P1- Boa tarde.
R- Boa tarde.
P1- Para começar, eu gostaria que você dissesse o seu nome completo, o local e data de nascimento.
R- Antônio Luiz de Medeiros. Cidade Monte Mor [Estado de São Paulo].
P1- E a data?
R- Data de nascimento, 18 de agosto de 1959, 1959.
P1- Certo. E qual que é a sua função na Tetra Pak?
R- A minha função na Tetra Pak teve uma caminhada... No dia de hoje, é, pode, pode ser montador de pré-impressão, é, pré-impressão.
P1- Certo. E o nome dos seus pais, Antônio?
R- Luiz Gonzaga de Medeiros, e da mãe Lenira Fernandes de Medeiros.
P1- E eles são de Monte Mor também?
R- Eles são natural de Monte Mor .
P1- Ambos nasceram lá?
R- Ambos nasceram em Monte Mor mesmo.
P1- E qual é a atividade deles?
R- O meu pai foi funcionário público, hoje está aposentado. E a minha mãe, trabalha na casa mesmo.
P1- Certo. E você nasceu e sempre morou em Monte Mor ?
R- Eu nasci e sempre morei em Monte Mor .
P1- E você, onde você morava na sua infância, na mesma casa que você mora hoje, como que é?
R- Isso, até tem umas, umas histórias aí. No, no decorrer, dos tempos, bem quando eu nasci, eu nasci numa chácara. E depois eu fui crescendo, e o meu pai pegou e comprou um sítio, e depois desse sítio, ele vendeu esse sítio, depois nós viemos numa outra chácara que ele comprou. E depois ele começou como lavrador, profissão rural. E eu, eu com ele ajudava bastante ele na, na lavoura, tudo que ele fazia, várias coisas. E depois, quando eu fiquei mais ou menos com uns 15 anos de idade, mais ou menos, ele, deixou eu mais para estudos, essas coisas. Na escola, essas coisas. E depois no outro período, metade do período, que era a parte da manhã, eu vinha para a chácara, fazia os deveres da chácara. Mas sempre trabalhava ali. Agora, o meu pai trabalhava na prefeitura, na cidade de Monte Mor mesmo. O meu pai é descendente dos portugueses. Os meus avós vieram de Portugal, e através disso...
Continuar leituraP1- Boa tarde.
R- Boa tarde.
P1- Para começar, eu gostaria que você dissesse o seu nome completo, o local e data de nascimento.
R- Antônio Luiz de Medeiros. Cidade Monte Mor [Estado de São Paulo].
P1- E a data?
R- Data de nascimento, 18 de agosto de 1959, 1959.
P1- Certo. E qual que é a sua função na Tetra Pak?
R- A minha função na Tetra Pak teve uma caminhada... No dia de hoje, é, pode, pode ser montador de pré-impressão, é, pré-impressão.
P1- Certo. E o nome dos seus pais, Antônio?
R- Luiz Gonzaga de Medeiros, e da mãe Lenira Fernandes de Medeiros.
P1- E eles são de Monte Mor também?
R- Eles são natural de Monte Mor .
P1- Ambos nasceram lá?
R- Ambos nasceram em Monte Mor mesmo.
P1- E qual é a atividade deles?
R- O meu pai foi funcionário público, hoje está aposentado. E a minha mãe, trabalha na casa mesmo.
P1- Certo. E você nasceu e sempre morou em Monte Mor ?
R- Eu nasci e sempre morei em Monte Mor .
P1- E você, onde você morava na sua infância, na mesma casa que você mora hoje, como que é?
R- Isso, até tem umas, umas histórias aí. No, no decorrer, dos tempos, bem quando eu nasci, eu nasci numa chácara. E depois eu fui crescendo, e o meu pai pegou e comprou um sítio, e depois desse sítio, ele vendeu esse sítio, depois nós viemos numa outra chácara que ele comprou. E depois ele começou como lavrador, profissão rural. E eu, eu com ele ajudava bastante ele na, na lavoura, tudo que ele fazia, várias coisas. E depois, quando eu fiquei mais ou menos com uns 15 anos de idade, mais ou menos, ele, deixou eu mais para estudos, essas coisas. Na escola, essas coisas. E depois no outro período, metade do período, que era a parte da manhã, eu vinha para a chácara, fazia os deveres da chácara. Mas sempre trabalhava ali. Agora, o meu pai trabalhava na prefeitura, na cidade de Monte Mor mesmo. O meu pai é descendente dos portugueses. Os meus avós vieram de Portugal, e através disso aí eles se situaram ali no bairro da Serra. Até, no bairro da Serra, é um bairro que a minha mãe, os avós delas, os pais delas tinha terra, tudo circundava ali no bairro. E o meu pai também. Daí os dois se conheceram, voltando bem no comecinho, eles se conheceram e se casaram. Depois, eu sou um dos primeiros filho. Depois eu tive mais três irmãs, eu como homem.
P1- Vocês são quatro, então, filhos?
R- Nós somos em quatro filhos.
P1- E você é o mais velho?
R- Eu sou o mais velho.
P1- E aí as outras, as meninas são as mais novas então?
R- Isso.
P1- Certo. E como que era o dia-a-dia na sua casa, na época no, em que você morava nessa chácara, como que, o que você fazia, quais eram as atividades que você falou que tinha na chácara?
R- Então. É, tinha bastante atividades, por exemplo, na parte rural, relacionada. O meu pai tinha umas vaquinha, tudo isso aí só lembrando, quando eu era criança mesmo. E ele tinha umas plantação, plantação de batata, milho, essas coisa. E daí fazia tudo essas coisinhas.
P1- E você ajudava no plantio, na colheita?
R- Ajudava no plantio, na colheita, tudo.
P1- Que legal. E as suas irmãs também ajudavam, ou era só você que dava uma força mesmo.
R- É mais o homem. (risos)
P1- É. (risos)
R- Depois as pessoas que moravam ali.
P1- E quais são as lembranças mais marcantes que você tem dessa época, da sua infância, brincadeiras que você...
R- É, tinha bastante, bastante coisas, amigos, primos, primas. Uma infância, tudo circundado nessa chácara. Então a gente tinha bastante, diversão, sabe, festas, quando tinha um casamento, um aniversário, Então eu sempre, sempre se reunia as famílias, dos parentes, tios, tias. Os avós.
P1- E é uma família grande, a sua.
R- É grande.
P1- E todo mundo tá em Monte Mor ou espalhou?
