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Meu refúgio

Esta história contém:

Meu refúgio

O apartamento em que eu moro, há quase nove anos, é grande, espaçoso, agradável e aconchegante. Vim morar aqui após o divórcio, em pleno luto pelo fim do casamento. Por isso, esse apartamento tem um significado muito grande para mim, faz parte das decisões tomadas, com o objetivo de reorganizar minha vida. Os espaços foram pensados tendo em vista essa nova organização e as pessoas que passariam a fazer parte do meu cotidiano. Um quarto para mim, um para minha mãe - que passou a morar comigo -, outro para meu irmão e um de seus filhos - que passaram um tempo conosco. De todos os espaços, o que mais me agradou, desde o início, foi a cozinha - enorme! Nela promovi almoços, lanches e festas de família. Todo domingo eu chamava, para o almoço, a família toda - irmãos, cunhado, cunhadas e sobrinhos -, encontros que foram sendo raleados, e, por fim, interrompidos pela pandemia do coronavírus. Na cozinha aconteceu também, há dois anos, o jantar de noivado da minha sobrinha mais velha (filha do meu coração). Atualmente, moramos eu, minha mãe e uma irmã (mãe da filha do meu coração). Com elas tenho vivido a maior parte do isolamento imposto pela pandemia, partilho com elas boas risadas, alegrias e tristezas. É na cozinha, no preparo das refeições, que passo boa parte dos meus dias. Apesar do esvaziamento decorrente do isolamento, me sinto bem nesse espaço, amo servir as refeições, saborear e ver minhas parceiras de isolamento, saboreando as comidinhas que faço. Sempre que penso na simplicidade, e, ao mesmo tempo, conforto da minha moradia, me sinto privilegiada! É como se eu fosse abraçada pela chance de me preservar da crueldade do coronavírus. Sofro diariamente pelas vidas roubadas pela covid19, e, mesmo estando supostamente segura em meu apartamento, sei que parte de mim se perde, morre, pois, parte da humanidade, morre!

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