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Personagem: Pedro da Silva Lemos
Por: Museu da Pessoa, 28 de julho de 2007

O contador de histórias do Jequitinhonha

Esta história contém:

O contador de histórias do Jequitinhonha

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Eu tinha muito desejo de conhecer o Estado de Minas Gerais e, após a conclusão de um curso de laticínios, eu vivia na fazenda com o meu pai e, certo dia, um primo, um parente dele me perguntou, na fazenda, se eu havia concluído o meu curso e se eu tinha coragem de enfrentar viver em uma vila do nordeste do Estado de Minas Gerais. Eu falei que tinha, sim. Dependia de meus pais, que eu sempre fui muito obediente para os meu pais. Meu pai falou: “Pois você tem todo o apoio da família.” E aí ele me deu o nome de Joaíma.

Eu jamais tirei o nome Joaíma da minha cabeça. Naquela época, o transporte coletivo não existia, nós vivíamos uma época da Segunda Grande Guerra, e o governo fazia economia de gasolina. Eu peguei a carroceria de um caminhão carregado de farinha de mandioca para ser negociada na cidade de Fortaleza naquela época, hoje Pedra Azul. Eu vim com ele nesse caminhão até Fortaleza. Tomei o Hotel Primavera e saí procurando transporte para Joaíma.

No fundo do mercado, alguém contou para mim que havia um Fordeco 29 em uma oficina, que era de Joaíma, que eu fosse lá encontrar com o chofer. Então, procurei quem era o chofer. Ele disse para mim: “Sou eu o chofer.” Falou: “Você está indo para Joaíma?” O baiano chamava isso aqui de “Joaema”. Ele falou assim: “Às 12 horas.” Falei: “Tem passagem para um passageiro?” Ele falou: “Tenho, é você?” Eu falei: “Sim.” “Onde eu lhe pego?” Eu falei: “No Hotel Primavera.” “Às 12 horas, eu pego você.” Então, eu fui para o hotel e fiquei olhando aquelas pedras bonitas em torno da cidade de Fortaleza, na época, e às 12 horas ele chegou.

Eu entrei no carro com ele. Ele pegou a estrada para Joaíma e, bem distante, ele parou o carro e me perguntou pelo meu nome, minha procedência, minha filiação e se eu tinha parente em Joaíma, o que eu vinha fazer aqui....

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