Eu estava numa cidade, tentando escapar de algo ou alguém. Consegui um dinheiro que misteriosamente apareceu no meu bolso. Fui pra uma sorveteria, tava com vontade de tomar sorvete. Chegando lá tinha muita fila e gente sem máscara, então desisti de tomar sorvete. Fui andando pela cidade e percebi novamente que estava sendo seguida, comecei a correr, pular de grandes alturas, saltar sobre telhados. Até que me encontrei com minha família (mãe, irmão, cunhada, sobrinho, namorado que não tenho e umas crianças que não conheço), me dizendo que precisavamos escapar dali. Eu concordei, então fomos pra uma casa. Lá tinha um homem, como se fosse um apresentador de reality show, explicou algumas regras pra nós e disse que se a gente passasse pelos desafios dentro daquela casa a gente ia conseguir se libertar. Todo mundo concordou em enfrentar o desafio, então entramos no jogo. A casa era um labirinto, cada cômodo tinha um desafio, um enigma ou algo pra escapar. O primeiro desafio era não ser pego por uma menina bruxa assombrada. Tracei uma estratégia com os familiares e fomos pro primeiro desafio. Corremos muito, passamos por muitas portas e corredores, eu era a primeira da fila e tinha a função de guiar o caminho. Meu irmão era o último e a função dele era deixar nenhuma criança pra trás. Minha mãe estava logo atrás de mim, junto com as duas crianças que eu não conhecia, uma menina e um menino e o meu pseudo-namorado. Minha cunhada carregava meu sobrinho no colo e estava na frente do meu irmão. Conseguimos escapar da menina bruxa, ninguém se machucou mas as crianças tiveram muito medo. Na próxima fase a gente tinha que passar por um saguão de hospital e dizer o que tava faltando ali. Tinha pacientes, recepção, tudo. Sentamos um pouco nos bancos do saguão e aí eu percebia que ninguém tava sendo atendido ali, aí eu disse pro ""apresentador"" do jogo: tá faltando médico aqui. E fomos liberados pra próxima fase. Nessa fase tínhamos...
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Eu estava numa cidade, tentando escapar de algo ou alguém. Consegui um dinheiro que misteriosamente apareceu no meu bolso. Fui pra uma sorveteria, tava com vontade de tomar sorvete. Chegando lá tinha muita fila e gente sem máscara, então desisti de tomar sorvete. Fui andando pela cidade e percebi novamente que estava sendo seguida, comecei a correr, pular de grandes alturas, saltar sobre telhados. Até que me encontrei com minha família (mãe, irmão, cunhada, sobrinho, namorado que não tenho e umas crianças que não conheço), me dizendo que precisavamos escapar dali. Eu concordei, então fomos pra uma casa. Lá tinha um homem, como se fosse um apresentador de reality show, explicou algumas regras pra nós e disse que se a gente passasse pelos desafios dentro daquela casa a gente ia conseguir se libertar. Todo mundo concordou em enfrentar o desafio, então entramos no jogo. A casa era um labirinto, cada cômodo tinha um desafio, um enigma ou algo pra escapar. O primeiro desafio era não ser pego por uma menina bruxa assombrada. Tracei uma estratégia com os familiares e fomos pro primeiro desafio. Corremos muito, passamos por muitas portas e corredores, eu era a primeira da fila e tinha a função de guiar o caminho. Meu irmão era o último e a função dele era deixar nenhuma criança pra trás. Minha mãe estava logo atrás de mim, junto com as duas crianças que eu não conhecia, uma menina e um menino e o meu pseudo-namorado. Minha cunhada carregava meu sobrinho no colo e estava na frente do meu irmão. Conseguimos escapar da menina bruxa, ninguém se machucou mas as crianças tiveram muito medo. Na próxima fase a gente tinha que passar por um saguão de hospital e dizer o que tava faltando ali. Tinha pacientes, recepção, tudo. Sentamos um pouco nos bancos do saguão e aí eu percebia que ninguém tava sendo atendido ali, aí eu disse pro ""apresentador"" do jogo: tá faltando médico aqui. E fomos liberados pra próxima fase. Nessa fase tínhamos que dizer o que a gente queria fazer quando passasse o desafio, não podia mentir e se disséssemos a coisa certa, íamos passar. Cada um ia ter uma chance e podia levar uma pessoa consigo. Minha mãe respondeu, mas não pude ouvir o que ela disse. Ela passou com uma das crianças que não conheço. Foi a vez da minha cunhada e ela levou meu sobrinho e meu irmão. Como meu sobrinho é bebê, acho que podia passar tranquilo. Meu namorado também respondeu e levou a outra criança. Só ficou eu e me perguntaram: O que vai ser de você depois daqui? E eu respondi: Eu não sei, tô mais preocupada com os outros. E então uma luz forte atingiu meus olhos e eu apareci em outro lugar. Eu estava num terraço, com muita gente, todos sem máscara, confraternizando, decoração estava linda e no cenário um por-do-sol rosado. Eu fui entrando na festa, mas não conhecia ninguém. Do nada vi minha família e os outros que estavam comigo, abracei todos eles e perguntei: A gente conseguiu? E meu irmão falou: Sim, mas nada é mais como antes. Depois disso eu não lembro mais o que aconteceu.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Acho que o sonho reflete os desafios que é estar de quarentena e se empenhar para não ser infectado. Mudar a rotina e tudo mais. E também a minha grande preocupação com todos. Eu tenho o grande sonho de ser médica para poder ajudar as pessoas. Sempre tive o desejo de não só trabalhar pela riqueza mas também pra poder ajudar a sociedade de alguma forma. O fato de perceber que não tinha médico naquele saguão de hospital no sonho, reflete tanto o meu desejo de ser parte da equipe e poder diminuir essa falta de médicos e também significa o valor que o ramo profissional da saúde tem tanto nos dias de hoje como em qualquer momento da história. Ter conseguido escapar dos desafios e poder comemorar marca o desejo de ter todo mundo junto outra vez, reunido, feliz, comemorando. Com meu irmão dizendo que nada é como antes, acho que representa o futuro mesmo, nada vai ser como antes mas também não sei se vai ser melhor ou pior. O namorado apareceu só porque tô carente mesmo.
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