R- Daí foi espalhando. Daí, é, a minha avó faleceu, e vendeu a chácara que ela tinha. Depois dividiu entre os irmãos, que quem quisesse pegar o seu pedaço. Por exemplo, dos irmãos, é, como herança. Daí o meu pai, com a minha mãe, ele já era casado tudo, na época, e tudo, tinha, tinha eu e mais três irmã, eles pegaram e ficaram com um pedaço da chácara. E até hoje nós estamos nessa chácara. Uma chácara, grande até, tem 4 alqueires, tudo. E lá nós temos, eu casei, e fiz a minha casa ali também, e tudo. E agora no dia de hoje as minhas irmã também, só uma irmã que veio para São Paulo, que casou e mora em Santo André, São Paulo.
P1- E qual o nome da sua esposa?
R- Maria Helena Sousa Medeiros.
P1- Você tem filhos, Antônio?
R- Tenho, eu tenho um casal.
P1- Casal de, quantos anos têm?
R- A minha filha tem 21 anos e o meu filho tem 19 anos.
P1- E eles estudam, trabalham?
R- Então, a minha filha trabalha, e o meu filho também trabalha, os dois trabalham. Minha filha, a semana passada se formou. Foi, até a gente fica emocionado, e tudo.
P1- Claro.
R- Porque é uma luta, do pai e a mãe. Porque a gente veio de uma família humilde, tudo, mas, uma família que o povo, circundado, sempre, sempre junto com a gente tudo, que quer bem, conhece. A gente é fruto daquela terra. E a minha filha se formou, tudo, está exercendo a profissão dela, tudo, graças a Deus.
P1- Ela se formou em quê?
R- É, gestão de comércio exterior, exterior.
P1- E ela atua nessa área mesmo?
R- Isso, ela está atuando nessa área.
P1- Lá em Monte Mor mesmo, ou ela trabalha fora?
R- Em Monte Mor mesmo. E o meu filho, Economia.
P1- Ele faz Economia?
R- Ele está estudando na Unimep, os dois na Unimep. E eles já está com dois anos de Economia, está trabalhando também.
P1- Que legal. E, aí voltando um pouquinho lá para trás, Antônio, você, quando estudou, você estudou na cidade Monte Mor ou tinha alguma escola lá na região da chácara, do sítio Como é que era isso?
R- Isso. No tempo, diga, de menino, eu estudei no Coronel do... Coronel Domingos Ferreira, no grupo escolar.
P1- Que, na cidade de Monte Mor mesmo?
R- Na cidade mesmo de Monte Mor. E depois, já o ginasial, eu passei para o Dr. Elias Massud, Colégio Estadual Dr. Elias Massud. Depois o Ensino Médio também Dr. Elias Massud. E depois eu fiz bastante cursos, também, na minha vida.
P1- Mas na escola mesmo, na época de escola, foram, todas essas escolas são na cidade de Monte Mor .
R- É, na maioria, isso aí sim, na parte, na parte...
P1- Essas, esse grupo escolar, o colégio, é tudo na cidade
R- Na parte principal, o colégio... Isso.
P1- E como que era Monte Mor na época que você era criança, como era a cidade?
R- A cidade era, era uma cidade humilde, parada, bem montemorense mesmo. A igreja situada no monte. Uma cidade humilde. Ela foi crescendo, bem depois, com o passar dos anos, ela teve um crescimento bom.
P1- Então era uma cidade bem pequena.
R- Bem pequena. Hoje ela tem 50 mil habitantes mais ou menos, mais ou menos. E na época, ela tinha, se tivesse era 12, 20 mil.
P1- Nossa, então cresceu bastante.
R- É. De 12 a 20. É, bastante.
P1- E aí você, vamos contar agora um pouquinho agora da sua trajetória profissional. Aí você começou a trabalhar quando? Você ajudava, sempre ajudou o seu pai...
R- Sim, mas...
P1- Lá na chácara e no sítio, porque você falou.
R- Sim, depois a gente queria ter a independência da gente. E a gente pegou e já optou para, para cidade. E optando para cidade, eu, eu trabalhava por conta, por exemplo, em relação, fazia, abriu uma firma, de raspagem de taco, essas coisas, e passar sinteco, essas coisas, de acabamento. Uma firma que indo, nossa, bem mesmo, eu só saí entrar na Tetra Pak.
P1- Então você sempre ajudou o seu pai no sítio, na chácara, na época de menino, tal, aí depois você teve essa, essa firma de limpeza de taco e tal, aí de lá você já foi para Tetra Pak.
R- Já fui para Tetra Pak.
P1- Você nunca trabalhou em...
R- A Tetra Pak chegou em Monte Mor, e tudo. E gostei porque era uma fábrica, do ramo de leite e tudo essas coisa, então a gente sabia que era uma fábrica boa de trabalhar.
P1- E como é que, quando estava para construir a fábrica, quando eles escolheram lá o terreno da Tetra Pak para construir a fábrica, o que a cidade falava, o que foi, qual foi a impressão que vocês tiveram, você como montemorense, local mesmo, quando isso aconteceu?
R- Está chegando uma, uma nova fábrica, esse era o pensamento de cada um. E daí nesse mesmo tempo, a gente procurou conhecer mais, o que era a Tetra Pak, porque a gente sabia, vinha uma fábrica para Monte Mor, mas essa fábrica, a gente ainda não sabia o que era, o que não era. Daí a gente sempre ouvia falar que era uma fábrica para leite, mas completamente diferente, porque é para embalagem para leite, sucos, tudo esses derivados. Mas, daí, desse decorrer de tempo, passou, a parte de construção, já começou a fazer fichas, tudo essas coisinhas. Aí eu fiz uma ficha. Por intermédio de umas pessoas, que estavam interligados à fábrica, funcionários já da Tetra Pak mesmo, então, indicou a gente, para, para o trabalho lá.
P1- E isso foi logo no começo da Tetra Pak ou depois?
R- É, ela tinha um funcionamento... Quando eu entrei, entrei em 1979.
P1- Então foi um ano depois, no máximo.
R- Um ano, no máximo, mais ou menos. A produção, eu comecei.
P1- Você, você, só me explica uma coisa, Antônio, é, quando a Tetra Pak, ela chegou em Monte Mor, já existiam outras fábricas ali na cidade, grandes fábricas, ou...
R- Já existia.
P1- Já existiam grandes fábricas lá.
R- Tanto que eu tive uma proposta na época de outras firmas, até no banco... Não sei se pode citar o nome... No Banco Itaú, e na IBM e outras fábricas da redondeza também. E daí eu escolhi a Tetra Pak, pela entrevista, tudo que a gente teve, tudo a conversa. E tudo, e a gente passou no teste, tudo, sendo que eu tinha passado nos outros também. Poderia optar pelos outros, mas meu destino foi para aquele lado.
