P - Boa Tarde, eu gostaria de pedir que você falasse seu nome, local e data de nascimento. R - Luis Alexandre Garcia, eu nasci em Uberlândia em 18/01/1965 P - Nome dos seus pais? R - Sou filho de Luis Albert Garcia e Ofélia Pereira Garcia P - Qual a atividade de seus pais? R - O meu pai é empresário , presidente atual do grupo Algar e minha mãe é do lar. P/1 E você na sua infância morou em Uberlândia? R - Morei, eu passei toda minha infância aqui em Uberlândia ate os 17 anos, quando me mudei para o Rio de Janeiro. P - Como foi a sua infância e adolescência aqui em Uberlândia? R - A minha infância foi muito boa, diria que bem melhor que a infância que as crianças tem aqui hoje porque naquela época nós vivíamos num país mais tranqüilo, sem violência então foi uma infância típica de um garoto que mora no interior aonde a maior parte do divertimento era ir para o clube, era andar de bicicleta na rua, de skate ,de carrinho de rolamento, me lembro muito dos finais de semana de eu sair com meus pais ir andar de bicicleta e ir até a fazendinha que era aqui perto, então foi uma infância tranqüila e aproveitando muito o local que propiciava essa liberdade de andar na rua tranqüilo e ir pra fazenda de final de semana e é isso basicamente. P - Sua família tem uma presença muito forte na cidade, você notava alguma diferença entre seus colegas, como isso era trabalhado por você? R - Não eu nunca notei diferença nenhuma na minha infância, nessa época a nossa empresa não tinha ainda muito destaque como ela tem hoje apesar de já ser um destaque regional e minha infância foi muito tranqüila e nunca percebi nenhuma diferenciação por causa desse relacionamento com a empresa. P - Tem irmãos? R - Eu tenho uma irmã mais velha e ela se chama Ana marta. P - E o seu tempo escolar, como foi? R - Eu fiz o 1º grau do maternal até a 4º série no colégio das irmãs como a gente chamava que é...
Continuar leituraP - Boa Tarde, eu gostaria de pedir que você falasse seu nome, local e data de nascimento. R - Luis Alexandre Garcia, eu nasci em Uberlândia em 18/01/1965 P - Nome dos seus pais? R - Sou filho de Luis Albert Garcia e Ofélia Pereira Garcia P - Qual a atividade de seus pais? R - O meu pai é empresário , presidente atual do grupo Algar e minha mãe é do lar. P/1 E você na sua infância morou em Uberlândia? R - Morei, eu passei toda minha infância aqui em Uberlândia ate os 17 anos, quando me mudei para o Rio de Janeiro. P - Como foi a sua infância e adolescência aqui em Uberlândia? R - A minha infância foi muito boa, diria que bem melhor que a infância que as crianças tem aqui hoje porque naquela época nós vivíamos num país mais tranqüilo, sem violência então foi uma infância típica de um garoto que mora no interior aonde a maior parte do divertimento era ir para o clube, era andar de bicicleta na rua, de skate ,de carrinho de rolamento, me lembro muito dos finais de semana de eu sair com meus pais ir andar de bicicleta e ir até a fazendinha que era aqui perto, então foi uma infância tranqüila e aproveitando muito o local que propiciava essa liberdade de andar na rua tranqüilo e ir pra fazenda de final de semana e é isso basicamente. P - Sua família tem uma presença muito forte na cidade, você notava alguma diferença entre seus colegas, como isso era trabalhado por você? R - Não eu nunca notei diferença nenhuma na minha infância, nessa época a nossa empresa não tinha ainda muito destaque como ela tem hoje apesar de já ser um destaque regional e minha infância foi muito tranqüila e nunca percebi nenhuma diferenciação por causa desse relacionamento com a empresa. P - Tem irmãos? R - Eu tenho uma irmã mais velha e ela se chama Ana marta. P - E o seu tempo escolar, como foi? R - Eu fiz o 1º grau do maternal até a 4º série no colégio das irmãs como a gente chamava que é um colégio bastante tradicional de Uberlândia, de freiras e depois da 5º a 8º eu fui estudar no Escola Estadual _________ Janete que era uma das melhores escolas de Uberlândia e é até engraçado dizer que uma escola estadual é uma das melhores escolas, da cidade mas realmente era e tinha uma série de cursos profissionalizantes na escola, depois eu fiz o 1º e o 2º aqui em Uberlândia já num colégio particular, o Anglo e me mudei para o Rio de Janeiro pra fazer o 3º ano e fiquei até terminar a universidade de economia na Gama Filho. P - E por que o Rio? R - O Rio na época era uma certa tradição pras pessoas que queriam mudar de cidade e o que me levou foi o exemplo de amigos mais velhos que tinham ido fazer faculdade no Rio e eu senti vontade de sair de Uberlândia até mesmo pra me expor a uma cidade melhor e um centro mais desenvolvido e eu tinha algumas gerações de amigos que tinha se formado no Rio de Janeiro e foi isso que aconteceu comigo e mais um grupo de amigos e foi isso que a gente combinou e interessante foi que a gente mudou na época para um apartamento aonde amigos mais velhos tinham terminado a faculdade e estavam voltando pra Uberlândia e a gente se mudou para esse apartamento e o motivo foi esse. P - Uma espécie de herança, ia passando de geração para geração de amigos? R - É, eu acho que sim e foi muito bom. P - E vocês ficaram sozinhos lá sem o olhar dos pais? R - Foi, eu mudei pro Rio eu tinha 17 anos e ia completar 18 em janeiro e saímos daqui eu e um primo meu e foi até um fato interessante porque eu ia pro Rio sozinho porque eu não tinha conseguido ninguém que fosse comigo e eu disse , eu vou sozinho e na noite de natal a mãe desse primo meu foi passar a noite de natal em casa e eu estou querendo mandar ele estudar fora e eu falei que se ele quiser ir eu passo na casa dele as 5 da manha e realmente eu passei e ele estava me esperando e a gente nem tinha muito relacionamento nessa época e pegamos um carro, tinha um chevetinho e fomos parar na Universidade Estácio de Sá que na época em 78 tinha uns dormitórios e nós ficamos lá uns dois dias até mudarmos para o apartamento, mas foi tudo tranqüilo e hoje quando a gente analisa assim foi um desprendimento grande dos meus pais que deixaram eu e um adolescente mudar pra uma cidade como o Rio de Janeiro mas naquela época o Rio e o Brasil eram bem mais tranqüilos do que hoje. P - Que lugar no Rio? R - Copacabana, na Figueiredo de Magalhães era na atlântica com a Figueiredo e eu falava pra todo mundo que era um apartamento de frente para fundo, só que o apartamento era muito chique mas era de fundo e quando você abria a janela à 20 metros você via a janela do vizinho lá com as roupas penduradas do lado de fora mas era bom porque estávamos próximos a praia e nos ficamos lá durante seis anos e depois mudamos pra Barra da Tijuca lá pro condomínio Novo Leblon. P - Nessa época o Rio, anos 70 era muito agitado. A que tipo de juventude você pertencia? O seu estilo? R - O meu estilo sempre foi de esporte, sempre fiz ginástica até que quando eu mudei pro Rio eu parei um pouco mas ia muito a praia, procurava corre a noite ali no calçadão em Copacabana que era muito bom e saia muito a noite que era muito agitada e sempre aquelas coisa de sair, de paquerar, de namorar, voltava pra casa de madrugada e tinha animo pra acordar no dia seguinte e cochilava a tarde pra carregar as baterias e era uma vida normal de estudante e ia muito a Saquarema, Búzios e era muito tranqüilo. P - Você surfava? R - Não, eu nunca dei conta de surfar, já fiz windsurf mas surf não . P - E onde você cursou o 3º colegial? R - Não me lembro, era um colégio em Copacabana. P - E na Gama Filho você cursou o que? R-Economia, eu me lembro que eu fiz inscrição pra prestar numa série de universidades e a Gama Filho foi o 1º vestibular que teve e o 2º era a PUC e Santa Ursula também eu não fiz pra UFRJ e tinha certas universidades que eu não queria e quando eu fui aprovado na Gama Filho, eu tinha achado a prova tão chata, tão longa e com vontade de voltar pra Uberlândia de férias que na hora que saiu o resultado eu pensei , eu não quero fazer mais nenhum vestibular não e vou estudar na Gama Filho mesmo. P - Por que economia? R - Uma boa pergunta e acho que eu me pergunto, um jovem de 17 anos prestando vestibular eu acho até uma injustiça definir qual a profissão. Meu pai é engenheiro e eu acho que toda influência dos pais que são engenheiros é engenharia e eu num tunha muita aptidão em engenharia, eu gostava de administração de empresas e eu tinha na minha mente que administração era algo que fosse ter uma carreira profissional menos técnica e mais voltada pra negócios então eu sempre tive economia e administração em mente e talvez economia por não saber a diferença entre economia e administração e eu acho que até hoje existe uma confusão entre os dois cursos, por exemplo o curso que eu fiz é totalmente diferente do curso aqui de Uberlândia, minha esposa fez economia e então esse foi o motivo básico de economia. P - Como foi o curso, correspondeu as expectativas? R - Eu creio que sim, se a gente pudesse voltar atrás talvez eu tivesse escolhido uma universidade que tivesse um maior prestigio, era muito boa, melhor do que ela é hoje, mas foi muito bom, tinha muitos amigos e naquela época em final de 70 e tinha muitas greves no Brasil e acontecia muito que os meus colegas passavam os meses de férias, janeiro,natal, julho, estudando em decorrência de greves e na Gama Filho nós não tivemos nenhuma greve nesses quatro anos de faculdade e nós tínhamos uma turma muito boa e acho que pelo fato de ser uma faculdade particular e naquela época tinha uma mensalidade nivelada pelo alto no Rio, nós tínhamos muitos colega um pessoal muito agradável, uma fase muito boa, eu me lembro até hoje de quem conhece o Rio, ela fica em Piedade um lugar quentíssimo, lá faz 42 graus e as vezes a gente matava a aula pra ir pra praia e quando a gente atravessava o túnel Rebouças Ipanema e Copacabana estava nublado e a gente fazia algumas viagens nos finais de semana e foi um período muito gostoso. E apesar da gente ter curtido a época universitária, tudo divertido e ter matado aula eu sempre conseguir manter os estudos numa boa, me formei no tempo correto, ta certo que no último período eu passava o dia todo na universidade que eu fazia 9 matérias e a gente correu atrás do prejuízo e foi bom, uma época boa. P - Fim da experiência de 8 anos, Rio , qual foi seu próximo passo? R - Na realidade eu formei em 4 anos e fiquei no Rio mais 2 anos e voltei pra Uberlândia e não me adaptei muito e achei que aquilo tava perdendo tempo e voltei pro Rio e fiquei mais dois anos e nós tínhamos uma fábrica e eu fui trabalhar, se chamava ABC teleinformática e ficava em Jacarepaguá e trabalhei por dois anos nessa fábrica. P/2 E voltou pra Uberlândia? R - Não, depois disso eu fui fazer um curso de mestrado nos Estados Unidos e mais uma vez eu fui sozinho e foi uma decisão desde a minha época de universidade eu sabia que eu queria fazer um mestrado nos Estados Unidos e tomei a decisão com seis meses de antecedência e eu me lembro que quando passou o Natal e o Reveillon eu fui pra Washington e o motivo de eu ir a Washington é que eu tinha um amigo moprava lá e fui pra lá pra aperfeiçoar meu inglês e os cursos que eu tinha