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Por: Marcia Dos Santos Penna, 17 de janeiro de 2022

No tempos das enciclopédias, ou como a memória me constituiu.

Esta história contém:

A vida não é o que a gente viveu, e sim a que a gente recorda , e como recorda para contá-la.

Gabriel Garcia Márquez

infância.

Meu nome é Marcia, mais conhecida como Marcia Penna, Penosa ou até mesmo Penna. Venho de uma família de cinco irmãos. Sou a filha do meio entre duas irmãs mais velhas e dois irmãos mais novos. Marilea , Edna , Mario Fernando e Claudio.

Da minha infância , lembro bem que minha mãe comprava uma peça inteira de fazenda(tecido) para fazer a roupa de todos nós. Os modelos eram diferentes , mas a padronagem era a mesma. Não havia nenhuma reclamação , por parte dos meus irmãos , mas eu confesso que não gostava nem um pouco.

Morávamos numa casa com varanda , com árvores e apenas dois quartos: o dos meus pais e o das crianças.

Fico pensando como cabia tanta criança naquele espaço. Tínhamos bicamas. Antes de dormir , o texto do papai era sempre o mesmo: São Cosme Damião que proteja! E nós , num coro só: Bença pai, bença mãe!

À época faltava muita luz no nosso bairro( Andará, zona norte do Rio de Janeiro) e, por incrível que possa parecer , esse era o momento mais esperado por mim e pelos meus irmãos, pois nossa mãe nos contava muitas histórias à luz de velas. Também brincávamos com as sombras e inventávamos muitas histórias... o tempo passava mas não chegava ali. Lembro com tanta ternura ...naquelas horas , já sem ter tantos afazeres nossa mãe estava ali inteira, completamente MÃE!

Assim também recordo como nosso pai , bem à noitinha , nos dava o jantar. Não de " qualquer maneira" , ele fazia um mexidinho como ninguém. Ele é mineiro de Belo Horizonte, e em suas lembranças esse tipo de comida é sempre citado. Ele punha num prato a mistura e, com toso os cinco filhos enfileirados , fazia uns bolinhos com as mãos e recitava : Senhor capitão, bolinho na mão , espada na cinta e ginete na mão( uma adaptação dele) , e lá ia o primeiro bolinho na boca do filho mais novo, e assim...

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Palavras-chave: memória, infância, literatura

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