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História
Personagem: Carolina Ignarra
Por: Museu da Pessoa,

O meu trabalho me conforta

Esta história contém:

A profissão nunca pode ser escolhida por ambição e sim por talento. Se você vai fazer algo em que você não se identifica, só pensando que é uma carreira que tem espaço no mercado, não vai ser bom, você não vai ser o melhor, e se você não for o melhor, também não vai ganhar bem, seja a profissão que for. Meu pai sempre falou isso pra gente e é isso que eu falo para minha filha, eu tive muito estímulo da família para fazer uma escolha para trabalhar com prazer. A vida já é difícil, aí você vai fazer uma escolha que já vai deixar ela mais difícil ainda, então a gente tinha essas conversas sobre essas questões de ir buscar algo que fizesse a gente, de fato, feliz e tivesse de acordo com a nossa vontade de trabalhar, de entregar e de talento mesmo.

De vez em quando minha irmã me emprestava a moto. Meus pais falavam assim: “Não pega moto, é perigoso, de noite”. Para minha irmã ir trabalhar também, era o mesmo discurso, mas naquele lance: “Se você usar pode cair, e se você ficar com deficiência, você vai assumir”, então era uma coisa que já era conversa para gente, sabe? E quando aconteceu o acidente, foi isso que veio na minha cabeça, vinha o discurso deles na minha cabeça toda hora. Acho que por esse fortalecimento que eles nos deram durante toda a vida que eu me senti responsável. Então aconteceu o que os meus pais me avisaram que podia acontecer e eu tenho que assumir, então foi racional, foi desse jeito.

Eu tenho boas recordações do hospital, era um ambiente gostoso, as pessoas iam me visitar. Eu recebi em vida todos aqueles reconhecimentos que a pessoa recebe depois que morre, então os meus alunos iam lá falar o quanto eu era importante para eles, todos os grupos de amigos que eu fiz na vida inteira estavam ali, presentes, participativos. E foi um momento de boas recordações mesmo, a família se uniu muito. Foi um momento de boas recordações, de verdade, eu não...

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Dados de acervo

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P/1 - Carolina, primeiro mais uma vez te agradecer, em nome do Museu da Pessoa, e para a gente começar eu vou pedir para você se apresentar, dizendo o seu nome completo, data e local do seu nascimento.

R - Tá bom. Eu sou Carolina Ignarra, nasci no dia dezesseis de outubro de 1978, em São Paulo.

P/1 - E Carolina, quais os nomes dos seus pais?

R - Meu pai chamava Francisco Celso Ignarra e minha mãe Telma Ignarra.

P/1 - E você pode contar a história da origem da sua família, enfim, qual a história que você conhece sobre a sua família, a família da sua mãe, a família do seu pai…

R - Sim. É, meus pais, os dois, tem quatro irmãos, então tenho quatro tios de cada lado. A minha mãe, a mãe dela era espanhola, veio na imigração, mas ela não conheceu a mãe dela, quando ela tinha cinco meses a mãe dela faleceu. E meu avô era filho de italianos, então casou ele - que era filho de italianos - com a minha avó - que era espanhola, e aí veio a família da minha mãe. O meu avô também não conheci, porque ele faleceu quando a minha mãe tinha dezesseis anos. A minha mãe é a caçula, quer fizer, a minha mãe é a caçula da primeira leva, porque meu vô casou de novo e teve mais quatro filhos. Na família do meu pai, meu vô, a única descendência que a gente sabe é de indígena, a gente não sabe de nenhuma descendência europeia. Pelo sobrenome falam que é italiana, porque Ignarra é como nhoque, Ignarra é o jeito que a gente abrasileirou, mas a pronúncia é Inharra. Mas ele mesmo não reconhecia ninguém da família dele como italiano. E minha vó, eu não sei, por parte de pai. Eu conheci meu vô e minha vó, mas não me lembro da descendência da vó. Era Aranha o sobrenome, então não sei. Ah, e aí é isso, assim. Eu sou irmã do meio, de duas irmãos. É para falar isso já, Maurício?

P/1 - É, não tem problema, mas eu ia perguntar como os seus pais se conheceram…

R - Ah, tá bom. Meus pais se conheceram num curso de...

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