P1- E aí então em 1979, a fábrica da Tetra Pak estava no comecinho lá em Monte Mor, que foi quando você fez a inscrição. E aí você se inscreveu para que função? Como é que foi isso você, você já tinha, ...
R- Então...
P1- Você se inscreveu para trabalhar lá, mas sem saber qual era a função, é isso?
R- Sim, sim. Na época eles estavam pegando na parte, geral da fábrica. Daí eles ia fazer a intercalação, de cargos.
P1- E como que foi a entrevista, você lembra?
R- Então, a entrevista foi com o Valdir Salvi, eu me lembro na época. Valdir, o Valdir Salva era o gerente da área de produção. E o Raven também, o, ele fez q entrevista para mim, que ele era do RH.
P1- E aí você passou pela entrevista...
R- Passei, as entrevista, tudo, e já entrei na Tetra Pak na segunda-feira, eu fiz na sexta-feira e na segunda já comecei a trabalhar. E foi numa salinha, modesta até, numa máquina, de montagem e tudo, ali começou meu trabalho na Tetra Pak. Eu fazia montagem de, de clichês. E através disso aí, eu tinha uma outra, outra sala no lado, que trabalha um amigo, que trabalha um, trabalhou um amigo meu lá, tudo lá, que fazia os clichês, e passava para mim, para mim fazer a montagem.
P1- Como que era esse processo, como é...
R- O processo...
P1- O clichê, deixa eu só, para ver se eu entendo...
R- Isso.
P1- O clichê é aquela, o modelo que vai imprimir as embalagens, é isso
R- Isso, que vai ser, colocado no cilindro...
P1- Que vai servir de matriz...
R- No cilindro, já com impresso já através dos filme e tudo, e já tem o desenho do vincador aberto em relação à embalagem. A gente faz a montagem no cilindro. No dia de hoje, no dia de hoje é camisas, é tudo as coisas mais, mais sofisticada, pela evolução. Mas...
P1- Naquela época...
R- Naquela época, era cilindro, esse cilindro era revestido de fita dupla-face. E essa, a fita dupla-face a gente fazia através dessa máquina muito conhecida na Tetra Pak, que era o começo de tudo, era a Mostaipe(?). Até ela foi desativada pelo, no processo de desenvolvimento tão rápido, que teve.
P1- E quando você começou, já existiam vários tipos de embalagens, vocês imprimiam para várias marcas ou ainda era...
R- Nós, nós fazíamos bastante para Parmalat, Paulista, para Costa Rica também.
P1- Costa Rica, país ou marca?
R- É, eu acho que é, eu acho que é país. Sim. Sim. Bastante, embalagens, é, diversificadas na parte da Parmalat, e do Paulista, Paulista integral, tudo esses... E Alimba Integral também, depois passou para a Parmalat comprou a Alimba, e se tornou uma só. Depois vieram, nossa, no dia de hoje, já teve mais, cliente muito, nossa, tremendo.
P1- E aí nessa época vocês... A fábrica, ela é grande nesse, quando você começou em 1979?
R- A fábrica tinha, na época, tinha um barracão, grande até. É, cabia, coube dentro dela, na época, uma impressora, uma laminadora e duas cortadeiras. E essa sala que é a sala de montagem, e a sala de sardel que fazia o clichê, que tinha os filme, tudo, fazia os clichês e passava de Mostaipe (?), que é a sala de montagem. E a sala de montagem passava para a impressora, para a impressão, dos produtos, pedido através de OPs, tudo. E depois, feitas as impressões, as impressões nos rolos, ia para laminadora, fazia a laminação, tudo essas coisinhas, e ia para cortadeira, para o corte para os laticínios aí.
P1- E você falou que fez a entrevista na sexta e na segunda já começou a trabalhar.
R- Sim, sim.
P1- Qual foi a impressão quando você começou, o primeiro dia de trabalho seu? Você lembra do primeiro, do seu primeiro dia de trabalho na Tetra Pak
R- Então, tinha uma pessoa de fora, sabe, da Suécia, que veio passar esses conhecimentos para gente, até o nome dele não estou recordando. Mas depois veio o Alfred Norman, veio bastante gente da Suécia, passando os conhecimentos.
P1- Então vocês, quando foram, quando receberam, quando vocês começaram a trabalhar vocês já de cara receberam treinamento para as máquinas, cada um para sua área, foi?
R- Sim, sim, sim. Sim, sim, sim.
P1- E como que é essa, essa questão de treinamento na Tetra Pak, é algo constante, Antônio?
R- Constante. Aí sempre tem um, coisas novas, sempre, sempre mudando. E a gente entrou, por exemplo, em 1979 no caso meu, mas no dia-a-dia é coisas novas que acontece. Porque a gente está lidando com, sempre embalagens novas, clientes novos. E é sempre uma, um lema para gente, para gente sempre adquirir em relação do conhecimentos, e de, de caminhada. Nessas caminhada aí a gente sempre vai aprendendo, também, com o processo e as coisas do, do serviço.
P1- E desde que você começou na Tetra Pak há 27, 28 anos já, Antônio.
R- Isso, 28.
P1- Qual foi, na sua opinião, o momento de maior crise que a empresa passou?
R- Isso aí era, era no geral, em relação à política brasileira, que, que teve o plano Collor, o plano verão, teve a época dos militares também, atrás também, e tudo essas mudança, as “Diretas Já!”, refletia um pouquinho no mercado, então refletia um pouquinho na parte funcional também de pedidos, essas coisas. Mas, em relação a crises, foi sempre uma, a maioria de crises que não teve. Foi sempre a constante positiva. É, sempre passou por isso e no dia de hoje, como está, o patrimônio é bem grande, e aqui no Brasil é uma satisfação ter, o, como, da gente ser funcionário dela, da Tetra Pak.
P1- E aí você, bom, voltando lá quando você começou, você começou com, trabalhando na montadora, isso.
R- Isso, na parte de montagem.
P1- Na parte de montagem.
R- Isso.
P1- Que você montava o cilindro com o clichê e tal.
R- Isso, isso.
P1- Aí como que foi a sua trajetória, você, dessa função, você...
R- Não teve muita trajetória.
P1- Teve muita mudança ?
R- Foi. Depois, com o aperfeiçoamento em relação ao pedido e à decorrência do, dos tempos, teve a evolução em relação das máquina, que vieram máquinas mais novas, tudo, que nem impressoras off-set, depois, no dia de hoje, já tem VTV 13, 14, 15, e está vindo outra máquina nova também. E aí, teve que investir na parte de montagem, porque senão não ia suprir a parte de impressão. E, nesse meio tempo, veio as micro, Microflex. E depois a área de feitio de clichês, por exemplo, vieram as máquinas novas, tudo, as copiadoras. E depois, comigo, já não era eu, eu e mais uma pessoa, já era eu e mais 30, 40, 50 pessoas na área de montagem. É, de cópia, tudo. E, e depois veio a Art Work, também, que é a partir de gráficos, essas coisas, de artes, fotolitos. E a gente ficou sempre nessa área, sempre circulava nesse, nesse meio.
