''O que você vai ser quando crescer?'' Quem é que nunca ouviu essa pergunta? Desde o meu 1º ano do Ensino Médio, essa era uma questão que eu realmente acreditava saber exatamente a resposta. Eu tinha certeza que tinha nascido para ser psicóloga, sempre gostei de ouvir as pessoas, me importar com elas. E a cada dia, isso ficava mais claro pra mim.
Terminei o Ensino Médio em 2010. Prestei o vestibular na UFPR, mas não passei. Eu não tinha condições financeiras, para pagar uma Universidade particular. Dessa forma, sabia que eu precisava me dedicar mais, para conseguir passar em uma Instituição pública ou conseguir um bolsa integral em uma faculdade privada. Consegui um emprego como assistente administrativo, e ajuntei dinheiro para pagar um cursinho. Fiz um semi-extensivo (6 meses de cursinho), e no final do ano, tentei mais uma vez o vestibular da UFPR, e mais uma vez, não passei. Eu fiquei muito chateada, porque o meu desempenho foi pior do que o ano anterior. Por outro lado, eu sabia que eu não tinha dado o meu melhor. 2011 foi um ano super corrido, acordava cedo para ir ao trabalho e de lá ia direto para o cursinho. Sábados a noite e domingos de manhã, cursinho... Eu já não tinha mais tempo pra nada.
Por outro lado, minha irmã tinha me orientado a fazer a inscrição em um dos cursos técnicos do IFPR (Instituto Federal do Paraná), no mesmo ano que eu prestei o vestibular pela segunda vez na UFPR. Confesso que eu não tinha dado muita importância, porque eu não conseguia me imaginar fazendo outra coisa além da psicologia. Mas eu acessei o site e dei uma olhada nos cursos, realmente nenhum deles chegava perto do que eu queria. Pensei em fazer técnico de enfermagem, cuidar de pessoas, aprender coisas novas, quem sabe? Conversei com a minha irmã, e ela disse que esse curso não tinha nada a vê comigo. Eu dei mais uma olhada na lista, e achei processos fotográficos. Fotografia? Pensei. Eu sempre gostei de...
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''O que você vai ser quando crescer?'' Quem é que nunca ouviu essa pergunta? Desde o meu 1º ano do Ensino Médio, essa era uma questão que eu realmente acreditava saber exatamente a resposta. Eu tinha certeza que tinha nascido para ser psicóloga, sempre gostei de ouvir as pessoas, me importar com elas. E a cada dia, isso ficava mais claro pra mim.
Terminei o Ensino Médio em 2010. Prestei o vestibular na UFPR, mas não passei. Eu não tinha condições financeiras, para pagar uma Universidade particular. Dessa forma, sabia que eu precisava me dedicar mais, para conseguir passar em uma Instituição pública ou conseguir um bolsa integral em uma faculdade privada. Consegui um emprego como assistente administrativo, e ajuntei dinheiro para pagar um cursinho. Fiz um semi-extensivo (6 meses de cursinho), e no final do ano, tentei mais uma vez o vestibular da UFPR, e mais uma vez, não passei. Eu fiquei muito chateada, porque o meu desempenho foi pior do que o ano anterior. Por outro lado, eu sabia que eu não tinha dado o meu melhor. 2011 foi um ano super corrido, acordava cedo para ir ao trabalho e de lá ia direto para o cursinho. Sábados a noite e domingos de manhã, cursinho... Eu já não tinha mais tempo pra nada.
Por outro lado, minha irmã tinha me orientado a fazer a inscrição em um dos cursos técnicos do IFPR (Instituto Federal do Paraná), no mesmo ano que eu prestei o vestibular pela segunda vez na UFPR. Confesso que eu não tinha dado muita importância, porque eu não conseguia me imaginar fazendo outra coisa além da psicologia. Mas eu acessei o site e dei uma olhada nos cursos, realmente nenhum deles chegava perto do que eu queria. Pensei em fazer técnico de enfermagem, cuidar de pessoas, aprender coisas novas, quem sabe? Conversei com a minha irmã, e ela disse que esse curso não tinha nada a vê comigo. Eu dei mais uma olhada na lista, e achei processos fotográficos. Fotografia? Pensei. Eu sempre gostei de tirar fotos e aparecer também. Vi a grade curricular e gostei. E por que não tentar, não é? Se por acaso eu não passasse mais uma vez no vestibular, eu pelo menos podia aprender alguma coisa e ser alguém. Eu sabia que não ia adiantar eu trabalhar mais um ano e fazer o cursinho novamente, porque eu não conseguia estudar direito, me estressada demais. Então, decidi que ia sair do meu trabalho se passasse em fotografia, porque esse curso era de manhã, e o meu trabalho o dia inteiro.
