Eu gostava de ir à escola porque adorava as professoras. Eu lembro muito o sol e do verde. Eu ficava muito nos ambientes externos da escola. Eu não lembro eu estar muito dentro da sala. E quando estava dentro da sala, sempre tinha alguma coisa legal para fazer. Então, tirando as vezes que a gente inventava de cortar cabelo dos colegas, ou cortarem o nosso, escondido debaixo da mesa, mas era tudo muito gostoso. Eu lembro muito da harmonia, me lembro das festas juninas que a gente dançava. Eu gostava de dançar, era muito alegre. Então era muito vivo, muita alegria.
Aí eu fui estudar no Frederico (escola) e fiquei lá da primeira à oitava série na época, o tempo todo lá. Também gostava muito. Já tinha bastante regras, mas eu nunca tive muito problema quanto a regras. Eu sempre fui muito assim, até pacata. Até estava lembrando outro dia de uma história que eu tinha uma amiguinha no primeiro ano, acho que a Anita era a professora. Eu adorava a professora Anita e acho que eu só lembro o nome dela e de outra professora. Acontecia que normalmente uns coleguinhas meus ficavam na sala de aula, porque não terminavam a lição, e eles não iam para o intervalo, pois ficavam no intervalo fazendo lição. E eu um dia falei assim: “Bom, eu vou errar, porque eu fico aqui com eles”. Poxa! Mas a professora me deu uma bronca, mas uma bronca! Eu fiquei de castigo aquele dia, mas também nunca mais errei de propósito.
Mas eu me lembro de outro nome de professora, Cássia, uma professora de Ciência, mas acho que já era terceiro ano. Essa professora trabalhava com aqueles cadernos de 200 folhas pequenos. Este caderno era cheio de questões que a gente tinha que copiar. Eu odiava. E a prova, a gente tinha que decorar aquilo tudo. Eu odiava aquilo. E eu tinha uma professora de Artes que era maravilhosa. Quando eu estava na oitava série, a professora Noemi, de Matemática fez uma coisa incrível. A gente estava estudando para entrar na Etec. Eu e...
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Eu gostava de ir à escola porque adorava as professoras. Eu lembro muito o sol e do verde. Eu ficava muito nos ambientes externos da escola. Eu não lembro eu estar muito dentro da sala. E quando estava dentro da sala, sempre tinha alguma coisa legal para fazer. Então, tirando as vezes que a gente inventava de cortar cabelo dos colegas, ou cortarem o nosso, escondido debaixo da mesa, mas era tudo muito gostoso. Eu lembro muito da harmonia, me lembro das festas juninas que a gente dançava. Eu gostava de dançar, era muito alegre. Então era muito vivo, muita alegria.
Aí eu fui estudar no Frederico (escola) e fiquei lá da primeira à oitava série na época, o tempo todo lá. Também gostava muito. Já tinha bastante regras, mas eu nunca tive muito problema quanto a regras. Eu sempre fui muito assim, até pacata. Até estava lembrando outro dia de uma história que eu tinha uma amiguinha no primeiro ano, acho que a Anita era a professora. Eu adorava a professora Anita e acho que eu só lembro o nome dela e de outra professora. Acontecia que normalmente uns coleguinhas meus ficavam na sala de aula, porque não terminavam a lição, e eles não iam para o intervalo, pois ficavam no intervalo fazendo lição. E eu um dia falei assim: “Bom, eu vou errar, porque eu fico aqui com eles”. Poxa! Mas a professora me deu uma bronca, mas uma bronca! Eu fiquei de castigo aquele dia, mas também nunca mais errei de propósito.
Mas eu me lembro de outro nome de professora, Cássia, uma professora de Ciência, mas acho que já era terceiro ano. Essa professora trabalhava com aqueles cadernos de 200 folhas pequenos. Este caderno era cheio de questões que a gente tinha que copiar. Eu odiava. E a prova, a gente tinha que decorar aquilo tudo. Eu odiava aquilo. E eu tinha uma professora de Artes que era maravilhosa. Quando eu estava na oitava série, a professora Noemi, de Matemática fez uma coisa incrível. A gente estava estudando para entrar na Etec. Eu e mais algumas amigas. Meu tio tinha um terreno vizinho e estava construindo. Tinha um cômodo em obras. E a gente conversando com essa professora Noemi, ela falou assim: “Se vocês quiserem, eu dou aula para vocês”. Eu falei: “Mas vai dar onde?”. Daí eu tive a ideia: vou perguntar para o meu tio se a gente pode ir àquele lugar, àquela obra. Era uma obra. A gente pegou dois cavaletes, colocou umas tábuas, deu o endereço para a professora e a professora foi! Ela deu aula meses para a gente fora do horário dela, e a gente foi muito bem na prova, tudo, graças a professora Noemi.
Éramos quatro amigas, e umas pessoas que às vezes queriam ir às aulas no meio da obra. Eu queria muito encontrar essa professora na minha vida para agradecer. Porque eu acho que na época eu não tinha o discernimento do que era aquilo, o que ela fez. Gente, ela não cobrou nada, era o tempo livre dela e ela foi ajudar a gente. Assim, maravilhosa! Ela era séria e muito legal. Era época de ditadura, depois eu fui entender porque eu tinha tanto que decorar tanta coisa, principalmente de Geografia e História. Mas lembro que eu ia estudar de avental, avental branco...
Erika Doniani Dias, professora, nascida em Nova Aliança (SP), em 3 de maio de 1967.
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