que fazer o Toffel e um outro curso que é o ___________ que é uma prova que é um requisito pra você fazer um MBA lá fora e foi traumático porque eu namorava com a minha atual esposa hoje e aquela coisa de adolescente, aquela paixão, e mas eu tinha decidido ir embora e fiquei 4 anos nos EUA. P - Você tinha algum tipo de orientação do seu pai, do seu avô pra desenvolver um trabalho na empresa? R - Olha, você sempre tem, quando você nasce numa família de empreendedores você sofre uma influência grande de toda família porque aquilo lá se mistura com a empresa, com a família e aquele empreendorismo é algo que desde pequeno você está acostumado a ouvir , em trabalhar, em construir, em fazer, em desafios e sem dúvida nenhuma que isso teve uma influência muito grande na minha infância na minha formação acadêmica e na minha vida profissional até hoje. P - Nos EUA, como foi seu período lá em Washington? R - Meu período foi bom, eu lembro que eu saí daqui de Uberlândia na primeira semana de janeiro e estava um frio do cão , fui pro apartamento, não tinha móveis não sabia como é que andava na cidade, não conhecia ninguém e ficava no apartamento e aos poucos fui aprendendo a me virar, a conhecer pessoas , a dominar melhor a língua e me lembro direitinho que no carnaval meus amigos me ligavam e falavam que estavam na praia e ta fazendo 40 graus e todo dia que alguém me ligava eu tomava um porre, eu quase virei alcoólatra nessa época, e ou virava alcoólatra ou pedia as pessoas que não mais me ligassem porque eu naquele frio , debaixo de neve, sem conhecer ninguém e o pessoal aqui se divertindo e eu lá, mas foi muito bom porque Washington é uma cidade muito boa, eu aprendi inglês adequadamente, fiz teste e passei na universidade Catolic University of América, uma universidade não muito grande mas belíssima e muito boa e comecei a fazer o curso de MBA e Washington é uma cidade muito boa e internacional e conheci pessoas do mundo inteiro até hoje eu tenho amigos daquela época e tinha uma vida completamente diferente da vida que eu levava no Brasil e o apartamento lá era do tamanho do meu quarto aqui em Uberlândia e meus pais quando iam me visitar me perguntavam:- "meu filho, como é que você mora num apartamento desse tamanhozinho, porque você não mora num lugar maior"e eu falava "-gente, aqui é que eu lavo, passo e arrumo e se eu morar num lugar maior eu vou ter mais trabalho pra cuidar desse apartamento, conheço pouca gente então não preciso receber visita e...mas foi muito bom, a minha vida nos EUA, me ensinou muito , conheci diversas culturas e óbviamente depois do primeiro ano morando nos EUA, acabei conhecendo muita gente, um ambiente universitário muito agradável e me lembro que até hoje tem uma restrição muito grande de drink and drive , você não pode beber e dirigir então a gente saia, gostávamos de fazer festa na casa de alguém porque era mais barato e podia beber o quanto você quiser só que no fim da festa acabava todo mundo dormindo na casa de quem estava proporcionando a festa então era comum você acordar no outro dia e acordar no tapete, no chão e onde tivesse espaço que as casas eram pequenininhas e foi bom e viajei muito, conheci muito a cultura americana, estudei muito, não imaginava que eu fosse estudar tanto quanto eu estudei quando morei nos EUA mas foi muito bom, um aprendizado, não só na vida acadêmica que é uma filosofia diferente de estudos porque lá um curso de mestrado as pessoas estudam por conta própria, você vai na aula só pra ter orientação dos professores e o que me deixava muito orgulhoso é que um aluno universitário nos EUA ele é reconhecido como um aluno, as pessoas prestigiam quando você está estudando e eu ia na casa das