Projeto Memória dos Trabalhadores Petrobras
Depoimento de Marcos Aurélio Alves de Oliveira
Entrevistado por Priscila Cabral
Brasília, 08 de fevereiro de 2007
Realização Museu da Pessoa
Código do depoimento PETRO_CB558
Transcrito por Flávia Penna
P/1 – Marcos primeiro eu queria agradecer por você ter vindo aqui para dar entrevista. Para começar, eu gostaria que você falasse seu nome, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Marcos Aurélio, eu nasci em 12 de maio de 1966, tenho quarenta anos e nasci aqui em Brasília mesmo, no Distrito Federal.
P/1 – Eu queria que você falasse um pouquinho de quando você entrou na Petrobras, como foi o seu ingresso, se fez algum processo seletivo.
R – Ok. Eu entrei na Empresa em 22 de dezembro de 1986, lá se vão 20 anos. Recentemente recebi aquela medalha da Petrobras. Já recebi a dos dez e recebo a dos 20. Entrei em 1986, como eu informei, através de um processo seletivo, não através de concurso público como é hoje. Teve um processo seletivo, onde eu ingressei como auxiliar de serviços gerais. De lá pra cá já vão 20 anos. Foi dessa forma que eu ingressei. Vim pra cá através de um anúncio que eu vi no jornal, falei com um amigo sobre esse processo e foi isso.
P/1 – Você sempre trabalhou em Brasília?
R – Sempre trabalhei em Brasília.
P/1 – Sempre na BR também.
R – Não, eu tive emprego antes da BR. Já trabalhei numa imobiliária, antes de vir para cá.
P/1 – E a sua trajetória dentro da Empresa? Você sempre trabalhou no mesmo setor?
R – Não, a minha trajetória dentro da Petrobras, eu considero até muito rica. Como eu informei, eu entrei como auxiliar de serviços gerais, que na época eu acho que era a menor função que tinha aqui. Aí fui até no RGO Relações Governamentais, passei para Auxiliar Administrativo, num processo seletivo também aqui dentro. Depois para a função já extinta de Ajudante Administrativo e desta para Assistente Administrativo na...
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Projeto Memória dos Trabalhadores Petrobras
Depoimento de Marcos Aurélio Alves de Oliveira
Entrevistado por Priscila Cabral
Brasília, 08 de fevereiro de 2007
Realização Museu da Pessoa
Código do depoimento PETRO_CB558
Transcrito por Flávia Penna
P/1 – Marcos primeiro eu queria agradecer por você ter vindo aqui para dar entrevista. Para começar, eu gostaria que você falasse seu nome, local e data de nascimento.
R – Meu nome é Marcos Aurélio, eu nasci em 12 de maio de 1966, tenho quarenta anos e nasci aqui em Brasília mesmo, no Distrito Federal.
P/1 – Eu queria que você falasse um pouquinho de quando você entrou na Petrobras, como foi o seu ingresso, se fez algum processo seletivo.
R – Ok. Eu entrei na Empresa em 22 de dezembro de 1986, lá se vão 20 anos. Recentemente recebi aquela medalha da Petrobras. Já recebi a dos dez e recebo a dos 20. Entrei em 1986, como eu informei, através de um processo seletivo, não através de concurso público como é hoje. Teve um processo seletivo, onde eu ingressei como auxiliar de serviços gerais. De lá pra cá já vão 20 anos. Foi dessa forma que eu ingressei. Vim pra cá através de um anúncio que eu vi no jornal, falei com um amigo sobre esse processo e foi isso.
P/1 – Você sempre trabalhou em Brasília?
R – Sempre trabalhei em Brasília.
P/1 – Sempre na BR também.
R – Não, eu tive emprego antes da BR. Já trabalhei numa imobiliária, antes de vir para cá.
P/1 – E a sua trajetória dentro da Empresa? Você sempre trabalhou no mesmo setor?
R – Não, a minha trajetória dentro da Petrobras, eu considero até muito rica. Como eu informei, eu entrei como auxiliar de serviços gerais, que na época eu acho que era a menor função que tinha aqui. Aí fui até no RGO Relações Governamentais, passei para Auxiliar Administrativo, num processo seletivo também aqui dentro. Depois para a função já extinta de Ajudante Administrativo e desta para Assistente Administrativo na Área Administrativa. Então, eu trabalhei na Área Governamental, depois na Área Administrativa e, hoje, eu estou na Área Comercial, como Assessor Comercial. Não tem aquela frase: “do poço ao posto?” Eu posso dizer que eu estou no posto.
