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Por: Museu da Pessoa, 5 de dezembro de 2024

Conhecimento, comparação, convicção e prática

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Conhecimento, comparação, convicção e prática

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Vida de mascate

Meu nome é Jihad Hassan Hammadeh. Eu sou sheikh, nascido na Síria, em 1965. Meu pai nasceu numa aldeia na fronteira com o Líbano, que se chama Beijian. Ele foi estudar em Damasco. Lá, ele estudava com o meu tio materno. Mais tarde, conheceu a minha mãe e se casaram, aí acabei nascendo na Síria.

Já era tradição da minha família materna a emigração para o Brasil. As pessoas de lá vinham para o Brasil para para poderem juntar um pouco de dinheiro, voltar, arar a terra ou comprar terras. Esse era o intuito e um ajudava o outro. Essa solidariedade era muito boa. Meu pai viu que emigrar seria uma oportunidade e, em 1970, ele veio sozinho para o Brasil. Como a maior parte dos imigrantes, trabalhou para juntar um pé de meia, comprou as passagens e nos trouxe para ficarmos com ele aqui.

Eu vim para o Brasil em 1973, tinha sete anos. Logo que eu cheguei aqui, já comecei a aprender o português na escola. Todos os meus irmãos nasceram na Síria, menos uma, que nasceu aqui no Brasil, a caçula.

Nós fomos para São Bernardo do Campo, porque já tínhamos parentes estabelecidos lá. Naquela época, a maior parte da comunidade libanesa da cidade de São Bernardo era da mesma aldeia da minha mãe. Então, ali conviviam, fizeram uma comunidade da aldeia aqui no Brasil.

Meu pai, ao vir para cá, trabalhava de mascate. O mascate é a pessoa que sai para vender utilidades de casa em casa. Normalmente, vendia nas comunidades. Esses mascates, esses imigrantes, chegavam aqui e, no segundo dia, já estavam na rua, trabalhando. Eles só tinham uma opção, dar certo. Passavam de casa em casa, batendo, e eles só sabiam falar algumas palavras: “Dona Maria”, “Seu João”, “Quanto paga?”, “Que dia recebe?". Todas as mulheres eram dona Maria, todos os homens eram seu João ou seu José.

Quando eu vim para o Brasil, eu estudava de manhã, e à tarde meu pai me levava para mascatear. Tinha também o tempo da chuva, e ainda tinha os...

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