O dedicado trabalhador

Projeto Memória Petrobras

Realização Museu da Pessoa

Depoimento de Enéas Viana.

Entrevistado por Eliana Santos

Mossoró, 16 de fevereiro de 2005

Revisado por: Lara Eloiza.

Código: CB_HV 16/ PETRO_CB507

P- Bom dia.

R- Bom dia.

P- Queria começar pedindo que o senhor nos fale seu nome completo, local e data de nascimento.

R- Meu nome completo é Enéas Porto Viana, nasci em Aracati, estado do Ceará, no dia 2 de dezembro de 1953.

P- O senhor pode contar como foi o seu ingresso na Petrobras e quando foi?

R- Através de concurso público, tomei conhecimento na minha cidade, Aracati, que a Petrobras estava fazendo inscrições para um futuro concurso.

Eu corri até lá, fiz a inscrição ao concurso. Foi logo a seguir, tive a felicidade de ser aprovado e passei a trabalhar na Petrobras no dia 3 de fevereiro de 1982.

P- Quais os setores que o senhor passou, como foi essa sua trajetória profissional?

R- Nós fazemos parte do corpo técnico da Petrobras, a gente quando entrou nada conhecia de Petróleo, então teve que passar por um aprendizado. No início você teve que aprender tudo da atividade de petróleo. O campo também era novo, o campo de Fazenda Belém, onde hoje ainda trabalho. E haviam pessoas mais antigas que nos acompanhavam e iam passando tudo de cada atividade.

P- E como era o trabalho de vocês?

R- Uma das primeiras atividades que a gente desenvolveu na Petrobras foi junto ao poço de petróleo. Fazia mesmo a parte de limpeza, arrumação, despoluição, ajustes, regulagens, medição da produção e assim por diante.

P- O senhor atualmente continua na mesma atividade que o senhor estava quando o senhor ingressou?

R- Não, hoje eu continuo no mesmo campo, na mesma área de produção, mas exerço outras atividades.

P- E o senhor passou pra outro setor, como é que foi, o senhor ficou sempre nessa atividade?

R- Minha vida dentro da Petrobras, ela é até tem um histórico, eu considero um histórico muito bom. Porque quando a gente entrou na Petrobras, botou no crachá, Praticante da Produção. Ninguém sabia nem o que era isso mas havia no crachá, Praticante de Produção. Depois disso a gente passou pra Operador de Produção, por sorte eu consegui fazer um concurso interno e fui classificado para auxiliar técnico de Operações de Produção, ATOP, um cargo que havia, ATOP. Era uma espécie de supervisão, chefe de equipes. E agora o ano passado, o ano de 2004, novamente eu fui promovido e cheguei a Técnico de Operações.

P- Então conta pra gente como é um pouquinho o seu trabalho hoje, o que o senhor faz?

R- Eu sempre digo quando alguém me pergunta o que eu faço dentro da minha empresa, eu digo que sou um faz tudo. Porque o bom empregado é aquele que tem uma visão em todas as atividades da área onde ele trabalha, certo? Então você, pra se dar bem em qualquer emprego, em qualquer empresa, você tem que ter uma visão bastante ampla, não ficar só voltado pra uma atividade. Aquela pessoa disse: "Não, eu só faço isso, eu só sei fazer isso aqui." Não, você tem que conhecer, ter boa vontade, estar aberto para o aprendizado, né? Aberto ao aprendizado porque a Petrobras é uma escola. Ela dá oportunidade, é uma casa de oportunidades, a Petrobras não é só uma empresa petrolífera mas é uma casa de oportunidades

-FIM DA ENTREVISTA-