pessoas e me apresentavam : - "Olha, esse aqui ta fazendo MBA na universidade tal" e eu ficava todo orgulhoso...mas foi bom, uma época muito boa. P - = E os próximos passos, você termina o MBA e houve alguma pressão da família pra você a partir daí reassumir papéis dentro da empresa ou você ficou livre pra escolher o seu caminho? R - Nunca houve, talvez mais tarde mas nessa época no 2º ano de MBA eu me casei com a minha atual esposa e foi até algo interessante porque nesse meio tempo agente falava que ia morar junto, que ela ia pra lá e eu sei que no final eu vim passar um natal aqui no Brasil e quando eu falei pro meu sogro que a gente ia casar ele falou : "-ah conta outra estória que nessa eu não acredito"...mas então eu me casei , eu lembro que nessa época era férias em março no Spring brake, um feriado que tinha aí voltei pra lá comecei a estudar, minha lua de mel foi três meses depois porque estava em época de provas mas aí voltando a sua pergunta eu terminei o curso de MBA nos EUA e não sei se é assim até hoje mas na época eu tinha direito de trabalhar mais um ano e liguei aqui no Brasil e falei pro meu pai que queria trabalhar com telefonia celular, hoje a gente fala celular uma coisa tão óbvia, talvez se os meus filhos verem esse filme daqui a uns 10 anos eles iriam dizer "-papai está louco quando ele falou isso ". Pra vocês terem uma idéia, nessa época só tinha celular aqui no Rio de Janeiro e custava 20 mil dolares um celular e tinha 13 mil assinantes de tão caro que era a telefonia celular e eu falei pra ele pra fazer um contato na Ericson, que tínhamos um contato muito bom lá na época e eles disseram que eu podia fazer um trabalho de trainee na Ericson só que a Ericson Celular ficava em Dallas e eu morava em Washington e fiquei num dilema, eu tinha seis meses de casado, eu vou pra Dallas e largo minha esposa aqui ou ela vai comigo e abandona os estudos aqui, o que é que eu faço? E aí eu fiquei em Washington mas eu cheguei a conclusão que se eu ficasse sem trabalho mais um mês eu ia ficar louco, me sentindo um inútil, talvez eu tivesse ficado lá, curtindo e então eu fiz um acordo com a minha esposa, e falei: "-olha, você fica aqui terminando a universidade e eu vou pra Dallas e no final de semana você vai pra Dallas e no outro eu vou pra Washington"e aí foi isso que eu fiz e eu fiquei mais um ano em Dallas trabalhando na Ericson Radio System, que era uma empresa pequena, tinha 400 funcionários na época e eu acho que eu aprendi mais nessa época em Dallas do que eu aprendi na escola porque eu tive uma experiência muito boa na época na Ericson em Dallas, era uma empresa pequena e eu trabalhei em três setores, comecei numa que se chamava Acount Manager, que tomava conta dos contratos já vendidos, depois finanças três meses e depois nos últimos três meses em Sail Manager vendendo e meu chefe que era sueco naturalmente pois a Ericson é sueca, me chamou e falo : "- olha, nós gostamos do seu trabalho e gostaríamos de convidar você a ficar mais três meses aqui que era a autorização de trabalho que eu tinha do governo americano, que área que você gostaria de trabalhar? E eu falei que qualquer uma menos em finanças e que é até um contra-senso porque quando eu fiz o MBA, o meu foco foi finanças, mas eu não achei interessante a área de finanças e fiquei na área de Acount Manager que é a área de gerenciamento de projetos e foi muito bom , eu fiquei lá por seis meses e como eu era solteiro eu era um (Workalcoolic?), eu trabalhava até as 10 horas da noite então eu acho que as pessoas estavam com o saco cheio daquele trabalho elas falavam: "ah, dá esse trabalho pro Luis Alexandre pra ele fazer", e eles sabiam que eu fazia mesmo e eu fui conquistando