P/1 – Conta pra mim como é o dia-a-dia do trabalho nessa área atual.
R – Olha, é muito bom. É estressante. Todo dia nós temos novas experiências, é corrido. Você tem que ir do poço ao posto. O posto é uma coisa dinâmica mesmo, você tem que está aqui na Empresa, tem que estar dentro do porto, você tem que lidar com o cliente, o cliente externo, que eu acho que é muito importante, mas é gratificante porque não é intediante. Todo dia é um novo dia.
P/1 – Mas a função que você exerce é basicamente de conseguir...
R – Vendas. Se eu falei do poço ao posto, é vendas, tanto no segmento de lubrificantes, produtos claros, gasolina... Então a gente tem que colocar o produto no posto.
P/1 – Entendi. Eu queria que você falasse também da presença da BR no Centro-Oeste. Você pode comentar um pouco.
R – A presença no Centro-Oeste é muito forte. A Petrobras dentro aqui da região do Centro-Oeste, mais dentro de Brasília, que hoje eu faço um trabalho mais dentro de Brasília, do Distrito federal, é muito forte, a imagem da BR é muito forte. O consumidor de Brasília hoje confia na marca Petrobras. A marca da Petrobras é conhecida hoje. Eu tive até uma experiência, hoje dentro da BR tem até um projeto chamado Cidadão Capaz, que é um posto operado por pessoas que tem limitações especiais. Hoje a gente vê que o consumidor associa a imagem da Petrobras a esse projeto, a essas pessoas e reconhece a marca Petrobras.
P/1 – Você acha então que essa conquista da confiança, basicamente, foi pelos projetos?
R – Não, não só pelos projetos, pela marca Petrobras mesmo. Como eu posso te explicar? A marca Petrobras é forte dentro de Brasília. Eu posso dizer que é muito forte, viu?
P/1 – E como foi essa conquista da liderança no mercado da BR ao longo dos anos? Como essa marca foi se fortalecendo?
R – Eu acho que essa marca foi se fortalecendo justamente com o trabalho da Petrobras, com a confiança que a Petrobras transmite ao seu consumidor, tanto em seus programas de qualidade de combustível, como na forma séria que a Petrobras trabalha aqui dentro de Brasília, juntos aos seus revendedores e aos consumidores, aquele consumidor final, aquele que vai ao posto. Nós colocamos o produto no posto e o consumidor vai ao posto. Então, acho que é justamente isso, o trabalho que a Petrobras tem junto aos seus revendedores e junto aos postos transmitindo confiança.
P/1 – E você acha que desde que você entrou na Empresa até hoje, mudou muita coisa? A própria mentalidade da Empresa... Queria que você falasse se você viu essas mudanças.
R – Ah, houve uma evolução muito grande! Mudou e está sempre mudando.
P/1 – Em que aspectos você acha?
R – Aspecto interno ou externo?
P/1 – O que você achar significativo, você pode falar.
R – No aspecto interno, dentro da Petrobras a coisa sofreu uma evolução. Teve uma integração entre Petrobras e funcionários. Acho que hoje a integração é maior. Acho que hoje a Petrobras vê mais o funcionário dela. Acho que o próprio funcionário vê o valor da Petrobras também. Internamente, houve essa evolução. E a Petrobras cresceu muito, acho que nem precisa dizer que ela cresceu muito, a gente pode ver pelos números, pelos resultados e até pela auto-suficiência que hoje é bem divulgada. Então, internamente, a evolução foi muito grande. Isso eu vejo até conversando com amigos. Eu tiro até por mim mesmo, a gente sente a Petrobras mais presente na nossa vida, como sente que o funcionário está mais presente junto a Petrobras.
P/1 – Já fazendo um gancho com isso que você falou, o que é para você ser petroleiro?
