Meu nome é Odyrceo da Costa Vigas. Nasci em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 29 de setembro de 1939.
Quando eu tinha terminado o ginásio, passou um carro com alto-falante anunciando que a Petrobras estava precisando de novos empregados, para as unidades que iam inaugurar. Eu fui lá, fiz um teste e fui aprovado. Em 17 de abril de 1959 eu comecei a trabalhar na Rlan, a Refinaria de Mataripe. Primeiramente fizemos um curso de três ou quatro meses, depois tivemos alguns estágios, e aí passamos a trabalhar na área de Utilidades, nas caldeiras, que estavam sendo inauguradas naquela ocasião. A Petrobras tinha feito uma ampliação de novas unidades de processo e necessitava de uma Utilidade maior e mais potente para suportar a demanda das unidades novas. Eu entrei para trabalhar nessas unidades.
Entrei como estagiário, fiz curso e passei a trabalhar na área de Utilidade, com as caldeiras. Depois, trabalhei com compressores, bombas, turbo geradores, com conjunto de óleos. Daí em diante, em cada área que passava fazia novos cursos de aperfeiçoamento e a gente foi se capacitando a enfrentar dificuldades, as novas tecnologias, as novas práticas. Sempre que há necessidade, se faz um curso de aperfeiçoamento para se capacitar às novas tecnologias, que sempre surgem. Depois, me passaram para ajudante de operador, que na época existia ainda essa função, depois a operador, e aí vai subindo a escala de desenvolvimento, sempre nessa área de operação.
Tem algumas histórias marcantes para mim, como a primeira greve que se fez em Mataripe na década de 1960. Eu estava lá, já era sindicalizado, participava do movimento sindical. Fui um dos primeiros operários a me filiar ao sindicato. Tivemos a criação do Clube dos Empregados em Mataripe, naquela época existiam dois clubes: o Clube dos Operários e o Clube dos Engenheiros. Havia essa separação. Existia o Clube dos Engenheiros e, como os empregados, os operários, não tinham acesso a...
Continuar leituraMeu nome é Odyrceo da Costa Vigas. Nasci em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 29 de setembro de 1939.
Quando eu tinha terminado o ginásio, passou um carro com alto-falante anunciando que a Petrobras estava precisando de novos empregados, para as unidades que iam inaugurar. Eu fui lá, fiz um teste e fui aprovado. Em 17 de abril de 1959 eu comecei a trabalhar na Rlan, a Refinaria de Mataripe. Primeiramente fizemos um curso de três ou quatro meses, depois tivemos alguns estágios, e aí passamos a trabalhar na área de Utilidades, nas caldeiras, que estavam sendo inauguradas naquela ocasião. A Petrobras tinha feito uma ampliação de novas unidades de processo e necessitava de uma Utilidade maior e mais potente para suportar a demanda das unidades novas. Eu entrei para trabalhar nessas unidades.
Entrei como estagiário, fiz curso e passei a trabalhar na área de Utilidade, com as caldeiras. Depois, trabalhei com compressores, bombas, turbo geradores, com conjunto de óleos. Daí em diante, em cada área que passava fazia novos cursos de aperfeiçoamento e a gente foi se capacitando a enfrentar dificuldades, as novas tecnologias, as novas práticas. Sempre que há necessidade, se faz um curso de aperfeiçoamento para se capacitar às novas tecnologias, que sempre surgem. Depois, me passaram para ajudante de operador, que na época existia ainda essa função, depois a operador, e aí vai subindo a escala de desenvolvimento, sempre nessa área de operação.
