Facebook Informações Ir direto ao conteúdo

Meu pai tem uma longa história, ele era motorista, na Associação dos Motoristas do Sindicato aqui do Estado do Ceará ele é o número cinco, ele foi um dos fundadores, história do caminhão, andava na boleia, uma coisa bem antiga. A minha mãe também trabalhou nos Correios pouco tempo, aí ela saiu porque o pessoal que estava mudando de DCT pra ECT, teve que sair muitas pessoas, ela ficou afastada. Aí foi trabalhar no Denox. Meu pai é de Pernambuco. Minha mãe é daqui de Fortaleza. Meu pai é de Bodocó, lá nas brenhas, muito longe. Ele veio aqui pra Fortaleza aos 17 anos, lutou sozinho, aprendeu tudo e hoje ele está completando 91 anos.

Meus pais se conheceram aqui porque meu pai trabalhava em ônibus na época, começou na extinta empresa Iracema. E o itinerário era na Avenida Visconde do Rio Branco, que hoje é mão única, antigamente era duas mãos, ida e volta. O ônibus tinha uma parada em frente da casa da minha mãe. Aquele lance, antigamente ficava muito na janela. Ele parou pra beber uma água, naquela época não tinha esse movimento de veículos que tem hoje, que você não pode parar. Ele pegava água. Ele e minha mãe, a diferença é de 15 anos, realmente eles estão cumprindo aquele tema: até que a morte os separe (risos). Pegou água, começou a pegar amizade, tinha concorrência das amigas dele que também queriam ele, mas de repente ele ficou. E ele ainda fez mais, ele disse assim. As três queriam ele, ele decidiu um dia: “A que se apresentar primeiro hoje eu vou casar” (risos). Ele conta muito essa história. De repente foi mamãe que saiu primeiro: “É essa que eu vou ficar”, e ficou até hoje.

Eu nasci no bairro Joaquim Távora, Visconde do Rio Branco. Minha avó era parteira profissional, viajava pelo interior pra fazer parto. E minha mãe, depois que casou e teve o terceiro, quarto filho, nós fomos pra Avenida Pontes Vieira, onde minha mãe me levou, eu tinha dois anos de idade, por aí. O...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

P/1 – Inicialmente eu queria agradecer muito em nome do Museu da Pessoa e dos Correios pela sua participação. Pra identificação do nosso vídeo, eu queria que você falasse qual é o seu nome, o local e a data do seu nascimento

R – O nome completo é Francisca Amélia Batista Alencar. Prefiro ser chamada de Amélia. Eu nasci aqui em Fortaleza, no Ceará, em 1957

P/1 – Perfeito

R – Tenho 56 aninhos. Beautiful

P/1 – Antes de entrar na sua história pessoal mesmo, eu queria que você me falasse um pouco dos seus pais, o nome deles, de onde eles vieram, o que eles faziam

R – Meu pai tem uma longa história, se eu for me prender a ele. Ele era motorista, na Associação dos Motoristas do Sindicato aqui do Estado do Ceará ele é o número cinco, ele foi um dos fundadores, história do caminhão, andava na boleia, uma coisa bem antiga. A minha mãe também trabalhou nos Correios pouco tempo, aí ela saiu porque o pessoal que estava mudando de DCT pra ECT, teve que sair muitas pessoas, ela ficou afastada. Aí foi trabalhar no Denox. Aí depois eu fiz concurso, passei aqui pra empresa. Meu pai é de Pernambuco. Minha mãe é daqui de Fortaleza. Meu pai é de Bodocó, lá nas brenhas, muito longe. Ele veio aqui pra Fortaleza aos 17 anos, lutou sozinho, aprendeu tudo e hoje ele está completando 91 anos

P/1 – Hoje?!

R – Isso

P/1 – Olha, que legal! Parabéns

R – Meus pais, resumindo, é isso

P/1 – Eles se conheceram aqui, você sabe como?

R – Eles se conheceram aqui porque meu pai trabalhava em ônibus na época, começou na extinta empresa Iracema. E o itinerário era na Avenida Visconde do Rio Branco, que hoje é mão única, antigamente era duas mãos, ida e volta. O ônibus tinha uma parada em frente da casa da minha mãe. Aquele lance, antigamente ficava muito na janela, eu me lembro que nos meus dez anos eu ficava muito na janela olhando os carros, a rua. E de repente a parada era em frente, ele parou pra beber uma água. Porque...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

A arte de ensinar filatelia
Vídeo Texto

José Luiz Peron

A arte de ensinar filatelia
Texto

João Vieira de Rezende

"Tô aqui pra trabalhar"
Inspirando Ziraldo
Vídeo Texto

Moacyr Viggiano

Inspirando Ziraldo
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.