P1- Você sempre, sempre você esteve então ligado à área de impressão das embalagens.
R- De impressão mesmo. É.
P1- E a qualidade mudou muito da impressão, da época que você começou para hoje
R- Sim. A qualidade sempre foi, desde o começo. Não poderia ter nada de coisas, por exemplo, inadequadas em relação à embalagem, porque era lei de suco, tudo essas coisa que ia ser embalado. E no dia de hoje, a qualidade em relação a hoje, é rótulo gravura, é off-set, então as embalagens é demanda hoje no mercado, é mais coloridas. Por exemplo, a gente, a gente olha uma, uma caixinha hoje Longa Vida, a gente vê lá, por exemplo, uma fruta, só no olhar a gente percebe o que significa aquela caixinha, aquele produto, que está dentro dela, então a gente já, já teve uma melhoria nisso daí, nossa, muito, grande, nesse decorrer.
P1- E o processo como um todo, Antônio, da embalagem, qual o caminho que ela segue, ela é laminada antes e depois impressa, ela é impressa e depois segue para laminação. Como, como que é essa trajetória da embalagem, da hora que ela tá pronta, começa a ser feita, até a hora que ela fica pronta para ser entregue ao cliente, como que é esse processo todo
R- O começo é, é vendas. Vendas vende, daí eles tira a O.P., vem para montagem...
P1- O.P., o que é O.P.
R- O.P. são ordens de produções. Essas ordens de produções vêm para parte de cópia, daí eles faz, eles copia os clichês, e depois dos clichês copiados, por exemplo, eles passa para montagem, faz a montagem nos cilindros. No dia de hoje, já é camisa, em relação ao diâmetros, tudo,
P1- Camisa, o que é uma camisa?
R- Camisa, a gente da risada, a gente pensa que é uma camisa. Mas é uma forma cilíndrica, ela é acolchoada fora, compensando a fita dupla-face que era colocada no cilindro antes, no tempo antigo, e no tempo de hoje essa aí já tem a compensação, na camisa. É uma, mais ou menos, de 1,70, 1,80m mais ou menos, de largura, e o perímetro dela, a superfície dela, varia em relação ao volume. Por exemplo, se a gente quiser embalar, fazer a embalagem para 560, por exemplo, que é 200ml, a gente tem uma camisa mais ou menos, a grossura, o perímetro de 560. E, de litro, que eles fala que é 1000ml, nós temos uma camisa de 490, que tem duas embalagem circundando essa camisa.
P1- Entendi.
R- E vai em frente. Depois nós temos 750 square, 250 square, 250ml, e vários Tetra Rex. As embalagens Tetra Rex são embalagens, que eram impressas em máquinas próprias para, para Rex. No dia de hoje, já usamos a própria impressora, já, essas próprias de montagem, para embalar Tetra Rex também para impressão. Laminação também. Depois de feito tudo isso aí, a gente manda para a impressora. A impressora imprime, essas embalagem. Em relação a vincadores, tudo, volume, tudo, tem, tem bastante, colocação de tintas, em cada estações. E nessas estações nós temos as cores primárias, que é o amarelo, o yellow, o magenta, que é o vermelho, o amarelo, azul, vermelho e o... (pausa) Amarelo, azul, vermelho e o preto, que é a cor que usa mais para fotocélulas, essas coisas, para laticínios. E através disso aí faz a impressão. Em cada unidade da impressora, vai uma camisa dessa colocada. No caso, no dia de hoje, nós temos seis estações, nós temos seis cores. Essas seis cores é dividida em relação a seis camisas montadas para uma produção só, eqüivalendo, por exemplo, a várias cores. E uma cor sobre a outra, ela vai dar uma outra cor. Por exemplo, um azul, o amarelo em relação ao azul vai dar o verde, e subseqüente. E vai sair lá a impressão, na frente, nos rolos, por exemplo, em relação às faixas, quantidade de faixas, vai sair a impressão total ali das embalagens. Depois de feito tudo isso aí, a parte de impressão, é colocado esses rolos na laminadora. A laminadora vai fazer a parte de, polietileno, externa e interna, e a laminação, que é o alumínio. Feito isso, já é levado para a cortadeira, já é direto, porque hoje, no dia de hoje, nós temos uma linha de montagem: sai da impressora, vai para laminadora, da laminadora vai para cortadeira, da cortadeira vai para os robôs, e dos robôs é pegado as bobinas e é colocado no caminhão, já embaladinha para ir para o laticínio. E vai para cortadeira, então a cortadeira, eles faz o corte, separa em bobinas. E essas bobinas é tudo identificada através de etiquetas, tudo, e é colocada em esteiras e vai para o, para parte de armazenamento em pallet. Colocado no pallet, já leva direto para o caminhão. Depois...
P1- E aí de lá...
R- Já laticínios.
P1- Entendi. E do mesmo jeito que as máquinas de impressão também evoluíram desde que você começou a trabalhar lá, o restante das máquinas também, Cortadeira, laminadora, essas...
R- Tudo, tudo.
P1- Tudo evoluiu.
R- Tudo o que for, o que for pensar em Tetra Pak evoluiu. Em relação à qualidade, segurança, organização, em tudo, em tudo o que pensar nessa parte aí. E tanto a segurança, no dia de hoje, a gente tem vários, EPIs [Equipamento de Proteção Interna] para gente usar, dentro da fábrica de produção, tanto naquele local você tem que ter aquele EPI, senão não pode ter acesso, tudo, tudo certinho, tudo organizadinho.
P1- Então, falando sobre segurança, com relação à SIPAT [Semana Interna de Prevenção de Acidentes]...
R- Isso.
P1- Fala para gente um pouquinho, quais são as medidas de segurança que, que os funcionários têm que ter, o que é feito nesse sentido, se têm palestras para esclarecer sobre segurança, como que é esse processo de segurança do funcionário mesmo na Tetra Pak?