R – Olha, eu não vou falar que eu sou petroleiro porque eu sou da BR Distribuidora, então, a gente vai do poço ao posto. Acho que o pessoal da petróleos saberia explicar melhor o que é ser petroleiro a turma do poço ao posto. Eu não me sinto assim um petroleiro. Não posso te falar o que é ser um petroleiro. Acho que, na verdade, eu não conheço nem uma plataforma, como funciona uma plataforma. Eu estou na área fim mesmo, que é questão de comercializar o nosso produto, colocar o nosso produto na ponta. Agora, ser um funcionário da Petrobras, o que é ser um funcionário da Petrobras eu posso dizer. Acho que é um orgulho. Eu estou na Petrobras há 20 anos e eu venho trabalhar durante esses 20 anos todo dia com a mesma motivação, para mim todo dia é o primeiro dia. Então, ser um funcionário da Petrobras, para mim é um orgulho. Quando perguntam onde eu trabalho, eu falo de peito aberto mesmo: “eu trabalho na Petrobras”. Então, ser funcionário da Petrobras pra mim é gratificante, é uma satisfação, eu me sinto realizado. Resumindo, eu até falo, quando eu entrei na Petrobras há 20 anos, eu tinha acabado o segundo grau. Eu tinha feito vários concursos e o primeiro que me chamou foi a Petrobras. Depois de um ano que eu estava aqui, eu fui selecionado para outros órgãos, que inclusive pagavam um pouquinho melhor. Mas eu preferi ficar na Petrobras porque eu me sentia bem na Petrobras. E, hoje, depois de 20 aqui, 19 anos, no primeiro ano eu ainda fiz alguns concursos, mas depois eu não senti necessidade de fazer um concurso para sair da Petrobras – e Brasília é a cidade do concurso. Eu me sinto bem na Petrobras e é um orgulho.
P/1 – E ao longo desses 20 anos, você tem alguma lembrança mais forte de algum momento que você viveu, de alguma história interessante ou engraçada que tenha te marcado?
R – Nossa, são tantas histórias, tantos momentos. Por incrível que pareça, eu acho que um momento que eu me lembro muito bem foi, no primeiro ano de Petrobras, a primeira greve que eu vi dentro de Brasília. Eu tinha uns três, quatro meses e não podia vir trabalhar, então eu tive que inventar mil e uma para entrar no prédio porque eu não queria participar daquela greve. Acho que foi um dos momentos que eu mais me lembro, que não foi nem um momento engraçado, mas é um momento que eu sempre lembro. E também lembro de todos os momentos onde eu fui sempre valorizado pela Companhia, quando eu passei de Auxiliar de Serviços Gerais para Auxiliar Administrativos.
P/1 – Você lembra em que ano foi essa greve que você falou?
R – Foi em 1987. Eu entrei em 22 de dezembro de 1986 e em fevereiro, março de 1987, teve uma mobilização. Mas foi a única que eu me lembro.
P/1 – E você se lembra quais eram os motivos da greve, o que estavam reivindicando?
R – Olha, eu acho que eu não me lembro não, acho que eram tantas reivindicações...
P/1 – Aproveitando esse tópico, você é sindicalizado?
R – Sou sindicalizado.
P/1 – Você já teve algum cargo, alguma participação no Sindicato?
R – Não, não. Nunca tive cargo.
P/1 – E como você vê essa relação Sindicato – Empresa? Você acha que mudou alguma coisa?
R – Olha, aqui em Brasília o Sindicato não participa muito, não é muito presente dentro da Petrobras, então fica até difícil eu te dizer se essa relação mudou ou não.
P/1 – A gente está quase chegando no fim, mas antes eu queria deixar em aberto se você tiver alguma coisa que queira deixar registrado, que queira comentar, falar. Pode ficar a vontade.
R – Acho que não tem muito o que registrar. O que tem que registrar aqui é mais a satisfação de trabalhar nessa Empresa, onde eu me sinto muito feliz em estar, estou aqui há anos, pretendo me aposentar nessa Empresa. E eu tenho só a agradecer o que essa Empresa já me proporcionou, isso é uma coisa a registrar, uma coisa muito importante. Essa Empresa me proporcionou muitas alegrias.
P/1 – Para finalizar, eu queria te fazer duas perguntas: como você ficou sabendo do projeto, se você já conhecia antes ou não, e o que você achou de ter participado?
R – Eu fiquei sabendo do Projeto através do nosso correio eletrônico e gostei muito de ter participado, tanto é que quando eu recebi o convite do colega Ricardo, eu prontamente me coloquei à disposição. E olha que eu não sou muito de falar, eu sou um tímido até para falar. Acho muito válido, gostei muito de ter participado.
P/1 – Queria te agradecer, então.
R – Eu é que agradeço.
P/1 – Obrigada e é isso, e acabou!
R – Legal!
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