Depoimento de duas moradoras do Bairro Santa Cruz do José Jacques, em Ribeirão Preto-SP
Depoentes:- Maria Clarice Marcelino Franco
Eulália Franco Cristin
Nesta região existia a Fazenda São Pedro, Fazenda São Geraldo e a Fazenda Genipapo. O pai era administrador da Fazenda São Pedro, onde hoje é o Bairro City Ribeirão, que faz divisa com o Bairro Santa Cruz do José Jacques.
Aqui no bairro era tudo terra e existia uma capelinha(1904) hoje no local existe a Paróquia do Bairro em homenagem a São João Batista.
O Irajá é hoje um bairro, onde antes era a Fazenda Genipapo toda com cultura de Cana de açúcar, era tudo Canavial.
O primeiro supermercado foi os Canesin, tinha loja de roupas e mercadorias em geral.
No jardim da Capela existia um coreto, onde acontecia apresentações aos sábados e domingos e ainda eram realizadas quermesses, estas acontecem até hoje, e é muito famosa.
Havia também um salão com um telão ao lado da capela, onde eram passados filmes e acontecia bailes aos sábados (1950).
Além dos comerciantes Sr. Hermeto Canesin, a família Biagiotti também eram moradores antigos e abastecia o lugar, vendendo verduras de casa em casa. O sr. Quito e os seus filhos, todos crianças, possuiam um carrinho de tração animal (carroça), também vendiam carnes, pães e verduras, todos esses produtos eram fiscalizados pela Vigilância Sanitária da época.
No páteo da capela as cabras pastavam soltas, as casas por não ter luz elétrica em todas as casas, utilizavam muito a lamparina com querosene, nos bairros passava um caminhão que vendia esse combustível.
A venda (armazem) " Portão Vermelho" era tudo terra, eles vendiam toucinho prensado, carne seca e sardinha salgada em latas de 10 e 5 litros.
A família valente possuia um Ford (carro) antigo, que era a atração no bairro.
Na Fazenda São Pedro tinha um "camarim", onde quardavam lenha e funcionava como despensa.
A família Rossi eram donos de um Moinho de Fubá, eles...
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Depoimento de duas moradoras do Bairro Santa Cruz do José Jacques, em Ribeirão Preto-SP
Depoentes:- Maria Clarice Marcelino Franco
Eulália Franco Cristin
Nesta região existia a Fazenda São Pedro, Fazenda São Geraldo e a Fazenda Genipapo. O pai era administrador da Fazenda São Pedro, onde hoje é o Bairro City Ribeirão, que faz divisa com o Bairro Santa Cruz do José Jacques.
Aqui no bairro era tudo terra e existia uma capelinha(1904) hoje no local existe a Paróquia do Bairro em homenagem a São João Batista.
O Irajá é hoje um bairro, onde antes era a Fazenda Genipapo toda com cultura de Cana de açúcar, era tudo Canavial.
O primeiro supermercado foi os Canesin, tinha loja de roupas e mercadorias em geral.
No jardim da Capela existia um coreto, onde acontecia apresentações aos sábados e domingos e ainda eram realizadas quermesses, estas acontecem até hoje, e é muito famosa.
Havia também um salão com um telão ao lado da capela, onde eram passados filmes e acontecia bailes aos sábados (1950).
Além dos comerciantes Sr. Hermeto Canesin, a família Biagiotti também eram moradores antigos e abastecia o lugar, vendendo verduras de casa em casa. O sr. Quito e os seus filhos, todos crianças, possuiam um carrinho de tração animal (carroça), também vendiam carnes, pães e verduras, todos esses produtos eram fiscalizados pela Vigilância Sanitária da época.
No páteo da capela as cabras pastavam soltas, as casas por não ter luz elétrica em todas as casas, utilizavam muito a lamparina com querosene, nos bairros passava um caminhão que vendia esse combustível.
A venda (armazem) " Portão Vermelho" era tudo terra, eles vendiam toucinho prensado, carne seca e sardinha salgada em latas de 10 e 5 litros.
A família valente possuia um Ford (carro) antigo, que era a atração no bairro.
Na Fazenda São Pedro tinha um "camarim", onde quardavam lenha e funcionava como despensa.
A família Rossi eram donos de um Moinho de Fubá, eles traziam o milho (escambo) e o fubá era utilizado na troca de mercadorias.
Existia carroças com 4 rodas, puxadas por 2 cavalos, todos enfeitados, eram chamadas " Cimetrole", funcionavam como carros funerários.
O Sr. João Cristin, foi ajudar o veterinário na vacinação de um cachorro e por descuído foi contaminado, morrendo de "raiva" hidrofobia em 1971.
A capela do local foi ficando cada vez menor, para receber o pessoal, foram acontecendo várias reformas, até ser demolida e em seu lugar foi construída a Paróquia, e esta até hoje faz promoções, como quermesse que se tornou tradição, tendo sido adequada para receber sempre mais paroquianos. Esta foi a primeira construção do bairro.
(este relato foi feito aos alunos da 3a. e 4a. séries da EMEF.Prof.Raul Machado, Bairro Santa Cruz do José Jaques, Ribeirão Preto -SP)
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