R- A segurança desenvolve no dia-a-dia. Em relação, por exemplo, nas máquinas, quem está aptos para trabalhar naquela máquina, por exemplo. Porque ali nós temos cortadeiras, nós temos doctors, nós temos impressoras, laminadoras, e através disso aí, cada um é treinado para aquele fim, para aquele local. E através da SIPAT, que nem você falou, a SIPAT é formada, circulada em relação à CIPA [Comissão Interna de Prevenção de Acidentes], tudo, tem bastante eventos, quando, sobre as mãos, por exemplo, contato, por exemplo, não ter contato diretamente em cilindros, por exemplo, segurança total. Em partes, por exemplo, do manuseio que a pessoa, que o funcionário entra do portão para dentro da, tem que ter dali no dia-a-dia, em relação à máquina, ao trabalho, tudo. E parte de higiene, organização também. Dentro da produção não se pode usar, por exemplo , tem que usar uma touca ou senão os bonés, tudo, protetor auricular, o óculos hoje também. Quem tem bigode, por exemplo, barba, tem que usar máscara, tudo essas coisa, esses procedimento, é, faz parte de higiene, e o uniforme, também, que é porque que pessoa tem. Agora, a parte de escritório, tudo, é mais, a parte mais, que se usa, por exemplo, a parte de segurança. Em relação na frente do computador, tudo essas coisas, tudo tem que ter um treinamento. E também nós temos a equipe de bombeiros, também formada pela Tetra Pak, e que tá dia-a-dia na parte de produção, na área administrativa, tudo.
P1- E, e que, as máquinas mudaram ao longo do tempo que você entrou, você já disse que é verdade, que mudou muito, que elas evoluíram muito. Mas e o trabalho, mudou? O trabalho das pessoas, isso também se modificou ao longo desses anos, Antônio?
R- Sim. Aí tem que arregaçar as mangas e pôr a mão na massa, como se diz, mas não na massa no perigo, na massa produtiva. Por quê No decorrer antigo, por exemplo, bem no antepassado, nós tínhamos uma impressora só. No dia de hoje, nós temos três impressoras produzindo 24 horas, direto. E tanto que a Tetra Pak daqui de Monte Mor é uma Tetra Pak que faz embalagens de todos os tipos, e Ponta Grossa [PR] teve que montar uma fábrica lá, para ajudar nós no feitio das embalagens.
P1- Porque não estava dando conta.
R- Não estava dando conta. É muito leite, embalagem para leite. E, e depois a Tetra Pak de Ponta Grossa tinha, o papel, a matéria-prima, fica na porta da fábrica, praticamente, que é a Klabin. Então já ficava, esse trajeto de trazer de lá do Paraná para cá o papel virgem para impressão, já está o papel lá, em Ponta Grossa.
P1- E teve algum momento em especial que as, a produção teve um boom, que cresceu de maneira considerável. Porque a impressão que eu tenho como consumidor, é que a partir da questão do Plano Real, 1994, 1995, por aí, a oferta do leite longa vida aumentou muito, e transformou numa coisa realmente muito comum, as pessoas consumirem.
R- Sim.
P1- Isso, confere essa impressão que eu tenho
R- Sim. Porque cada ano está sendo, tendo um, um tipo de uma tarefa em relação ao total de embalagem. Dois anos atrás, nós fizemos 7 bilhões de embalagem.
P1- No ano, ou...
R- É, no ano. Sete bilhões de embalagem. Agora, esse ano aqui, nós vamos passar de 8 bilhões, muito mais. Então se a gente for ver, cada ano está sendo mais de, mais, evolução, evoluindo.
P1- E esses marcos são comemorados ?
R- Sim. É, nós temos finais de ano, e tudo aí, participação também. É... e depois a festa também, em relação à etapa que a gente conseguiu, que foi positiva.
P1- E como funcionário, quais são os benefícios que o funcionário da Tetra Pak tem digo benefícios que ela oferece.
R- Sim. Nós temos o convênio, de saúde também, a Unimed. Nós temos odontológico também – não para toda família, mas mais para o funcionário. Temos também a Cooperpac, a cooperativa, também. E temos mais coisas, da Tetra Pak.
P1- Vocês, é, ela oferece refeição, oferece... para os funcionários ?
R- É. No dia-a-dia, a pessoa, o funcionário não precisa se preocupar. Se ela está, por exemplo, em turnos, ela tem a refeição naquele, no intervalo daquele turno. E subsequente, o escritório, tudo. Não precisa se locomover, nada. O próprio refeitório é ali mesmo. Temos um clube também, para festas também, para divertimento, essas coisas.
P1- E você citou a Cooperpac. O que efetivamente é a Cooperpac?
R- É uma cooperativa, cooperativa que ela abrange, por exemplo, ajuda do funcionário em relação... Por exemplo, tem época do ano que a pessoa está precisando de um dinheirinho extra. Então ela vai na cooperativa. Essa cooperativa, é descontado da folha de pagamento pouca coisa, que se torna um dinheiro, um montante bom. E esse daí, fica um capital lá, rendendo juros, e a pessoa, o funcionário, usufrui disso aí. Tanto para comprar, porque é coisa, de valor usando a cooperativa.
P1- Então é, é uma ajuda que às vezes vem na hora,
R- É bem necessária, sim. Nossa.
P1- E, com relação, Antônio, às iniciativas ambientais da Tetra Pak. Porque ela é reconhecida, a Tetra Pak, por conta dessas questões que ela tem, dessa preocupação que ela tem com reciclagem, com consumo consciente de toda energia, de água. Fala um pouquinho dessas iniciativas para gente e como essas iniciativas ambientais, elas são aplicadas no dia-a-dia do trabalho.
R- Sim. A Tetra Pak , em si, a própria água que é usada em relação à fábrica, porque nas máquinas vai para resfriamento, tudo essas coisas, em relação a motores, tudo isso. Ela vai das máquinas, volta num depósito lá, que é feito o tratamento dela, para depois, usufruir, soltar, nos rios, tudo. Mas sempre um tratamento, por exemplo, adequado. E também a Tetra Pak, ela faz, sobre reciclagem. Ela faz sempre aperfeiçoamento em relação à reciclagem. Essa reciclagem, em relação, nas cidades grandes, por exemplo, colocada, coletas, coletores de caixinha longa vida, e depois é levado para as fábricas já credenciadas em relação, fazer telhas, revestimento de bastante coisas, por exemplo, faz canetas, réguas bastante coisa. Na, na parte de reciclagem.
P1- E aí, Antônio, essa preocupação, esses ensinamentos, essas questões ambientais que a Tetra Pak coloca no dia-a-dia do funcionário. Você acredita que esses ensinamentos o funcionário também leva para fora do trabalho, essa consciência ambiental também começa a fazer parte da vida do funcionário quando ele está fora dos portões da empresa, ou não?
