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Personagem: Olga Maria Miranda
Por: Museu da Pessoa,

Nós vivemos assim

Esta história contém:

P/1 – Tia Olga...

R – [Risos].

P/1 – Dona Olga qual foi a data da sua chegada aqui no morro? Em que data a senhora chegou aqui no morro?

R – A data? Ah, não sei.

P/1 – Não tá lembrada, né?

R – Não dá, né?

P/1 – Por que a senhora veio morar aqui no Morro dos Prazeres?

R – Como é que eu vim?

P/1 – Por quê?

R – Por quê? Porque eu trabalhava ali no __________ o meu primeiro emprego, então aí pela minha sogra, que já foi também há muitos anos, ela trabalhava...

P/1 – Como é que é o nome dela?

R – Faustina.

P/1 – Faustina _____________

R – Faustina. A sua mãe conheceu ela. Ah é, conheceu. Então ela passava lá, e eu lá de cima da janela do meu emprego eu a via passando cá em baixo. Ela usava assim... ela era bem escurinha, então eu conhecia ela, porque usava turbante na cabeça assim. Então lá de cima eu, ela falava comigo cá de baixo, me dava adeus, assim, para mim.

P/1 – Hum, hum.

R – Aí nisso fui conhecendo ela, né? Aí, espera aí. Depois, espera aí, minha ideia me foge. Espera aí. Aí conheci por ela seu tio, né? Meu marido.

P/1 – Hum, hum.

R – Então aí pegamos a namorar, né? Namorar. Mas eu não vinha aqui não. Não conhecia aqui não.

P/1 – Não conhecia o morro não?

R – Não, não, não. Não conhecia não. Ele ia lá e tudo. Ele lá em cima, eu não subia lá em cima, ficava na rua ali conversando. Aí ele, mais de cinco meses, seis meses, ele me convidou para eu vir aqui. Aí levei muito tempo. “Ah, não. Eu não vou subir lá que eu não conheço ninguém lá”. Só conhecia ela. Que eu falava com ela, né? Dava café à ela. Que eu era mesmo que ser dona da casa lá, né? Então, ela me convidou para mim vim aqui. Aí ele também me chamou para vim aqui. E eu nada de querer vim, né? Nada de querer vim. “Não, não, não posso não. Não posso não.” Aí depois passou...

P/2 - Com...

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Dados de acervo

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Projeto: Morro dos Prazeres - Esse Morro tem história

Realização Museu da Pessoa

Entrevista de Olga Maria Miranda

Entrevistado por Neide e José Bernardo

Rio de Janeiro, 26 de março de 2002

Código MP_HV008

Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva

Revisado por Eloisa Galvão

P/1 – Tia Olga...

R – [Risos].

P/1 – Dona Olga qual foi a data da sua chegada aqui no morro? Em que data a senhora chegou aqui no morro?

R – A data? Ah, não sei.

P/1 – Não tá lembrada, né?

R – Não dá, né?

P/1 – Por que a senhora veio morar aqui no Morro dos Prazeres?

R – Como é que eu vim?

P/1 – Por quê?

R – Por quê? Porque eu trabalhava ali no __________ o meu primeiro emprego, então aí pela minha sogra, que já foi também há muitos anos, ela trabalhava...

P/1 – Como é que é o nome dela?

R – Faustina.

P/1 – Faustina _____________

R – Faustina. A sua mãe conheceu ela. Ah é, conheceu. Então ela passava lá, e eu lá de cima da janela do meu emprego eu a via passando cá em baixo. Ela usava assim... ela era bem escurinha, então eu conhecia ela, porque usava turbante na cabeça assim. Então lá de cima eu, ela falava comigo cá de baixo, me dava adeus, assim, para mim.

P/1 – Hum, hum.

R – Aí nisso fui conhecendo ela, né? Aí, espera aí. Depois, espera aí, minha ideia me foge. Espera aí. Aí conheci por ela seu tio, né? Meu marido.

P/1 – Hum, hum.

R – Então aí pegamos a namorar, né? Namorar. Mas eu não vinha aqui não. Não conhecia aqui não.

P/1 – Não conhecia o morro não?

R – Não, não, não. Não conhecia não. Ele ia lá e tudo. Ele lá em cima, eu não subia lá em cima, ficava na rua ali conversando. Aí ele, mais de cinco meses, seis meses, ele me convidou para eu vir aqui. Aí levei muito tempo. “Ah, não. Eu não vou subir lá que eu não conheço ninguém lá”. Só conhecia ela. Que eu falava com ela, né? Dava café à ela. Que eu era mesmo que ser dona da casa lá, né? Então, ela me...

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