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Ano de 1.987. Ingressei na primeira série da Escola Estadual de Primeiro e Segundo Graus Gabriela Mistral, na zona norte de São Paulo.

A Professora Rosa foi responsável por nos apresentar oficialmente as primeiras letras e usava como instrumento a cartilha “No Reino da Alegria”. Ela era um doce de pessoa, além de excelente professora e nos tratava com muito respeito e consideração.

Eu morava numa favela próxima a escola juntamente com minha mãe e cinco irmãos. Minha mãe saia para trabalhar ainda de madrugada, pois tinha que garantir a nossa sobrevivência, e só retornava após as 19 horas.

Sempre gostei de ir à escola e me esforçava para ser um bom aluno, apesar das privações que passava em casa.

Um dia, a Professora Rosa avisou-nos que a escola estaria organizando um passeio ao Zoológico de São Paulo e, após burburinho provocado pela boa notícia, a questionamos se teríamos de pagar alguma coisa e recebemos a feliz resposta negativa (Oba O passeio era de graça). Ela informou apenas que deveríamos levar lanche, pois, passaríamos o dia inteiro no parque.

No mesmo dia à noite, falei com minha mãe sobre o passeio enfatizando que era gratuito e, para minha alegria, ela permitiu que eu fosse.

Chegado o grande dia, acordei e, mexendo no armário vermelho lá de casa, achei um saco de papel com um pão já duro. Sem pestanejar coloquei o pequeno embrulho sob o braço e dirigi-me feliz para a escola.

Fomos durante o caminho ouvindo uma rádio qualquer, mas num determinado momento tocou a música “Sem pecado e sem juízo” da cantora Baby Consuelo.

Chegamos no zoológico e iniciamos a primeira parte da visita. Visitamos vários animais e nos divertimos a valer até que chegou o momento de fazermos uma pausa para o lanche.

A professora aproximou-se de mim discretamente e perguntou-me o que eu tinha trazido de lanche e respondi: “Pão”. Em seguida ela perguntou-me: “Pão com o quê?” E, eu: “Pão com nada, ué”.

Neste...

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