R- Sim, porque é sempre um aprendizado. A pessoa fica mais dentro da fábrica do que, do que fora, com a família. Então aí a gente vê que quando a gente vai para casa, a casa própria da gente. A gente tem uma mentalidade também de coisas boas de lá de dentro levando para casa. Isso aí é muito bom. Eu moro na chácara, no dia de hoje, até meu pai doou uma igreja, tudo, um terreno para igreja, da região de Campinas [Estado de São Paulo], tudo aí. E nesse meio tempo, a gente trás coisas boas, de evolução também, para vidinha de fora, para fora, também, da fábrica. Porque a gente tem o pensamento mais evoluído. Porque a gente faz cursos, faz treinamentos, tudo, Então a gente, a gente tem um, uma evolução, não fica parado no tempo.
P1- E as iniciativas sociais da Tetra Pak, ela, ela ajuda instituições, ela tem programas que ajuda, instituições ali da região, colabora com a, com a evolução da cidade, da região de Monte Mor?
R- Sim. Então, principalmente o asilo dos velhinhos de Monte Mor, também, as crianças, também. Os funcionários colaboram através de uma, de uma sacolinha que é passada para cada funcionário, também, é colocado presentes, roupas, tudo essas coisas. Tanto agora, a chegada do Natal também. E todas essas coisinhas, em relação a Tetra Pak ajuda. Em relação ao pronto-socorro em Monte Mor também. É, tem bastante, bastante... A gente fica sabendo.
P1- Então na verdade ela tem uma, a Tetra Pak tem uma, um papel bastante ativo na, no crescimento ali da região.
R- No crescimento da cidade, praticamente. Porque a maioria dos funcionários que trabalham na Tetra Pak são ali circundados da Tetra Pak, são montemorenses. Tem bastante de outras cidades, mas são todos, da cidade. E tanto que ela vão fazendo a sua vidinha ali. Em relação à profissão, tudo essas coisas. E trazendo, em si, para sua vida.
P1- E aí, Antônio, voltando um pouquinho, quando você entrou. Queria que você falasse um pouquinho dos presidentes. Porque você pegou muito presidente, desde que você entrou, em 1979, você pegou vários.
R- Sim.
P1- Eu queria que você, os que você lembrar, falasse um pouquinho de como era nessa época, quais eram as, o que marcava mais na época de cada presidente na evolução da Tetra Pak .
R- Sim. Então, no tempo do, do primeiro presidente, que trouxe a Tetra Pak para o Brasil, o Lars-Erik Janson, que foi o primeiro, ele acabou comprando uma chácara perto da, da nossa chácara também, lá, é, chamado Pombal. E daí ele colocou todos os benefícios na chácara, tudo, para ele se locomover se São Paulo para chácara, final de semana, essas coisa, e para vim para, para fábrica, que ele exercia aqui em Monte Mor. E, nesse decorrer do tempo, a gente conhecia ele, bem. E ele ficou, nossa, um bom tempo, depois ele foi transferido para outra Tetra Pak .
P1- E ele era sueco?
R- Sueco.
P1- Mas falava português
R- Sim, sim. E teve, depois, depois eu conheci, teve outro presidente, é, no meio, mas eu não estou lembrado o nome dele. Mas depois o Nelson Findeiss. O Nelson Findeiss foi um marco, praticamente, que ele, um presidente que ficou um bom tempo na Tetra Pak e tudo, e foi criado também na Tetra Pak, de Monte Mor. Ele era, a parte financeira, e depois ele se tornou presidente.
P1- Então... Você lembra dele desde a época que ele não era presidente, então?
R- Justamente. Desde a época que não era presidente.
P1- E o que mudou na época do Nelson Findeiss que você mais... Por exemplo, um marco, a produção aumentou...
R- Nossa, evolução total. É, uma fábrica, abrangendo, tudo de melhor. O presidente não pensava muita, muitas vezes em fazer as coisas que precisava ser feita, então aí que no dia de hoje teve essa evolução total. Tanto que no dia de hoje, nós temos o outro presidente, que veio. E agora é um pensamento já subsequente em relação ao Nelson Findeiss. E a evolução também está sendo tremenda. É, sempre evoluindo.
P1- E a, e quando a fábrica de Monte Mor comemorou 25 anos, teve uma, uma celebração, teve toda uma movimentação em torno disso. Fala um pouquinho dessa época para gente, o que foi feito, o que aconteceu no aniversário de 25 anos...
R- Da Tetra Pak?
P1- Da, da fábrica de Monte Mor.
R- De Monte Mor. Então, teve churrasco, teve as comemorações, teve, a parte festiva, teve a parte comemorativa, em relação da pedra fundamental, teve tudo essas, essas coisas. E, agora, o que mais marcou foi os 50 anos.
P1- Os 50 que aconteceu agora?
R- Os 50 anos que aconteceu agora. Os 50 anos agora é um cinquentenário. É uma história, tremenda, 50 anos!
P1- Meio século.
R- O meu pai fez, fez boda de ouro, de ouro de casado, o meu pai com a minha mãe. Então a gente sabe que 50 anos não é ontem e já é hoje. É uma, uma caminhada tremenda. E sempre foi feita, comemorações, tudo. O que eu estou lembrando bem, foi aos 25 anos meu de Tetra Pak também. Os 25 anos de Tetra Pak foi numa festa de final de ano. Eu tive uma homenagem feita, para mais três pessoas que fizeram junto comigo, e... E foi muito divertido, foi uma coisa, que gravou a gente também, Porque quem não gosta ser homenageado, no dia de hoje. É sinal que está tudo bem, é sinal que, que é de agrado deles também. Tanto que a gente faz o bom e o melhor no dia de hoje para, para ter uma parte positiva também.
P1- E 25 anos é muito tempo também.
R- É, é bastante tempo sim.
P1- E sobre os valores da Tetra Pak, Antônio, quais são os valores que você percebe na empresa?
R- Tanto que tem a política, de valores da Tetra Pak . A ISO, a parte de qualidade, a parte de... A parte de tudo, de, como se diz... (pausa) Deixando os funcionários trabalhar à vontade, e com segurança, higiene, organização e também, com melhoria contínua, sempre... O lema da Tetra Pak é a pessoa trabalhar à vontade, mas saber o que está fazendo.
P2- E a Tetra Pak está fazendo 50 anos agora.
R- Isso.
P2- Você já trabalha há quase 30. Como que você se sente fazendo parte de... tanto tempo junto com a história da empresa. O que você acha que essa empresa representa na sua vida ?
R- Olha, para mim foi um nascimento, um crescimento. E a gente está cada dia mais, por exemplo, ali empenhado a fazer cada vez coisas novas que vêm. E a gente fica até emocionado, porque é bastante tempo. Não é um dia. E a gente deu a vida para, para fábrica. E isso aí significa uma caminhada em relação com vida lá fora da gente também. E a gente se emociona, até, até falando, de tudo ...
P1- Claro.
