Mercedes Sosa foi uma cantora argentina de muita referência no Brasil. Nasceu o 9 de julho de 1935, logo após o início da primeira ditadura militar argentina (1930),em Tucumán. Era filha de Dona Ema, lavadora de roupas, e de Ernesto, trabalhador da “cana”. Cresceu em uma família humilde, junto com três irmãos. Na família era chamada Marta, entre os amigos e músicos era conhecida como “La Negra”, e o público colocou-lhe o nome de “A vos latino-americana”.
Desde muito pequena, cantava em atividades da escola, em velórios, em celebrações e sempre que pudesse cantar. Com 12 anos, se apresentou em um concurso na rádio da cidade, no momento em que seus pais estavam em Buenos Aires. Toma para si o apelido de Gladys de Osorio para não ser reconhecida por seus pais, pois eles não aceitavam sua vocação musical. Finalmente ganha o concurso e assina seu primeiro contrato como profissional da música. Com dezesseis anos, trabalhou como professora de danças folclóricas e canto.
Mercedes Sosa sempre interpretou canções da sua terra, de seu povo, das vozes das pessoas que relataram as realidades dos trabalhadores e trabalhadoras, da pobreza, da liberdade, da paz. Em 1975, o governo ditatorial, Aliança Anticomunista Argentina (foi conhecida como Triple A), gerou listas de artistas proibidos, alvos de censura. Essas listas denominaram-se “listas negras”, em cuja descrição, o governou proibiu a 367 artistas de se apresentarem. Mercedes recebeu várias ameaças de morte da Triple A, em diversas oportunidades durante dois anos. Esse fato lhe impediu trabalhar nos rádios. No entanto, conseguiu continuar com as suas apresentações. Mesmo continuando com seus trabalhos e o carinho do público, ela foi levada à prisão subitamente, na frente do seu público e de seu filho, no meio de um recital. Essa situação de perseguição lhe deixou uma marca, de tal forma que decidiu se exiliar junto com sua família em Paris, no ano de 1978.Foi no...
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Mercedes Sosa foi uma cantora argentina de muita referência no Brasil. Nasceu o 9 de julho de 1935, logo após o início da primeira ditadura militar argentina (1930),em Tucumán. Era filha de Dona Ema, lavadora de roupas, e de Ernesto, trabalhador da “cana”. Cresceu em uma família humilde, junto com três irmãos. Na família era chamada Marta, entre os amigos e músicos era conhecida como “La Negra”, e o público colocou-lhe o nome de “A vos latino-americana”.
Desde muito pequena, cantava em atividades da escola, em velórios, em celebrações e sempre que pudesse cantar. Com 12 anos, se apresentou em um concurso na rádio da cidade, no momento em que seus pais estavam em Buenos Aires. Toma para si o apelido de Gladys de Osorio para não ser reconhecida por seus pais, pois eles não aceitavam sua vocação musical. Finalmente ganha o concurso e assina seu primeiro contrato como profissional da música. Com dezesseis anos, trabalhou como professora de danças folclóricas e canto.
Mercedes Sosa sempre interpretou canções da sua terra, de seu povo, das vozes das pessoas que relataram as realidades dos trabalhadores e trabalhadoras, da pobreza, da liberdade, da paz. Em 1975, o governo ditatorial, Aliança Anticomunista Argentina (foi conhecida como Triple A), gerou listas de artistas proibidos, alvos de censura. Essas listas denominaram-se “listas negras”, em cuja descrição, o governou proibiu a 367 artistas de se apresentarem. Mercedes recebeu várias ameaças de morte da Triple A, em diversas oportunidades durante dois anos. Esse fato lhe impediu trabalhar nos rádios. No entanto, conseguiu continuar com as suas apresentações. Mesmo continuando com seus trabalhos e o carinho do público, ela foi levada à prisão subitamente, na frente do seu público e de seu filho, no meio de um recital. Essa situação de perseguição lhe deixou uma marca, de tal forma que decidiu se exiliar junto com sua família em Paris, no ano de 1978.Foi no exílio que deve modificar seus arranjos para manter uma comunicação com o público que não falava o espanhol. Apesar de ter sido sucesso na Europa, o sentimento no exílio lhe deixou uma profunda tristeza.
Em 1981 foi convidada por Fagner para cantar no Brasil. A partir desse momento viu a possibilidade de voltar para Argentina e, em 1982, ainda com a ditadura militar, voltou para o país. Na volta da democracia, trabalhou com artistas do rock latino-americano, criando a sua última obra \\\"Cantora\\\".
Morreu no dia 4 de outubro de 2009.
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