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Por: Museu da Pessoa, 31 de outubro de 2013

O sonho do escritor

Esta história contém:

O sonho do escritor

Minha mãe é de Crateús, interior do Ceará e meu pai era o interior de São Paulo. Minha mãe tinha ido para Campo Grande nessa época morar com a madrinha dela e o meu pai trabalhava como auxiliar de padeiro, que inclusive foi um dos muitos ofícios que o meu pai tinha. E eles se conheceram de uma forma bem engraçada, porque a minha mãe sempre dizia que ela não queria o meu pai, ela achava o meu pai muito pra frente, muito fresco, digamos assim, mas ele acabou conquistando ela e nasceram três filhas. Meu pai saiu do interior de São Paulo e foi pra Campo Grande porque teve um probleminha com o meu avô, meu avô era italiano, tinha uma, um modo de criar os filhos assim, era um pouco grosseiro, isso era o que o meu pai sempre dizia, e aos 13 anos ele acabou tendo que sair de casa e foi morar na casa da minha tia. Foi morar com a minha tia e quando ele atingiu a idade pra servir o exército ele abandonou a minha tia, foi morar, foi ter a própria vida dele, não é, e serviu o exército em Campo Grande e lá ele conheceu a minha mãe, aí casaram, depois se mudaram, foram morar em Lins e as minhas irmãs começaram a nascer uma atrás da outra, são três, e eu já sou cearense, depois de alguns anos o meu pai decidiu vir morar no Ceará, em Crateús, que foi a terra natal da minha mãe, por causa da minha avó, a minha avó, a mãe da minha mãe continuava morando lá e meu pai achou por bem, não sei exatamente qual foi o motivo que levou ou não, nunca ficou muito bem claro pra mim, mas quando eles chegaram, quando eles decidiram, né, vir pra cá, aí resolveram, estabeleceram a vida novamente, né? Ainda estava um pouco nebuloso as coisas por lá, eu posso até considerar que a minha família veio se estabelecer realmente como uma família, como uma estrutura familiar, em Crateús, onde eu morei desde o meu nascimento em 80 até 2002, quando eu comecei a trabalhar.

Crateús era uma cidade, pra mim a Crateús do João Paulo criança era uma cidade no...

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P/1 – João Paulo, você pode falar o seu nome completo, local e data de nascimento?

R – Posso, meu nome é João Paulo Melo Fernandes, nasci em Crateús, no dia 20 de junho de 1980.

P/1 – Seus pais são de Crateús?

R – Minha mãe é crateuense e meu pai era o interior de São Paulo.

P/1 – Crateús é interior do Ceará?

R – Interior do Ceará, já na divisa com o Estado do Piauí.

P/1 – Você sabe como o seu pai e a sua mãe se conheceram?

R – Foi bem interessante porque um sempre comentava, né, com o outro, minha mãe tinha ido para Campo Grande nessa época morar com a madrinha dela e o meu pai trabalhava como auxiliar de padeiro, que inclusive foi um dos muitos ofícios que o meu pai tinha. E eles se conheceram de uma forma bem engraçada, porque a minha mãe sempre dizia que ela não queria o meu pai, ela achava o meu pai muito pra frente, muito fresco, digamos assim, mas ele acabou conquistando ela e nasceram três filhas.

P/1 – Mas como é que eles foram parar na mesma cidade?

R – Meu pai era, teve que servir o exército e ele acabou indo trabalhar lá depois que ele largou a farda.

P/1 – Em Crateús?

R – Isso, em Campo Grande, e lá eles se conheceram e se casaram.

P/1 – Por que o seu pai saiu do interior de São Paulo e foi pra Campo Grande?

R – Ih, bom, meu pai teve um probleminha com o meu avô, meu avô era italiano, tinha uma, um modo de criar os filhos assim, era um pouco grosseiro, isso era o que o meu pai sempre dizia, e aos 13 anos ele acabou tendo que sair de casa e foi morar na casa da minha tia. Foi morar com a minha tia e quando ele atingiu a idade pra servir o exército ele abandonou a minha tia, foi morar, foi ter a própria vida dele, não é, e serviu o exército em Campo Grande e lá ele conheceu a minha mãe.

P/1 – E aí eles se casaram?

R – Aí casaram, depois se mudaram, foram morar em Lins e as minhas irmãs começaram a nascer uma atrás da outra, são três, e eu já sou cearense,...

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