R- Mas é o crescimento da família, é o desempenho em relação às coisas que a gente tem lá fora. É uma evolução, simplesmente, que a gente vê que a gente não ficou parado no tempo.
P2- E você fez vários amigos lá?
R- Sim. A fábrica quase toda eu conheço, conhece a gente,
P1- E, com relação a histórias. Porque, há tanto tempo dentro, tanto tempo que você faz parte da Tetra Pak, você deve ter ou passado, ou visto ou ouvido histórias engraçadas, casos, coisas que aconteceram. Tem alguma história aí que você possa contar para gente, Antônio, que você se lembre
R- Tem bastante histórias de colegas que nas horas de folga, eles saíam, por exemplo, para fazer, é, fazer churrasquinho tudo junto, tudo essas coisa, churrasco, uma comemoração nas horas de folga, tudo... Eles saía muito para pescar. E muitos vêm, contando história de pescador. (risos) E, e tem bastante história de pescador, que eu marquei. Uma pessoa chegou e falou : “É, eu peguei um peixe lá, eu, nossa, pesava quase 30 kg”. Outro, outro então, que é pescador também, chegou e falou: “Mas, espera um pouquinho. Eu peguei um lá que, nossa, olha, pesava mais do que 30 kg”. E depois um, um queria falar mais que o outro, não é. Nesse meio tempo, um falou: “Olha, você, você apaga a sua lamparina” – porque era de noite - “você apaga essa lamparina, que eu abaixo o peso do quilo, do peixe”. (risos) Como se diz, os dois estava mentindo, então... (risos)
P1- E, Antônio, na sua opinião, qual que é a importância da Tetra Pak , primeiro para evolução de Monte Mor, qual foi o peso da Tetra Pak ter ido para Monte Mor com relação à cidade?
R- Em relação à cidade, foi um benefício grande, para cidade. Porque ela teve uma evolução, de ajuda, em si, em relação, hospital, de Monte Mor, também, que era bem, bem, precário, no dia de hoje eles já têm vários equipamentos que a Tetra Pak, (em si), apesar que todas as fábricas da redondeza estão ajudando, também, mas a Tetra Pak, todo o tempo ela ajuda o hospital, o lar dos velhinho também, a parte também de ensino, também. E muitas outras coisas, que a Tetra Pak faz... Ela dá a mão, só que não mostra, o que ela está fazendo.
P1- E dentro do panorama da indústria brasileira, qual a importância da Tetra Pak, na sua opinião
R- É tudo. Porque, pensa bem, no tempo bem antigo, você tomava um leite, por exemplo, tirado da vaca, por exemplo, sem higiene, sem nada, não tinha. No dia de hoje você tem uma embalagem longa vida, que ela é, é pasteurizado esse leite, tratado, uma embalagem asséptica, que, através disso aí, a gente toma de gosto, a gente... E também a gente pode guardar fora da geladeira, que é uma coisa tremenda. Para os sucos, massas, essas coisa, isso aí é tremendo. Eu acho, que é uma evolução, para o nosso Brasil, em relação ao crescimento, essas coisa, é tremenda. Isso aí teve uma evolução, nos mercado, na vida nossa, no dia-a-dia, muito mais prático, em relação ao que está acontecendo. Porque hoje você pega, você abre uma caixinha de leite, você já põe no copo, lá, nem precisa ferver, nada, você toma, você saiu do seu trabalho, você vai, já sabe que tá, que faz bem de tomar. Que, no tempo antigo não, no tempo antigo era vendido, por exemplo, o leite cru, que era em tambores, tudo essas coisa. Então, nisso daí, em parte de bactérias, tudo, tudo essas coisa, não tem, não tem vírus, nada dessas coisa. E, como que a gente sabia, no tempo antigo, em relação àquelas máquinas, que era tirado, leite, por exemplo, falando em leite, tirado esse leite, colocado em tambores, depois levar direto, para as casas, dos consumidores, que somos nós, como que ele sabia que a gente estava, se a gente estava tomando uma coisa boa, uma coisa prática, uma coisa. No dia de hoje não, no dia de hoje, no dia de hoje a gente sabe o que a gente, que a gente usufrui de coisas boas. Um copo de leite é um copo de leite, não é um copo de outras coisas.
P1- É. E como você acha que os consumidores vêem, hoje, os produtos que são comercializados na embalagem Tetra, na embalagem da Tetra Pak.
R- Eu, na minha visão, eu creio que, que eles têm uma boa, uma, uma boa visão em relação às embalagens Tetra Pak. Porque é bastante consumida, em relação... A gente sabe que um ano a gente consegue 7 bilhões de embalagem, no outro ano a gente consegue oito, nove. Então aí sempre vai indo para frente.
P1- É porque as pessoas estão consumindo,
R- Estão consumindo cada vez mais.
P1- Cada vez mais.
R- Cada vez mais.
P1- E, desse, 50 anos, de Brasil que a Tetra Pak tem, você acompanhou desde 1979, o que já é uma boa parte dessa caminhada.
R- Uma boa parte mesmo.
P1- Que você destacaria da história da Tetra Pak no Brasil Como um momento importante...
R- É. O momento não importante, por exemplo, tem também, mas tem os momentos importante, que é os momento de organização e evolução, esse aí são os momento... Fábricas de máquinas, de envase também, na própria Tetra Pak Monte Mor , e também os técnicos, que viaja para os laticínios. Olha, isso aí é, é muito, é muito bom saber que, nossa, uma evolução tremenda. Tanto que, no mundo inteiro, na Suécia que é a sede, a Tetra Pak é enorme, tremenda, abrange todas essas, as filhinhas, que são as circundadas no mundo. Que é Tetra Pak Monte Mor, no México, e vai.
P1- E Antônio, em comemoração a esses 50 anos de Brasil, a Tetra Pak , ela tá, ela está desenvolvendo o Projeto Memória 50 Anos Tetra Pak .
R- Sim.
P1- Que você já conhece. E que é o responsável por esses depoimentos, aquela coleta de material para contar a história da empresa, qual a importância desse projeto, na sua opinião, de contar a história da empresa
R- Olha só, a gente se vai desse mundo e não deixa, nada, por exemplo, registrado, nada, do que a gente fez, para outros que vêm. Isso aí é muito importante. Esse projeto é uma coisa, que vai ser, daqui anos, séculos e tudo lá, vai ser mostrado para pessoas, para as outras pessoas, até pode ser da família da gente, funcionários, e tudo. E isso aí é uma satisfação para gente, que é uma sementinha que a gente está deixando. Eu penso, que é muito valioso, muito valioso mesmo. A memória em si, dos tempos atrás, a gente tem, a gente valoriza muito nos dias de hoje, da vida da gente. E tanto nisso daí também, no trabalho, a gente vai, vai ter uma, um orgulho, em relação a isso aí.
