Carlos Roberto, que trabalhou no garimpo e hoje é dono de um comércio, contou que seus filhos tinham de atravessar o Rio Tapajós para estudar na cidade de Itaituba, e o único meio de transporte que existia de forma gratuita era a balsa. Não existiam lanchas nem voadeiras como hoje. Quando os alunos e as alunas perdiam o horário da balsa, os pais pagavam um barco para eles conseguirem chegar à escola. No Tapajós, seus filhos passaram por momentos difíceis, pois, quando havia temporais, eles se molhavam muito, já que a balsa não tinha nenhuma proteção contra chuva. Seu Carlos também disse que, hoje, muitas coisas melhoraram na travessia do rio, mas isso ainda não é suficiente, pois Miritituba não tem faculdades e muitas pessoas ainda necessitam realizar a travessia todos os dias, por isso seria muito bom se uma ponte fosse construída. Carlos Roberto nasceu em 15 de setembro de 1955. É morador do distrito de Miritituba (PA), casado e tem 3 filhos.