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Cresci em Mauá, SP.Saí de lá após meu casamento. É incrível como a gente se apega aos lugares de nossa criação, principalmente da infância. Mauá não é um lugar muito bonito, nem muito desenvolvido. Sempre foi o patinho feio do ABC paulista. Mas não gosto de ouvir críticas negativas ou irônicas em relação à cidade. Foi lá que eu vivi as melhores fases da vida da gente: infância e adolescência. Rua América do Norte, 350, Parque das Américas. Sempre na mesma casa e no mesmo quarto que eu dividia com mais dois irmãos. Uma casa boa, espaçosa, com quintais por todos os lados... Cuidada e zelada pela minha mãe. As paredes que foram cúmplices de 23 anos de minha vida hoje abrigam outra família - não sei qual. Mas é estranho pensar assim. A memória da gente registra os locais, as pessoas, as situações como se fossem só nossa; e fica difícil aceitar que outras pessoas usufruam das mesmas coisas tão íntimas e importantes para gente. É a vida e seu ciclo - é muito verdade que os bens materiais nunca vêm com a gente; transformam-se em dinheiro, mas eles ficam lá, no mesmo lugar de sempre e dentro do nosso coração.

Ficam os barulhos, as brincadeiras, as correrias minhas e de meu irmão mais novo, Sérgio, pelos corredores e pelos quintais; ficam os momentos em família, os fins de semana com a casa cheia de gente, falando, rindo, comendo... Foi nesse ambiente que me criei, com gente, com calor humano, tendo o suficiente para a vida, sem exageros ou mordomias.

Juntar os brinquedos e ir para o quintal brincar com o Sérgio ou com os primos aos fins de semana era muuuuito especial para mim. Em outras ocasiões, eu gostava de me isolar um pouco - pensando bem, sempre gostei de ficar um pouco só por alguns instantes. Ia para o quintal dos fundos de casa, subia no muro e tentava imaginar o que havia além do horizonte que meus olhos podiam vislumbrar... Que pessoas, que paisagens, que histórias. À noite, eu olhava para as luzes mais...

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