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Personagem: Marinalva José Brito
Por: Josilene Campos de Oliveira, 12 de novembro de 2021

Memórias de Nalva Nalvinha

Esta história contém:

Memórias de Nalva Nalvinha

Éramos uma família de oito pessoas: pai, mãe e seis filhos. Morávamos em uma casa muito simples, em um sítio, que se chamava Guandus, município de Belo Jardim, Pernambuco. Em um dia do mês, meus pais faziam pamonhas caseiras. Éramos todos ainda muito pequenos. Em um canto da cozinha, várias espigas de milho verde e muitas palhas espalhadas pelo chão. Brincávamos muito fazíamos, bonecas e bonecos com palhas de milho, era muito divertido. Vozes se ouviam. Um dizia: “quero doce”, outro: “quero salgada” e outros: “quero com queijo”!! Em seguida ouvíamos uma voz suave e serena. Era a mamãe que dizia: “Calma, meus amores. Terão pamonhas para todos, do jeitinho que vocês gostam! ”. Era uma voz carinhosa e especial. Sinto muitas saudades desse tempo, por isso gosto de relembrar. Jamais vou esquecer, pois o amor que eles tinham por nós era muito grande.

Em outro canto da cozinha, havia um fogão à lenha e, em cima, uma grande panela de barro e uma chaleira para fazer o café. Conforme iam colocando as pamonhas na panela, o cheiro se espalhava por todos os cantos da casa. Que delícia! Ao entardecer, meu pai minha mãe e os seis pequenos sentávamos à mesa muito grande, com bancos de madeira, para comermos as pamonhas. Lembro-me como se fosse hoje, em cima da mesa uma bacia cheia de pamonhas, um prato com queijo e um bule de café fresquinho. Que cheirinho gostoso! Éramos, simples, mas muito felizes. Memórias que jamais serão esquecidas. Eles partiram, mas com a simplicidade e o amor que tinham por nós, ensinou-nos que podemos ser felizes com as coisas simples. O que vale é fazer com amor. Quando eu já estava com trinta anos, comecei a trabalhar com derivados de milho verde. Trabalhei, dei emprego para várias pessoas da minha família. Foi maravilhoso reviver tudo isso. Momentos preciosos que ficarão para sempre em minha memória.

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