P1- Com certeza.
R- Com certeza mesmo.
P1- E o slogan da Tetra Pak é “Protege o que é bom”. Você já sabe disso há muito tempo. (risos)
R- É “Protege o que é bom”.
P1- Mas eu quero que você diga, Antônio, o que é bom para você.
R- Bom para mim é você, você pegar e tomar um copo de leite, vendo que a sua família está tomando também, e tudo lá, não faz mal. Bom para mim é você usufruir das coisas que a embalagem, que é, colocaram dentro da embalagem, como a Tetra Pak , e você não ter problemas. A gente não se vê, por exemplo, pessoas, reclamando em relação “Tomei aquele produto, fez mal para mim”, “Eu fiz isso, nossa, olha só...”. A gente não vê isso aí. Então, e isso é bom para gente, e isso aí é um slogan bom, “protege o que é bom”. E protege mesmo, porque do jeito que você pegou lá o produto lá, leite, e colocou na embalagem, você sabe que você vai tomar o produto leite da categoria que vem, da própria fábrica mesmo, mas não tem outras influências de bactérias, essas coisas, é, no meio do caminho. A gente sabe que protege mesmo, então. A gente fica, a gente gosta disso aí. Por que é a vida da gente, é a decorrência do dia-a-dia da gente. Se a gente tem uma coisa de bom paladar para gente, a gente tem uma vida boa.
P1- E, a gente tá chegando no final da entrevista, Antônio, eu queria saber se tem alguma, algum assunto que a gente talvez não tenha te perguntado, algum assunto que não tenha sido abordado e que você gostaria de, de falar.
R- Sim. Então, eu... Eu sou filho do Luiz Gonçalves de Medeiros, Lenira Fernandes de Medeiros. Sempre, a gente se emociona até, eles quiseram, eles quiseram fazer uma, uma devoção em relação à religião nossa. E sempre eles quiseram fazer uma capelinha na chácara. E, nesse, nesse decorrer dos tempos, a gente formou-se uma comunidade e o, o meu pai, ele doou um terreno para Cúria Metropolitana de Campinas e se formou... Nossa (pausa – emocionado, chorando)... É, se formou uma igreja, sabe. A Igreja Nossa Senhora das Graças. E... (pausa, alguém oferece algo impossível de ouvir) É, seria bom, para um pouquinho, depois...
[Pausa]
P1- Aí foi construída uma igreja para Nossa Senhora das Graças.
R- Isso, meu pai fez essa doação, do terreno, tudo, para Cúria Metropolitana de Campinas, e nós tivemos então a padroeira, sabe, que circunda, a Padroeira Nossa Senhora do Patrocínio, circunda as outras igrejas, que depois se fundou a nossa, a Igreja da Nossa Senhora das Graças.
P1- Que é a da, da chácara lá, que seu...
R- Essa é a da chácara, que já está feita a igreja, terminou, tudo, foi inaugurada em 1996, e também, é, visitada, nossa, por muitas pessoas, das vizinhanças, as cidades vizinhas tudo, que vêm, vêm fazer a visita e seus pedidos, nessa igreja, Nossa Senhora das Graças.
P1- E missas são celebradas nessa igreja.
R- Temos, é, uma missa por mês e todo final de semana nós temos celebrações da palavra. E também, muitos milagres aconteceu, muitos pedidos, que a gente viu, que a gente conheceu e que estava circundado em relação à igreja, e pessoas de longe também, que fez uma, os pedidos e conseguiu a graça. Então, e Nossa Senhora das Graças, ela é muito poderosa. Ela, dizem uma coisa, bem clara, ela está derramando as graças para quem precisa. Isso aí a gente até emociona, no falar, tudo, porque a gente como filho de uma pessoa que nem o Luiz Gonçalves, lá, que é meu pai, ele, eles começaram tudo isso. Então, e a gente, é um outro lado da vida da gente que a gente estima também.
P1- E dá continuidade.
R- Está no dia-a-dia.
P1- E, Antônio, você gostaria de deixar algum recado para, para Tetra Pak , para os seus colegas da Tetra Pak e para, para os futuros colegas que você ainda virá a ter no futuro ?
R- Principalmente, a gente tem que acreditar e sonhar, com o futuro. Porque as coisas vêm no dia-a-dia, e essas coisas, vão surgindo se a pessoa tem, aquele persistência do que está fazendo. É isso que eu digo, que, que a gente teve essa persistência, e a gente gosta do, dos amigos, das pessoas que estão circundado junto, junto da gente, do, no dia de hoje e no dia que já se foi também, no dia de ontem. Porque nós tivemos bastante, bastante pessoas que já passaram por nós, que, até a pessoa que fez a entrevista comigo também, é, sábado passado faleceu, o Raven. E, a, a gente, a gente vê que, que é uma passagem que várias pessoas já, já se foram também, e várias pessoas está... E essas pessoas que está vindo no dia de hoje, ter persistência e acreditar, porque coisas boas vêm, é isso que eu, eu passo.
P1- E, só uma curiosidade, qual o seu número de funcionário
R- 0094.
P1- Você é o funcionário 94 de Monte Mor, então você tá entre os 100 primeiros de Monte Mor, daqui.
R- Nos dias de hoje, o 0094, esse registro, ele, ele não, dos 94, só ficou o Benny, o Benny Heide, o número 1, o Renato Eyng, o Herculano e eu, agora. Eu sou o quarto funcionário.
P1- Então você é o quarto funcionário mais antigo da empresa, da fábrica.
R- O quarto mais antigo da fábrica e de Monte Mor .
P1- Nossa. E para finalizar, Antônio, eu queria que você falasse para gente o que você achou de dar esse seu depoimento para o projeto.
R- Não, é bom, porque fica, é que nem uma sementinha que vai nascer, não agora, mas para frente. Alguns, por exemplo, vai dar valor, muito, pelas, pelas coisas que estão acontecendo no dia de hoje em relação ao aperfeiçoamento em relação a derivados, que é embalado nas caixinhas. E no decorrer da vida, no dia-a-dia da pessoa. E eu gostei muito porque isso aí, mais para frente, vai ter as suas evoluções, mas ao mesmo tempo, a gente teve a parte da evolução, que está tendo no dia de hoje. Então isso aí fica como uma lembrança, para futuras pessoas e, tanto funcionários, essas pessoas que, da família, que, que queiram saber quem que é a pessoa que passou nesse tempo.
P1- É isso, Antônio. Nós, do Museu da Pessoa, e a Tetra Pak agradecemos a sua presença e o seu depoimento.
R- É, eu agradeço também vocês, viu.
[Fim da Entrevista]
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