Tem algumas histórias marcantes para mim, como a primeira greve que se fez em Mataripe na década de 1960. Eu estava lá, já era sindicalizado, participava do movimento sindical. Fui um dos primeiros operários a me filiar ao sindicato. Tivemos a criação do Clube dos Empregados em Mataripe, naquela época existiam dois clubes: o Clube dos Operários e o Clube dos Engenheiros. Havia essa separação. Existia o Clube dos Engenheiros e, como os empregados, os operários, não tinham acesso a ele, nós criamos o Clube dos Empregados da Petrobras, em 1959, 60. Aí nesse clube aconteceram muitos eventos, muitas festas com os artistas da época, estrelas como Ângela Maria, Nelson Gonçalves e outros. Nessa época, também, todos os empregados da Petrobras, todos não, mas a maioria, morava sediada na refinaria, porque existia o alojamento onde os empregados se hospedavam. Existiam muitos e muitos alojamentos. Muitos empregados já eram casados e existia uma vila residencial, que hoje não existe mais, onde muitos moravam. Facilitava essa moradia, ter o cara ali perto do trabalho, porque até o transporte era difícil, não tinha meio rodoviário como tem hoje, o deslocamento era mais de trem. Eu mesmo cansei de ir para minha terra, Santo Amaro, de trem, não tinha ônibus. Depois de alguns anos, 2, 3 anos, inauguraram as rodovias e uma linha regular de ônibus. Aí a gente passou a viajar de ônibus. Então, tem a batalha que foi colocar a área de Utilidade em operação, porque era todo mundo inexperiente, todo mundo ia aprendendo com todo mundo e ninguém tinha mais conhecimento do que o outro. A gente tinha certa dificuldade de dominar, mesmo depois de curso, várias aulas, algumas práticas e simulado com a unidade parada. Na hora de operar, se modifica completamente a coisa.
Mas nós conseguimos vencer essa etapa e criar essa empresa que é hoje o orgulho do povo brasileiro. Conseguimos com trabalho e as dificuldades inerentes à própria operação e à situação de alojamento, de condições. Eu mesmo cansei de trabalhar. Saía do alojamento e, quando chegava na área, atravessava ruas com lama até aqui na canela, porque não tinha asfalto, não tinha nada. Mas a gente fazia todo esse sacrifício com o maior patriotismo. Era patriotismo que nós tínhamos em criar essa empresa. Via aquele esforço desesperado dos trabalhadores, davam o que tinham de melhor de si para fazer ela funcionar, operar direito. E conseguimos, conseguimos. Hoje eu tenho orgulho, eu e alguns outros colegas, eu tenho orgulho em ter certeza de que a gente contribuiu para a grandeza da Petrobras. E é por isso que hoje muitos não concordam com algumas coisas que a gente tem ouvido falar, e ouve, do que se faz com a Petrobras, e ficam revoltados: “Rapaz, como é que estão fazendo isso com a nossa empresa?” Infelizmente a gente ainda não pode reverter isso, mas estamos na luta.
Tem algumas situações hilariantes, que até levaram alguns colegas à chefia, por causa de problema de apelido. Você botava um apelido inusitado no cara e ele não gostava: “Ah, sua mãe morreu, não sei o quê” e chamava o cidadão desse apelido. Aí chegava um colega novo, que não sabia, e a gente chamava ele lá e dizia: “Rapaz, vá ali e fale com aquele cidadão, que ele precisa ver o que está acontecendo em tal área. Chegue nele e diga: ‘Sua mãe morreu’ O nome dele é assim e tal” O cara não sabia que o outro não gostava de ser chamado por um apelido e chegava lá: “Sua mãe morreu” Aí dava uma discussão terrível. Muitas vezes ia até para a chefia. Aquilo, no fim, era só uma brincadeira mesmo, um trote. É que havia muitos rapazes juntos na época, aí para passar um tempo e espairecer as coisas, tem muitas histórias, a gente se apegar a uma não é fácil, por causa dos anos.
Sempre fui associado ao sindicato, fui filiado. Estou tendo cargo agora na diretoria atual, sou também diretor. Sempre participei, mas não como diretor. Eu era militante, era filiado, etc.
