de Deus, tem pessoas na área de segurança, engenheiros de área de segurança, terceirizados, que podem, a qualquer momento, vender a informação da Empresa pra outras empresas concorrentes. E, nesse ponto, é bom que seja registrada essa preocupação nossa, do Sindicato com essa situação que precisa ser revista. A situação de pessoas que ainda fazem um trabalho penoso, que ainda se expõem ao perigo e que não são reconhecidas em termos de salário. E que pelo salário muito pouco, é necessário fazer trabalho de horas extras, de abandonar a sua família nos fins-de-semana pra vim fazer hora extra pra poder – como é que diz – fazer o seu programa de gasto familiar, a sua folha familiar. Então, esse ponto precisa ser revisto pela Empresa, porque, afinal de contas, estamos na maior Empresa brasileira, uma das maiores empresas de petróleo do mundo, e esses trabalhadores precisam ser bem tratados. Precisam estar utilizando os meios de comunicação mais recentes pra sua família, tipo celular, e-mail, informática, internet, e universidade de primeira, alimentação de primeira, lazer, o direito a viajar, a tirar férias boas, tirar umas férias que venham a ser realmente ser férias, o que ainda não acontece. Hoje, o trabalhador tira férias pra pagar o que deve. Vende dez dias ou vinte das suas férias. Então, nesse sentido, é necessário que nós, sindicalistas intensifiquem essa luta, no sentido de que humanizem essas pessoas, que essas pessoas venham trabalhar e o trabalho venha ser aquilo que Karl Marx disse: “o trabalho precisa ser a realização do homem.” E o trabalho só vai realizar o homem, no dia que ele usufruir do seu trabalho e não for alienado. Porque o homem ainda é um ser alienado, porque o seu trabalho é usufruído pelo capital. Ele trabalha, mas não leva. Ele trabalha e não tem uma boa casa, não tem um bom carro, não tem um bom lugar pra passear. Então ele ainda é o trabalhador, principalmente o de nível técnico, que tem que trabalhar nas suas folgas, nos seus feriados, nos seus fins-de-semana para manter ainda as necessidades primárias que são a alimentação, o dormir, e não sobra pra investir na educação, não sobra pra investir no lazer, não sobra pra acumular também os seus bens, o que ele trabalhou pra ter a sua fazendinha, o seu sítio, os seus bens. Então, nesse sentido, ainda tem muito pra melhorar na Petrobras, no Brasil todo. É preciso ainda uma conscientização muito grande de que os trabalhadores precisam ter um bom conforto pra produzir bem. O trabalhador precisa ter saudade do trabalho. Para ele ter saudade de seu trabalho, ele precisa ser tratado como humano, precisa ter todo o conforto dentro do seu trabalho, precisa ter os eu salário digno. E, para isso, a gente precisa frear essa terceirização que está sendo feita na Petrobras que só tem um fim: beneficiar aos donos de empreiteiras, que ganham o filé, ganham o dinheiro todo, e prejudicar os trabalhadores, que terminam ganhando ¼ ou 1/5 do salário que ganharia se ele fosse diretamente contratado. E aí, o que é que acontece? Esses trabalhadores ficam aí, sem poder pagar um bom colégio pros filhos, sem produzir bem também, porque ficam todos revoltados. Então, nesse sentido, que a gente precisa hoje ser ouvido. Foi muito importante. Eu acho que a maioria deve ter tocado nesse assunto, nessa situação, nessa problemática. E espero que a gente continue lutando para que esse paradigma novo de um governo social, que tem hoje um governo para os trabalhadores, consiga vencer essa barreira do capitalismo selvagem, que pensa só no lucro, no acúmulo do capital e não pensa no bem estar de todos.
P/2 – Então, tá, Senhor Orlando, muito obrigada pela sua participação.
R – Muito obrigado a você também. Eu agradeço o prazer. Foi um prazer estar com vocês aí.
P/2 – Eu é que agradeço.
(fim da entrevista)
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