Uma colega de trabalho, também tinha me incentivado a tentar um dos curso técnicos do Colégio Estadual do Paraná. E mais uma vez, eu observei a listinha de cursos, com poucas esperanças de encontrar algo parecido com psicologia. Realmente ali foi pior do que o IFPR, nenhum curso deixou os meus ''olhinhos brilhando''. Mas decidi fazer técnico em informática, porque é muito importante e com certeza isso ia me ajudar profissionalmente. Poderia conseguir um trabalho melhor (com um salário maior) e assim poder pagar a minha faculdade.
Dessa forma, fiz o teste do IFPR e passei em fotografia, e também consegui uma vaga em técnico em informática no Colégio Estadual do Paraná. Minha colega ficou super feliz por mim, mas eu nem tanto... Eu sabia que informática não era o que eu queria. Eu não queria trabalhar na frente do computador. Eu queria pessoas, gente, ter contato visual, enfim. Com medo de não passar no teste, eu não contei para a minha família que eu tinha tentado fotografia no IFPR, as únicas pessoas que sabiam, era a minha irmã e a minha colega de trabalho.
Assim, comecei o curso de informática... No primeiro dia de aula, eu já odiei. Ficava contando os minutos para terminar a aula. Comecei a me perguntar ''o que eu estou fazendo aqui mesmo?'', outras vezes pensava ''pode ser que melhore... '', mas e se não melhorasse? E se eu realmente estivesse no lugar errado?
Quando vi o meu nome na lista dos aprovados em fotografia, fiquei feliz. Não era o meu sonho sendo realizado, mas já era alguma coisa. Contei para os meus pais, já decida que iria sair do meu trabalho para fazer esse curso. Meus pais piraram... ''Você está louca?'' Eles falavam... Foram momentos difíceis, mas eu precisava arriscar.
Fiz uma semana do curso de técnico em informática. Eu não precisava mais mentir pra mim mesma. Aquilo não era pra mim. Deixei o curso e o meu trabalho... E assim, comecei uma nova jornada. 2012 só estava começando... E já no primeiro dia do curso de fotografia, percebi que estava no lugar certo. Me apaixonei por fotografia. Com o dinheiro que eu estava ajuntando para tirar a minha carteira de habilitação, decidi comprar uma câmera fotográfica. Tive que abrir mão de algumas coisas, para conseguir outras...
No final de 2012, decidi que não ia prestar o vestibular para psicologia, porque eu queria terminar o curso de fotografia, e o curso de psicologia era de manhã e a tarde, enquanto fotografia de manhã, ou seja, não dava para fazer os dois ao mesmo tempo. Mas apesar disso, a minha melhor amiga me chamou para ir a feira de profissões da UFPR, como nós sempre fazíamos. Nós andamos pela feira normalmente, e eu vi um estande com uma câmera fotográfica, ''pirei''. Fiquei super curiosa para saber que curso era aquele. Então, eu li ''Comunicação Institucional''. Os alunos do curso estavam tirando fotos... Eu estava com vergonha de chegar ali... Minha amiga tentou me convencer ''vamos lá, vamos tirar uma foto'', e eu continuei resistindo. Nós demos mais uma volta pela feira, até chegar ali novamente e eu ainda estava envergonhada. Mas a gente não precisou eu ir até ali, um dos veteranos viu que eu estava olhando e chegou até nós. ''Você conhece o nosso curso?'' Um senhor perguntou e eu respondi que não. ''Esse curso é para quem gosta de escrever, tem interesse por outras línguas, fotografar, para quem gosta de ler, se comunicar, se relacionar com outras pessoas...''. E eu achei que esse curso tinha tudo a vê comigo. E ainda, era no turno da tarde, o que ia ser perfeito, pois eu ia conseguir me formar em fotografia.
E assim, prestei o vestibular e passei em Comunicação Institucional na UFPR. Além disso, consegui me formar em fotografia. Confesso que a fotografia é apenas um hobbie pra mim, nunca pensei em ser fotógrafa. Já fiz alguns eventos, como: formatura, making off da noiva, aniversários, enfim. Mas o que eu mais gosto é fazer books, porém é como se fosse um extra, um dinheirinho a mais que entra, mas algo que eu faço de vez em quando.
E hoje, eu estou amando fazer Comunicação Institucional. Acredito que eu realmente nasci para fazer isso. Já não consigo mais me imaginar fazendo psicologia. No final de 2012, perdi duas grandes amigas de uma forma inesperada... Algo que mexeu muito comigo, e que me fez pensar ''será que eu teria condições de ser psicóloga?'', ''será que depois de ouvir tantos problemas eu iria conseguir dormir?'', enfim. Eu ainda amo ler assuntos relacionados com a mente humana... Quem sabe um especialização nessa área? Isso só o tempo dirá.
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