Teve uma campanha marcante. Foi essa de 1960, a greve de 1960, da equiparação salarial. Foi criado aquele slogan: “Ou equipara, ou aqui pára” Essa foi a maior. Tivemos outras, mas de menor porte, não atingiram a unanimidade dessa. Foi depois que tomamos conhecimento do que ocorria com os salários. A gente só ganhava a periculosidade e mais nenhuma vantagem enquanto, no Sul, já se pagava todas as vantagens de turno, hora de almoço. Aqui a gente não tinha hora para almoçar, se trabalhava o tempo corrido. Quando tinha uma folga é que a gente ia correndo e almoçava ou jantava, dependendo do horário. Muitas vezes, a gente até largava o almoço para ficar correndo atrás dos equipamentos, da operação. Quando voltava, a gente não almoçava mais, porque já tinha esfriado. Houve quase que unanimidade nessa greve. Essa foi a que marcou mesmo a luta dos petroleiros. Eu não estou afastado, porque só alguns poucos é que são afastados, dois ou três membros é que se afastam para dirigir sindicato. O restante continua trabalhando, eu continuo na Rlam, só que hoje estou lotado em outro setor que não é Utilidade, que eu sempre trabalhei. Tem 2 anos que eu passei para uma área administrativa, porque fui acometido de hérnia de disco e não tenho mais condições de fazer manobras. Na operação se lida com equipamentos de grande porte, não é fácil se fazer manobra. Hoje eu estou lotado na divisão de infra-estrutura da refinaria. Trabalho no horário ADM, porque não demanda esforço.
Apesar das falhas que a gente percebe, é ainda uma relação muito boa, muito amistosa. Justamente por isso, eu acho que a gente ainda não conseguiu, na minha opinião, fazer algumas coisas que, a nosso ver, estão erradas dentro da Petrobras. Acho que se os sindicatos fossem mais duros nas suas convicções, até concordo que, em alguns pontos, a gente esteja com a visão errada, mas tem que fazer valer o ponto-de-vista da gente, discutir e, depois que discutir até a exaustão, chegar em quem está com a razão. Provar por A mais B que isso não pode continuar, porque não dá certo ou está prejudicando a própria empresa. Então eu achava que o sindicato tinha que ser mais atuante, pelo menos o sindicato de que eu faço parte. Tem um detalhe aí que eu torço totalmente, frontalmente, contra. É o problema da terceirização. Eu só vou acreditar que a terceirização é melhor para empresa no dia que me sentar junto com o chefe e ele me mostrar na ponta do lápis, tin-tin por tin-tin, que a terceirização sai mais barato e é mais vantajosa para a Petrobras, em termos de qualidade também. Primeiro que o empregado terceirizado não é empregado da empresa, não tem amor àquilo, como eu, modéstia a parte, suava e suo a camisa pela empresa, desde quando entrei, com meus colegas. A gente era empregado da empresa, tinha disponível um salário bom, assistência médica, então a gente brigava pela empresa. Já o terceirizado não tem isso, se vê explorado, porque alguém ganha o dinheiro no lugar dele. Então, a terceirização não é negócio para a Petrobras. Temo muito pela terceirização. Se continuar como vai, a terceirização vai privatizar a Petrobras. E ainda tem mais. O que a gente nota lá dentro é que o serviço terceirizado, o que acontece? Trabalhar daquela forma, terceirizada, é um grande negócio hoje para os proprietários das grandes empresas. A infra-estrutura quem fornece é a Petrobras e eu não sei se isso é descontado no contrato, se é válido. O que acontece? Os terceirizados usam nossas instalações, banheiro, papel toalha, papel higiênico, copo, entendeu, fax, copiadora, isso o dia todo, todos os dias. Quem paga isso? Eu mesmo uso um alojamento da Petrobras, quando eu chego está cheio de terceirizados. Não tenho nada contra o empregado terceirizado, mas a empresa dele não tem um alojamento para ele e esse terceirizado, usando tudo o que eu já salientei aqui: papel higiênico, copo, quando é no escritório, a máquina de tirar cópia, a xerocadora, fax, telefone. Quem paga isso? Um dia desses, eu estava trabalhando nessa área de infra-estrutura, chegou um cidadão da terceirizada com