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Por: Museu da Pessoa, 16 de julho de 2020

O Bixiga de antigamente

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O Bixiga de antigamente

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Meu nome é Alberto Ferreira Brim D’Araújo. Nasci em São Paulo, no dia dezoito de setembro de 1960. Meu pai era Alberto Brim D’Araújo, minha mãe é Isabel Ferreira D’Araújo.

Meu pai foi radialista praticamente toda a vida profissional. Começou muito jovem, com dezesseis anos. Minha mãe era doméstica e hoje é dona de casa.

Meu pai era de Salvador, Bahia; minha mãe, de uma cidade do interior de Minas chamada Cabo Verde, mas antes de vir pra São Paulo ela passou a infância em uma cidade chamada São José do Rio Pardo.

Eu estou com sessenta anos. Tive uma infância que já não existe mais em São Paulo. Mesmo no interior, poucas cidades têm. Era uma família grande, cinco irmãos; a gente era [de] classe média baixa. Mesmo morando num bairro central de São Paulo, era uma infância de brincar na rua. Meus pais trabalhavam muito, então não tinham muito tempo pra ter uma supervisão sobre a nossa vida.

Durante a semana, não era muito frequente a gente estar todos juntos, porque os pais trabalhavam muito, mas o almoço de domingo eu lembro que era muito especial. O único dia que a gente tomava refrigerante era domingo, na hora do almoço. Era domingo também que tinha o prato mais chique - por exemplo, uma lasanha, um frango assado. Todo mundo junto na mesa.

[Havia] sempre muita música, porque meus tios eram músicos. Sempre foi uma família com muita música no rádio, porque meu pai era radialista. A gente ficava de casa ouvindo meu pai; a gente ouvia rádio pra suprir o pouco de tempo que ele tinha com a gente. O bairro era muito musical, porque o Bixiga é o bairro da escola de samba.

Não passamos necessidades materiais. Tínhamos dificuldades, mas era uma infância muito leve.

A gente mudava muito. Como as dificuldades financeiras eram grandes, o pai buscava uma moradia que fosse mais barata, sempre no mesmo bairro. A primeira casa que eu me lembro - e eu falo sem problema - é o que se chama de cortiço, que era comum no...

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Depoimento de Alberto Ferreira Brim D'Araújo

Entrevistada por Genivaldo Cavalcanti Filho

São Paulo/Jundiaí, 16/07/2020

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número PCSH_HV859

Transcrito e editado por Genivaldo Cavalcanti Filho

Meu nome é Alberto Ferreira Brim D’Araújo. Nasci em São Paulo, no dia dezoito de setembro de 1960. Meu pai era Alberto Brim D’Araújo, minha mãe é Isabel Ferreira D’Araújo.

Meu pai foi radialista praticamente toda a vida profissional. Começou muito jovem, com dezesseis anos. Minha mãe era doméstica e hoje é dona de casa.

Meu pai era de Salvador, Bahia; minha mãe, de uma cidade do interior de Minas chamada Cabo Verde, mas antes de vir pra São Paulo ela passou a infância em uma cidade chamada São José do Rio Pardo.

Eu estou com sessenta anos. Tive uma infância que já não existe mais em São Paulo. Mesmo no interior, poucas cidades têm. Era uma família grande, cinco irmãos; a gente era [de] classe média baixa. Mesmo morando num bairro central de São Paulo, era uma infância de brincar na rua. Meus pais trabalhavam muito, então não tinham muito tempo pra ter uma supervisão sobre a nossa vida.

Durante a semana, não era muito frequente a gente estar todos juntos, porque os pais trabalhavam muito, mas o almoço de domingo eu lembro que era muito especial. O único dia que a gente tomava refrigerante era domingo, na hora do almoço. Era domingo também que tinha o prato mais chique - por exemplo, uma lasanha, um frango assado. Todo mundo junto na mesa.

[Havia] sempre muita música, porque meus tios eram músicos. Sempre foi uma família com muita música no rádio, porque meu pai era radialista. A gente ficava de casa ouvindo meu pai; a gente ouvia rádio pra suprir o pouco de tempo que ele tinha com a gente. O bairro era muito musical, porque o Bixiga é o bairro da escola de samba.

Não passamos necessidades materiais. Tínhamos dificuldades, mas era uma infância muito leve.

A gente...

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