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Por: Museu da Pessoa,

Motorista das crianças

Esta história contém:

P/1 - Soraya Moura

P/2 - Danilo Lopez

R - Plácido Ferreira Braga

P/1 - Bom, senhor Plácido, eu gostaria que o senhor falasse o seu nome completo, a cidade onde nasceu e a data do seu nascimento.

R - Perfeito. Quer dizer que eu tenho que falar novamente?

P/1 - Novamente.

R - Meu nome é Plácido Ferreira Braga, nasci em 1º de maio de 1918, [na] cidade [de] Paracatu, Minas Gerais.

P/1 - Ótimo. Seu Plácido, como que era um pouco lá a sua cidade, o que o senhor fazia lá em Paracatu?

R - Lá em Paracatu, eu trabalhava junto com o meu pai, ferreiro, mas não gostava. (risos) Queima muito.

P/1 - É? Mas como era?

R - A gente fazia, não é do seu tempo de conhecer, fazia ferragem para carro de boi. Você, na sua época, e vocês todos aí, não existia isso. (risos) Então lá a gente fazia a coisa; era prego, chapa, tudo isso para fazer a ferragem do carro.

P/2 - Mas trabalhava só você e o seu pai?

R - É, trabalhávamos juntos. Então, quando era na ocasião da coisa, que era a hora mais sagrada, de a gente colocar as chapas, fazia a fogueira, um fogueirão assim, e tinha a turma que vinha para assar mandioca junto, lá. E aí, quando a gente terminava de colocar a chapa, porque era tudo redondo. A roda, então, ela [ficava] quente, quase queimando, e depois a gente punha o prego e batia.

P/1 - O senhor era menino nessa época?

R - Era, uns 6 anos, mais ou menos. O tempo que mais eu trabalhei com meu pai foi nessa época, depois achei que não dava. Muito quente, viu? E outra, puxar a coisa, como que dá o nome? Me esqueci agora. Para puxar, quem puxava era a gente, o velho não puxava, não. A gente é que tinha que puxar para poder fazer o fogo. Era tudo ferro quente, mas eles ficavam da cor de ouro, por exemplo - o ferro ficava. E, também, fazia marca para os fazendeiros, a gente fazia. Por exemplo, JC - o cara queria. Pegava, fazia, dava um trabalho tremendo para soldar ferro com ferro. Não era bolinho, não....

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Dados de acervo

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Projeto Memória Votorantim 85 Anos – Nossa Gente Faz História

Depoimento de Plácido Ferreira Braga

Entrevistado por Soraya Moura e Danilo Lopez

Local: São Paulo - SP

Data: 16/05/2003

Realização: Museu da Pessoa

Código da entrevista: MV_HV003

Transcrito por Marlon Alves Garcia

Revisado por Juliano de Lima e Grazielle Pellicel

P/1 - Soraya Moura

P/2 - Danilo Lopez

R - Plácido Ferreira Braga

P/1 - Bom, senhor Plácido, eu gostaria que o senhor falasse o seu nome completo, a cidade onde nasceu e a data do seu nascimento.

R - Perfeito. Quer dizer que eu tenho que falar novamente?

P/1 - Novamente.

R - Meu nome é Plácido Ferreira Braga, nasci em 1º de maio de 1918, [na] cidade [de] Paracatu, Minas Gerais.

P/1 - Ótimo. Seu Plácido, como que era um pouco lá a sua cidade, o que o senhor fazia lá em Paracatu?

R - Lá em Paracatu, eu trabalhava junto com o meu pai, ferreiro, mas não gostava. (risos) Queima muito.

P/1 - É? Mas como era?

R - A gente fazia, não é do seu tempo de conhecer, fazia ferragem para carro de boi. Você, na sua época, e vocês todos aí, não existia isso. (risos) Então lá a gente fazia a coisa; era prego, chapa, tudo isso para fazer a ferragem do carro.

P/2 - Mas trabalhava só você e o seu pai?

R - É, trabalhávamos juntos. Então, quando era na ocasião da coisa, que era a hora mais sagrada, de a gente colocar as chapas, fazia a fogueira, um fogueirão assim, e tinha a turma que vinha para assar mandioca junto, lá. E aí, quando a gente terminava de colocar a chapa, porque era tudo redondo. A roda, então, ela [ficava] quente, quase queimando, e depois a gente punha o prego e batia.

P/1 - O senhor era menino nessa época?

R - Era, uns 6 anos, mais ou menos. O tempo que mais eu trabalhei com meu pai foi nessa época, depois achei que não dava. Muito quente, viu? E outra, puxar a coisa, como que dá o nome? Me esqueci agora. Para puxar, quem puxava era a gente, o velho não puxava, não. A gente é que tinha que...

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