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Por: Museu da Pessoa,

O importante é trabalhar e acreditar

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O importante é trabalhar e acreditar

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Eu comecei a trabalhar com 16 anos e tinha desespero para ir trabalhar, porque eu não aguentava ver aquilo em casa, a dificuldade, e aquele monte de irmão, a hora do banho… Minha mãe falava, "vai dar banho nas crianças", eu enfileirava e depois era banho para todo mundo, ajeitava, dava comida, ajudava minha mãe a fazer... A vida foi bem difícil, mas a gente passou. Eu resolvi fazer biblioteconomia e não me arrependi. Eu parti para a biblioteca técnica, porque tinha as bibliotecas escolares, as públicas… As públicas eram quase impossíveis. Você fazia um teste, ia lá, e eram todos nomes conhecidos. Eu não conseguia passar. Fiz três vezes para a biblioteca pública e fui para a biblioteca particular. A primeira biblioteca em que eu fui trabalhar foi a Villares, que era uma biblioteca técnica, e eu fiquei meio perdida naquilo. Depois eu fui para a biblioteca de banco, fui trabalhar no mercantil primeiro e depois fui para o Itaú, onde me aposentei. Fiquei 30 anos no Itaú, biblioteca técnica de informática. Nossa, foi maravilhoso, foi uma escola para mim. Fiz muitos cursos, eles me incentivaram muito na época a fazer cursos, viagem… Fiz viagens, fui para São Carlos e ficamos lá uma semana, por aí foi. Foi muito bom para mim. Eu já estava recém-formada, não tinha um ano quando eu fui para lá. Eu entrei quando tinha 25 anos. Não, 26. Eu me formei com 25 anos em biblioteconomia e depois eu fui para lá. Nessa época, eu estava trabalhando no Banco Mercantil, na biblioteca de informática também. Estava começando e eles queriam uma pessoa para arrumar, porque estavam trocando as normas das bibliotecas, modificação, então eles me contrataram. Em outubro mais ou menos, "olha, vamos colocar no jornal, porque a gente está precisando urgente de gente", e eu perguntei, "qual o salário?". Era o dobro do que eu recebia. Aí já mexeu em uma área complicada. Eu falei, "bom, vou pensar mais um pouquinho", e dei a...

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P/1 – Oi, Vera, tudo bom?

R – Tudo bem, e você?

P/1 – Tudo bom. Vamos começar hoje a história da sua vida, para comemorar 70 anos, não é?

R – Realmente. Olha, é uma data especial. Eu imaginava nesses 70 anos, fazer alguma coisa, mas devido a pandemia, não vai ser possível. Meus filhos tinham até começado a organizar alguma coisa, mas vai ficar para o ano que vem.

P/1 – Vera, por favor, você poderia começar falando o seu nome completo, o local e data de nascimento?

R – Meu nome é Vera Aparecida dos Santos Nascimento, nasci no dia 7 de setembro de 1950, e já estou me considerando com 70 anos, porque vou fazer agora, na próxima segunda-feira. Eu nasci na Zona Norte, que é minha paixão, não me vejo morando em outro lugar, e nasci em Santana. Continuo morando lá, meus filhos também moram na Zona Norte, somos da Zona Norte.

P/1 – E qual o nome dos seus pais?

R – Do meu pai, Manoel dos Santos, e da minha mãe, Clotilde dos Santos.

P/1 – E você sabe qual é a origem da família?

R – A minha avó veio de Goiás para São Paulo, para trabalho, vieram para arrendar uma fazenda, e ali a família se formou, aqui em São Paulo já.

P/1 – E antes deles, você sabe de onde veio a família, os avós, os bisavós?

R – A minha bisavó era índia, e morava em uma comunidade. Meu avô era da região, mas… Os meus avós são de Goiás. A minha bisavó era índia, e eles se organizaram ali, naquela comunidade indígena. Dali, eles vieram mais para o centro de Goiás, e começaram, vieram para São Paulo. O meu avô começou a trabalhar, e já facilitou para ele vir mais para o centro de São Paulo. Também vieram morar na Zona Norte e ficaram.

P/1 – E o que eles faziam, os seus pais, quais eram as atividades deles?

R – O meu pai era serralheiro, ele fez curso no Senai de serralheria artística. Ele fazia umas coisas maravilhosas, mas o principal era a serralheria do dia a dia. Às vezes ele fazia umas coisas...

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