a simpatia de várias pessoas dentro da empresa e eu jogava tênis muito bem, na época e lá nos EUA eu jogava e fui pra Dallas jogando bem e a diretoria e a cúpula da empresa jogavam tênis e o presidente, o vice, o financeiro e era engraçado que eu tava lá como trainee, garoto com 20 poucos anos e tocava o telefone e era o presidente pra me convidar pra jogar tênis no sábado ou num dia a noite e isso foi muito bom e eu conheci todo mundo lá na Ericson, desde a cúpula da organização ate as pessoas de fabrica e eu aprendi muito e tenho saudades dessa época até hoje. P - Dando um salto, como ocorre a reentrada sua no grupo Algar? R - Ei fiquei um ano lá em Dallas e eles me fizeram uma oferta de trabalho que eu teria que ficar mais 5 anos nos EUA se eu aceitasse essa oferta e eu cheguei pra minha esposa e disse: Olha, nós já estamos a 4 anos , não dá mais pra ficar nos EUA, é muito tempo, vamos voltar para o Brasil e não quisemos voltar pra Uberlândia na época eu entrei em contato com o pessoal da Ericson aqui no Brasil e perguntei, será que vocês me aceitam aqui na Ericson, e eles falaram que tudo bem você vem pra cá e eu disse que queria férias e eles disseram não, você não tira férias porque nós estamos lançando a telefonia celular no Brasil agora e nós estamos precisando de pessoas com experiência na área de celular e venha rápido e aí eu vim pra o Brasil e fiquei um ano morando em São Paulo e cheguei a conclusão que o último lugar na minha vida que eu queria morar era São Paulo porque era uma vida estressante e com pouco dinheiro, recém voltado pra cá eu não entendia nada daquela cidade, o trânsito era uma loucura e nada funcionava direito e eu não trabalhava direito e cansado, achava que eu fosse curtir São Paulo e sair e aproveitar mas percebi que era diferente a vida de estudante com a vida quando você esta trabalhando e eu simplesmente não tinha energia de sair e chegar 1 hora e acordar no dia seguinte as 7 horas e pegar o metrô e ir pra Ericson que ficava ali na marginal e então eu fiquei 1 ano e meio em São Paulo e aí sim meu pai me chamou pra ir pra Uberlândia e até então eu tinha liberdade e não tinha sido requisitado pra empresa mas ele me falou: -"olha, eu vou fazer um curso de especialização na George Washington Univerity em Washington e eu gostaria que você viesse pra Uberlândia então essa foi minha reentrada na empresa e eu vim pra Uberlândia para justamente para trabalhar na CTBC celular que eu tinha mais experiência e participei de uma dinâmica de grupo com 3 pessoas e me lembro que a psicóloga não queria que eu entrasse na empresa de jeito nenhum e sem falsa modéstia eu tinha o melhor preparação para assumir essa posição que era de coordenador de telefonia celular e fiquei nessa função por quase dois anos, a CTBC era pequena, nós tínhamos celular em 3 localidades Uberaba, Uberlândia e Franca, pra vocês terem uma idéia nós vendíamos menos de 10 celulares por mês e isso em 93, o celular foi inaugurado no natal de 93 e nós tínhamos um objetivo de vender 3000 celulares dentro do Bussiness Plan em 5 anos. O celular naquela época era mística, o pessoal não acreditava muito, mas foi legal ,porque eu tive condições de negociar a minha entrada no grupo e eu falei pra eles: "- olha, da mesma forma que vocês estão exigindo um profissional a altura do cargo eu também... tinha conhecimento da minha capacidade e negociei as condições e o respeito e acho que isso foi muito bom pois eu conquistei o meu espaço dentro da organização sempre fui muito camarada com meus subordinados e nossa equipe era pequena e coesa e eu marcava o horário com as secretárias que eu precisava conversar e respeitei a hierarquia e os processos normais dentro da