oito documentos em mãos. Cada documento tinha duas, três, quatro páginas, e ele queria tirar 80 cópias de cada. Aí chegou para mim, porque eu estava sentado perto da máquina, e eu: “Rapaz, eu não sei se eu posso tirar isso não, mas deixa-me perguntar ali ao gerente do setor, e ver o que ele vai dizer”. Fui ao gerente e ele: “Não, não tire não, não sei o quê” Nessa hora ele não conseguiu tirar, porque fui consultar o gerente e ele não deixou, mas a gente sabe que em outros momentos se tira. Então, ou a Petrobras acaba com a terceirização ou a terceirização vai privatizar a Petrobras. Quem tiver usando aí os meios de comunicação, os arautos dos telejornais: “A Petrobras está inchada, tem muito empregado, precisa diminuir, não sei o quê, não sei o quê” Nós tínhamos de 60 a 70 mil empregados. Hoje só temos 32 mil e tem 90 mil terceirizados. Quer dizer, triplicou, porque o terceirizado não é empregado na terceirizada, é empregado na Petrobras, trabalha para a Petrobras. Outra coisa errada: eles exigem, para o cidadão entrar na Petrobras hoje, um concurso dificílimo que o cara precisa estar com um nível intelectual bom, preparado para passar. Mas do terceirizado eles não exigem nada disso. Ora, se o cara é terceirizado e trabalha para a empresa com aquele nível, pode ser integrado à Petrobras, porque o terceirizado está prestando serviço à ela e não à terceirizada. O cara é eletricista da terceirizada, ela não exige nenhum conhecimento teórico do cara, e o cara vai lá e desenvolve o serviço e a Petrobras aceita o serviço. Agora, muitos ficam dizendo: “Ah, mas como é que vai fazer por causa do concurso público?” Faz-se o concurso público e a Petrobras dá preferência aos que já estão trabalhando para ela também, dando ênfase mais ao conhecimento prático. Tem um cara, um bom mecânico, que tem um certo conhecimento teórico, porque não pôde estudar muito, mas é um bom mecânico. Então ele vai lá e praticamente, vamos dizer, passa e se admite o cara, dependendo dos outros resultados. Se ele trabalha na terceirizada para a Petrobras, por que não pode ser empregado direto da Petrobras, não é verdade? Então, eu acredito que se a Petrobras não acabar com a terceirização, a terceirização vai privatizar a Petrobras. A gente lamenta que chega dentro da refinaria e encontra um empregado da Petrobras para cinco ou seis terceirizados. Vai chegar um momento, se isso não for feito logo, que vai se procurar um empregado da Petrobras para desempenhar uma função qualquer e não vai encontrar não. Com essa prática eles estão, com uma só paulada, matando dois coelhos: um é a Petros, porque estimularam a aposentadoria precoce, desligamento através do PDV e outros artifícios que inventaram. Resultado: o cara que é empregado direto da Petrobras sai e deixa de contribuir para a Petros. O que acontece? A receita da Petros cai, porque o terceirizado não contribui. O cara sai da Petrobras para trabalhar numa terceirizada no outro dia, e ainda fica cooptando os outros empregados: “Ah rapaz, vem para cá, que aqui a gente está ganhando mais, não sei o quê” E arrebenta com a receita da Petros, porque era aquele que contribuía com a Petros. Como ele deixa de contribuir, a Petros não tem receita, porque eles estão acabando com os empregados diretos da Petrobras. Então isso não tem ciência, como diziam os antigos, bicho de sete cabeças, é só ver que aqui eles estão matando a gente com uma cacetada só, matando dois coelhos: acabando com a Petros e desfalcando o quadro da Petrobras. Isso é um negócio claro, só não vê quem não quer ver. Urge que a Petrobras faça um concurso público que pelo menos reponha, e o que está acontecendo nas unidades? Nós temos colegas da operação, eu trabalhei na operação a vida toda e me dou muito bem com todos eles, muitos colegas que sabem que vão sair de casa e vão dobrar no trabalho, porque não tem ninguém na operação, se reduziu muito na operação. Um dia desses, eu estava conversando com dois colegas que na área deles, onde trabalhavam nove operadores, tem três. Vamos ver se muda essa regra. E precisa mudar!
