IDENTIFICAÇÃO Meu nome completo é Marcilio Pinheiro Rolemberg. Nasci em Natal, em 29 de outubro de 1965. INGRESSO NA PETROBRAS Eu entrei em 1984. Achei interessante a forma como entrei na Petrobras. Terminei a escola técnica em 83, curso de mecânica. Aí passei, 6 meses, parado. Um dia resolvi ir à escola técnica ver se tinha algum estágio. Então percebi aquela turma ali no CIEE, que é o órgão que administra estágio para os recém-formados e pensei, “o que está havendo?” Ah, tem um concurso para a Petrobras”. Fiquei contente. Fui lá, perguntei, e meu nome e não estava na lista. “Por que meu nome não está na lista? Sempre tive as melhores notas”. Aí disseram: “foi um erro aqui do CIEE, mas vou colocar o seu nome na lista”. Fiquei decepcionado. Chegou um colega meu e disse: “olha, vou ceder meu lugar para você, porque eu não estou quite com o serviço militar”. Foi aí que eu entrei. Ele cedeu o lugar para mim. Não deu problema não. Conversei com o coordenador, “olha, o rapaz está cedendo o lugar para mim”. E ele disse: “Está tudo bem. Vai pegar seus documentos em casa”. Aí fui correndo, desesperado, para casa, voltei e pronto. Passei um mês estagiando e fui contratado, no dia 16 de agosto de 84. Entrei direto para a plataforma, como operador. Também, tem o exame interno lá. Eram 20 pessoas, passaram nove. O restante foi sendo contratado à medida do possível. Eu me encaixei nessa turma dos nove. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Em 84, entrei como auxiliar de produção. Trabalhei, até 88, na PUC-3, Plataforma de Ubarana 3, como operador. Depois trabalhei 8 anos embarcado. Quando foi em 92, eu já tinha casado, casei em 88, veio a minha primeira filha e senti a necessidade de estar mais em casa, mas foi quando comecei a embarcar. Fiquei assim meio angustiado, embarcava à força, não conseguia dormir direito. Foi quando vim para a...
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IDENTIFICAÇÃO Meu nome completo é Marcilio Pinheiro Rolemberg. Nasci em Natal, em 29 de outubro de 1965. INGRESSO NA PETROBRAS Eu entrei em 1984. Achei interessante a forma como entrei na Petrobras. Terminei a escola técnica em 83, curso de mecânica. Aí passei, 6 meses, parado. Um dia resolvi ir à escola técnica ver se tinha algum estágio. Então percebi aquela turma ali no CIEE, que é o órgão que administra estágio para os recém-formados e pensei, “o que está havendo?” Ah, tem um concurso para a Petrobras”. Fiquei contente. Fui lá, perguntei, e meu nome e não estava na lista. “Por que meu nome não está na lista? Sempre tive as melhores notas”. Aí disseram: “foi um erro aqui do CIEE, mas vou colocar o seu nome na lista”. Fiquei decepcionado. Chegou um colega meu e disse: “olha, vou ceder meu lugar para você, porque eu não estou quite com o serviço militar”. Foi aí que eu entrei. Ele cedeu o lugar para mim. Não deu problema não. Conversei com o coordenador, “olha, o rapaz está cedendo o lugar para mim”. E ele disse: “Está tudo bem. Vai pegar seus documentos em casa”. Aí fui correndo, desesperado, para casa, voltei e pronto. Passei um mês estagiando e fui contratado, no dia 16 de agosto de 84. Entrei direto para a plataforma, como operador. Também, tem o exame interno lá. Eram 20 pessoas, passaram nove. O restante foi sendo contratado à medida do possível. Eu me encaixei nessa turma dos nove. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Em 84, entrei como auxiliar de produção. Trabalhei, até 88, na PUC-3, Plataforma de Ubarana 3, como operador. Depois trabalhei 8 anos embarcado. Quando foi em 92, eu já tinha casado, casei em 88, veio a minha primeira filha e senti a necessidade de estar mais em casa, mas foi quando comecei a embarcar. Fiquei assim meio angustiado, embarcava à força, não conseguia dormir direito. Foi quando vim para a documentação técnica. Tinha um colega meu, aqui, ele disse, “olha, eu estou saindo. Se você quiser ficar na minha vaga tudo bem”. Naquela época, em 92, ninguém queria vir aqui para a sede, porque era perdido, perdia dinheiro. Mas, aproveitei essa oportunidade, em 92, para vir para a sede, em Natal. Até hoje estou aqui e, graças a Deus, muito satisfeito. A história que me marcou foi essa transferência e a minha entrada na empresa. Na época, eu estava querendo trabalhar, aqui, na sede e não era tão fácil a transferência. O que ficou marcado também foi um princípio de incêndio na plataforma. Eu estava deixando meu horário, tinha passado a noite no trabalho e já era meio-dia. Tinha um serviço de solda e saiu uma fagulha em cima do ralo da plataforma. O ralo contém produtos químicos, tal, e começou a incendiar, a turma sem saber o quê fazer. Naquela hora, eu cansado, operando 12 horas de trabalho, fui lá, peguei o extintor de incêndio na mão, “calma”. Eu nem achava que era eu mesmo, contornei a situação. Isso foi um dos fatos que marcou também, na época, que eu trabalhava embarcado. SINDICATO TRAJETÓRIA SINDICAL Sou sindicalizado, atualmente, diretor do sindicato daqui da sede em Natal. Comecei em 1997. Gosto de batalhar pelo coletivo, por isso estou no sindicato. Já é minha terceira gestão. Fomos reeleitos recentemente. A primeira chapa em que me candidatei pelo sindicato foi em 1997. Tinham duas chapas, a nossa era do PC do B e a outra, do PT. Nós ganhamos em 97, 3 anos após e agora, nessa última gestão nos unimos, PC do B e PT. A posse da gente foi sexta-feira passada. A primeira vez que eu concorri, foi em 1997; Já tem 6 anos. A nova, está começando a partir de sexta-feira. Os dois são partidos de esquerda, mas cada um tem a sua política. Em relação ao trabalhador é a mesma coisa. Os dois partidos defendem a mesma postura, do trabalhador da Petrobras, só que um tem uma maneira de pensar e o outro partido, outra maneira. São formas diferentes, que no final dá na mesma coisa. São questões políticas de cada partido. GREVE 1995 A greve de 95, eu passei 1 mês sem salário. Eu não, nós os companheiros. Foi descontado salário, refletiu também no pagamento de férias, mas foi uma greve vitoriosa. Foi um fato marcante, na época. Você passar um mês sem salário, uma situação meio crítica. Um fato que eu não esqueço. SINDICATO TRAJETÓRIA SINDICAL Desde de 1997, atuo como diretor do sindicato de Natal. Sou diretor regional, cuja função é movimentar o pessoal daqui da sede. Chamar o pessoal para a assembléia, passar os informes da empresa para o sindicato e, também, para as pessoas daqui da sede. Isso é a principal função do diretor regional. RELAÇÕES DE TRABALHO Hoje, a relação está melhor, do que com a antiga direção da Petrobras. Vamos dizer que hoje a relação ficou melhor, mas sempre vão ter os embates, porque empresa é empresa e sindicato é sindicato. Nunca vai deixar de existir isso. CULTURA PETROBRAS É um orgulho que eu tenho trabalhar numa empresa de petróleo como a Petrobras. Quando eu entrei na empresa, não dava esse interesse todo à empresa. Depois que eu fui vendo o interesse que a empresa tem; o interesse não, a importância que a empresa tem para o nosso País. A partir do momento que fui trabalhando, fui sentido isso. Hoje, me sinto super engrandecido por trabalhar na empresa e pretendo terminar os meus dias aqui, na Petrobras. ENTREVISTA Isso é muito importante para a gente ver os relatos das pessoas, o que as pessoas sentem da empresa. Isso engrandece a empresa e engrandece também os funcionários, porque antes, não surgiram idéias, como essa, para engrandecer o funcionário. Acho, que uma empresa só vai para frente, quando você engrandece o funcionário. Essa é uma maneira de engrandecer e expor o que cada pessoa está sentindo. Isso engrandece o funcionário e certamente vai engrandecer a empresa.
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