A Maria que vou falar nasceu em 11 de julho de 1937 numa vila na zona rural de rio branco, ela perdeu o pai na infância e não demorou muito para sua mãe casar novamente, no lugar onde eles viviam viúvos não deviam passar muito tempo solteiros para os filhos terem sempre exemplos maternos e paternos em casa, em pouco tempo apresentaram-na outro viúvo e eles acabaram se casando. Sua mãe não queria que ela aprendesse a ler ou escrever pois para ela não era coisa de mulher direita mas seu padrasto ensinou ela mesmo assim, por volta de seus 10/11 anos, pois para ele a educação deveria ser dada a meninos e meninas sem distinção, ao completar 12 anos sua mãe achou que era hora dela se casar e seu primo disse estar interessado, falou estar apaixonado por ela e como queria que ela fosse sua esposa para a tia que prontamente o aceitou como genro, mas Maria não queria esse casamento e chorava muito por isso. Ela então bolou um plano para cancelar o casamento sem que sua mãe soubesse, pois tinha muito medo dela, ela então pediu ao seu irmão que conversasse com o noivo, cancelasse o casamento e explicasse a ele que ela não queria essa união, mas que ele não contasse a ninguém que isso veio dela muito menos a sua mãe pois tinha medo do que ela pudesse fazer, ele aceitou, desistiu do casamento, falou a tia que não queria mais casar com sua filha e se afastou, a mãe de Maria se enfureceu e disse ter certeza que foi culpa dela e deu o ultimato, o próximo homem que pedisse sua mão a ela seria seu marido, não importava quem fosse ou como fosse e disse a ela que se quisesse escolher o marido que procurasse logo, pois depois talvez não tivesse escolha. Ela ficou muito assustada e odiou a ideia ela não queria casar tão cedo e pior ainda com um homem que não conhecesse, tempos depois ela arrumou alguns pretendentes e um deles quis conhecer sua mãe, ela o enrolou o máximo que pode pois ela não queria casar pois era muito nova, mas quando ela tinha 14...
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A Maria que vou falar nasceu em 11 de julho de 1937 numa vila na zona rural de rio branco, ela perdeu o pai na infância e não demorou muito para sua mãe casar novamente, no lugar onde eles viviam viúvos não deviam passar muito tempo solteiros para os filhos terem sempre exemplos maternos e paternos em casa, em pouco tempo apresentaram-na outro viúvo e eles acabaram se casando. Sua mãe não queria que ela aprendesse a ler ou escrever pois para ela não era coisa de mulher direita mas seu padrasto ensinou ela mesmo assim, por volta de seus 10/11 anos, pois para ele a educação deveria ser dada a meninos e meninas sem distinção, ao completar 12 anos sua mãe achou que era hora dela se casar e seu primo disse estar interessado, falou estar apaixonado por ela e como queria que ela fosse sua esposa para a tia que prontamente o aceitou como genro, mas Maria não queria esse casamento e chorava muito por isso. Ela então bolou um plano para cancelar o casamento sem que sua mãe soubesse, pois tinha muito medo dela, ela então pediu ao seu irmão que conversasse com o noivo, cancelasse o casamento e explicasse a ele que ela não queria essa união, mas que ele não contasse a ninguém que isso veio dela muito menos a sua mãe pois tinha medo do que ela pudesse fazer, ele aceitou, desistiu do casamento, falou a tia que não queria mais casar com sua filha e se afastou, a mãe de Maria se enfureceu e disse ter certeza que foi culpa dela e deu o ultimato, o próximo homem que pedisse sua mão a ela seria seu marido, não importava quem fosse ou como fosse e disse a ela que se quisesse escolher o marido que procurasse logo, pois depois talvez não tivesse escolha. Ela ficou muito assustada e odiou a ideia ela não queria casar tão cedo e pior ainda com um homem que não conhecesse, tempos depois ela arrumou alguns pretendentes e um deles quis conhecer sua mãe, ela o enrolou o máximo que pode pois ela não queria casar pois era muito nova, mas quando ela tinha 14 anos ele foi em sua casa e pediu a sua mãe para casar com ela. Ela não foi feliz em seu casamento teve com ele 7 filhos, ele a abandonava sozinha para vadiar, a maltratava e a traía, paquerava suas cunhadas na frente dela e ainda lhe dizia que se ela o deixasse iria passar fome com as crianças e homem nenhum iria olhar para ela com aquela penca de filhos. Um dia ela não aguentou mais essa vida e fugiu com os 6 filhos e grávida do último, na cidade ela trabalhou muito, lavava roupa pra fora, vendia salgados, atuou como diarista tudo isso pra trazer o pão pra casa e sustentar os filhos, mesmo assim eles passaram muita fome e na busca por melhorar de vida ela casou novamente. Esse novo marido trouxe melhores condições de vida a família, mas ele não gostava dos enteados, bebia demais e era abusivo com Maria, ela já não podia mais trabalhar e nem seguir seu sonho de estudar e se formar, agora tinha que ficar em casa e aguentar tudo, ela teve com ele mais 2 filhos com o tempo ele adoeceu, teve cirrose devido ao alcoolismo e ela cuidou dele até o fim, depois de viúva ela pôde então estudar se formou no fundamental e ensino médio, mas achou que era pouco e queria mais, mesmo com mais idade ela achou que não era suficiente e seguiu com um curso superior, se tornou uma enfermeira e parteira muito apaixonada por esse trabalho. Foi frequentando uma igreja evangélica ao qual começou a fazer parte que Maria conheceu seu terceiro marido, ele era pastor dessa igreja e sua esposa estava muito doente, após seu falecimento e ambos viúvos resolveram se casar, viveram muitos anos juntos até que em 2019 ele veio a falecer vítima de um AVC, ela morou em sua velhice com seu marido, seu filho caçula, sua nora e seu neto sendo sempre visitada por parentes e amigos, dando vários conselhos e lições de vida, mas devido a problemas de coração veio a falecer dia 05/07/2022.
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