Eu achei esse projeto um projeto extraordinário. É pena que tinha muita gente boa, com coisa para contar, que não tomou conhecimento disso. Eu mesmo conheço uns dois aposentados. Tentei entrar em contato com eles e não consegui, chegaram antes de mim. Eu cheguei em 1959 e eles já estavam lá, são de 1956, essa faixa aí, 1955. Queria que eles viessem aqui para dar o depoimento, porque têm muito mais histórias do que eu, pegaram mesmo a coisa no chão. De qualquer maneira, na minha modesta opinião, é um projeto extraordinário, porque vai deixar gravado, catalogado, para as futuras gerações, essa juventude que vem aí, sentir o trabalho pioneiro que esses heróis fizeram, não digo no meu caso, pelo engrandecimento desse país.
O lugar foi na Refinaria de Mataripe. O ano, 1959,fim do ano de 1959, quando estavam sendo inauguradas as novas unidades, que tinham sido acabadas de implantar lá na refinaria. A gente sentiu por algumas vezes que os técnicos americanos, que nos acompanhavam no serviço, sabotavam a operação da unidade. No começo, como você sabe, se faz uma pré-operação para se checar se todos os instrumentos estão funcionando bem, se estão em perfeitas condições de funcionamento. Várias vezes, quando a gente estava botando a unidade em operação, prestes a liberar o vapor para as unidades de processo, eles desligavam a unidade; sempre em uma turma tinha um técnico americano acompanhando o processo, o serviço. Eu e a turma que chegou éramos novos, não tínhamos muita experiência, muita prática, a gente ficava atônito e desnorteado. Por que é que parou? A gente estava com os instrumentos todos sob controle, tudo normal, não havia nenhuma indicação de anormalidade. Aí quando a gente chegava na sala de controle onde se processava a parada - eles ficavam na sala de controle e a gente trabalhava no campo, em baixo, nas áreas dos equipamentos - os supervisores e todo mundo: “Por que é que parou?” Eles se perguntando por que é que parou Como hoje já é difícil falar em inglês no meio operário, imagine naquela época. Eles só falavam inglês e a gente não entendia algumas palavras, algumas coisas. A gente perguntava por quê. Ele: “Não, pararam, parou”. Nós tivemos dois supervisores, José Pacheco Filho e Jandir de Lima, que depois de uma dessas paradas reuniu todo o pessoal da Utilidade e planejou. Da próxima vez que a unidade estivesse sendo engrenada não ia permitir que desligassem a unidade. Feito isso,depois dessa parada que se checou, estava tudo bem, tudo normal, a unidade em operação. Ele vinha se acercando do painel como quem não queria nada e, em dado momento, ele desligava a unidade. Então os operadores ficaram próximos do painel e não deixaram que ele desligasse. Ele tentou. Chegou perto e quando foi botar a mão o pessoal não concordou que desligasse. Ele não conseguiu desligar a unidade. A partir daí a unidade funcionou perfeitamente e nós começamos a dominar completamente a área, com equipamentos novos e até desconhecidos para a gente, em alguns casos. Eu acredito que não era um projeto pessoal contra alguém ou contra alguma pessoa, mas, sim, era para retardar a operação da própria unidade e, conseqüentemente, a emancipação da Petrobras e do País. Era uma espécie de sabotagem para retardar o máximo que pudesse o funcionamento das unidades. Posteriormente, soubemos por notícia de colegas que na Parafina, na unidade de Lubrificante ocorreu isso também. Seguramente o pessoal daquela época, 59, sabe disso, está presente na mente, como eu me lembro disso hoje. Só que muitos já morreram, outros estão aposentados, desligaram completamente da atividade da Petrobras. Mas se forem procurados muitos deles confirmarão o que eu estou dizendo aqui.
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