Trabalho nos Correios desde 1986, e durante 12 (doze anos) trabalhei como carteiro, onde vivi varias experiências com os clientes, que resultaram em boas histórias, mas vou destacar três momentos dos quais considero importantes ou engraçados.
Um momento engraçado, foi quando num dia chuvoso eu estava preocupado em dar conta de entregar todas as correspondências sobre minha responsabilidade, quando de repente parou um carro perto de mim e um homem me perguntou:
- Carteiro quanto custa para colocar uma carta nos Correios?
Eu lhe respondi o valor de uma carta simples esperando que ele fosse me pedir mais informações, mas ele me fez a seguinte pergunta:
- E o baralho todo?
Depois disso acelerou o carro e se foi.
Outra situação um tanto embaraçosa foi o vivido com um cliente que tinha uma loja no 2º andar onde o acesso era difícil devido a escada ser estreita e em forma de caracol. Por várias vezes eu havia solicitado à proprietária a instalação de uma caixa receptora, e ela sempre me prometia que iria efetuar a instalação mas não cumpria, tanto que eu já havia até desistido de cobrar. Um dia próximo do natal ao efetuar a entrega e enquanto ela assinava os recibos, fez o seguinte comentário:
- É carteiro, o fim do ano está chegando!
E eu respondi:
- É verdade, e minha caixinha nada!
E ela me disse:
- Mas pode ficar tranquilo que vou comprar seu presente.
Confesso que fiquei um pouco sem jeito, mas expliquei que a caixinha que me referia era a caixa receptora.
Agora a historia que me fez refletir o quanto devemos ser paciente com as pessoas. Era um dia bastante carregado de serviço, e como era e continua sendo os carteiros chamam no interfone e quando o cliente atende espera ser atendido rapidamente, para dar continuidade ao seu trabalho. No entanto, neste dia toquei o interfone de um apartamento que ficava no quarto andar, a senhora atendeu e disse que já estava descendo. Aguardei por alguns minutos, mas logo comecei a...
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Trabalho nos Correios desde 1986, e durante 12 (doze anos) trabalhei como carteiro, onde vivi varias experiências com os clientes, que resultaram em boas histórias, mas vou destacar três momentos dos quais considero importantes ou engraçados.
Um momento engraçado, foi quando num dia chuvoso eu estava preocupado em dar conta de entregar todas as correspondências sobre minha responsabilidade, quando de repente parou um carro perto de mim e um homem me perguntou:
- Carteiro quanto custa para colocar uma carta nos Correios?
Eu lhe respondi o valor de uma carta simples esperando que ele fosse me pedir mais informações, mas ele me fez a seguinte pergunta:
- E o baralho todo?
Depois disso acelerou o carro e se foi.
Outra situação um tanto embaraçosa foi o vivido com um cliente que tinha uma loja no 2º andar onde o acesso era difícil devido a escada ser estreita e em forma de caracol. Por várias vezes eu havia solicitado à proprietária a instalação de uma caixa receptora, e ela sempre me prometia que iria efetuar a instalação mas não cumpria, tanto que eu já havia até desistido de cobrar. Um dia próximo do natal ao efetuar a entrega e enquanto ela assinava os recibos, fez o seguinte comentário:
- É carteiro, o fim do ano está chegando!
E eu respondi:
- É verdade, e minha caixinha nada!
E ela me disse:
- Mas pode ficar tranquilo que vou comprar seu presente.
Confesso que fiquei um pouco sem jeito, mas expliquei que a caixinha que me referia era a caixa receptora.
Agora a historia que me fez refletir o quanto devemos ser paciente com as pessoas. Era um dia bastante carregado de serviço, e como era e continua sendo os carteiros chamam no interfone e quando o cliente atende espera ser atendido rapidamente, para dar continuidade ao seu trabalho. No entanto, neste dia toquei o interfone de um apartamento que ficava no quarto andar, a senhora atendeu e disse que já estava descendo. Aguardei por alguns minutos, mas logo comecei a ficar impaciente e toquei o interfone novamente e a senhora atendeu mais uma vez e pediu que aguardasse mais um pouquinho pois já iria descer, aguardei mas a irritação já aumentava junto com a demora daquela senhora. Quando de repente a porta do prédio se abriu e ela disse:
- Desculpe-me pela demora, mas estava passando um cafe e resolvi lhe trazer um pouco. Aceita?
O que responder diante disso? O tempo que levei para tomar o café talvez tenha sido maior do que o tempo que esperei por aquela senhora, mas com certeza foi com muito prazer, pois me serviu de lição.
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