organização e eu acho que com um pouco de sorte nós fomos superando e batendo as metas mas a gente passou por alguns períodos difíceis, eu me lembro direitinho que nós fomos pra Uberaba visitar alguns clientes em potencial e o pessoal virava pra gente e dizia: "-olha, a gente agradece muito a CTBC, o celular é muito legal mas isso em Uberaba a gente não precisa disso aqui, sem menosprezar Uberaba mas essa era a idéia que as pessoas faziam daquele produto que era uma novidade na época. P - E as suas atividade hoje, fala um pouco sobre elas. R - Eu fiquei dois anos no celular depois o Mario Grossi que era o nosso (IO?) na época me convidou pra trabalhar na (Bull?) na França e eu acho que foi uma experiência maravilhosa porque primeiro Paris é uma cidade fantástica e segundo eu tive a oportunidade de trabalhar numa empresa em que tudo que não se deve fazer numa empresa eu aprendi lá então... se os franceses me ouvirem vão ficar bravos mas realmente o corporativismo francês é uma coisa que consegue ser maior do que o do Brasil, se eu quisesse eu estaria lá até hoje trabalhando porque é impossível ser mandado embora e lá é uma coisa que você tem que matar seu chefe pra ser mandado embora. Mas foi um aepoca boa e mais uma vez eu tive que recomeçar porque eu sai daqui, tinha estudado um ano e meio de francês cheguei lá entendia bulhufas de francês e daí eu era casado eu não tinha filhos ainda nós fomos descobrir um lugar pra morar mas foi ótimo como experiência e tudo na vida a gente deve aprender o que não deve ser feito também e eu em Paris trabalhando na Bull que ficava onde era o quartel general na 2º guerra mundial em (Louvissiene?) perto do Palácio de Versailles, um lugar lindo e eu fiquei lá por 9 meses e cheguei a conclusão que...liguei para o Mário Grossi e falei: "-Chega , eu estou perdendo tempo aqui nessa empresa nessa cidade maravilhosa eu não vou trabalhar mais não eu fazia uma especialização em marketing a noite e eu saía de casa as 6 horas da manhã e voltava pra casa a meia-noite e fiquei os últimos três meses curtindo, eu estudava a noite e depois saia a noite, Paris a noite é maravilhosa e voltava pra casa de madrugada, dormia mas foi muito bom. Aí eu voltei pro Brasil e o pessoal não me aceitou de volta na CTBC , de repente eu poderia ser uma ameaça, não sei porque , um dia eu quero descobrir o motivo e o pessoal falou não na CTBC eu senti uma certa restrição e aí nós estávamos desenvolvendo o projeto da concorrência naquela época a Banda B e nós tínhamos uma equipe multinacional, tinha indiano, coreano, inglês e eu fui trabalhar nessa equipe coordenando a parte de marketing e fiquei nessa holding dois anos em marketing. P - E as suas atividades atuais? R - encerrando, foi feito todo o processo das concorrências da banda B, a hora que terminou eu fui convidado pra trabalhar na holding e eu pensei mas o que que eu vou fazer na holding mas aceitei e fui trabalhar como assessor da vice-presidência executiva e me senti sem agregar valor na organização e fiquei na holding esse tempo todo e não conseguir achar meu espaço, achei um pouco ineficiente minha participação e confesso a vocês que tive uma dificuldade grande em sair de um trabalho operacional que eu sabia fazer e partir para um trabalho corporativo e eu me lembro que chegou uma época que eu tive uma oportunidade de concorrer a superintendência da CTBC e eu consultei meus pares na holding e eles me disseram: "-olha, a sua participação aqui é só você que pode...não é fácil achar um substituto pra o que você está fazendo aqui, agente considera você mais importante aqui do que voltar pra operação". Eu pensei: esse pessoal está me enrolando mais uma vez, será que eu vou ou não vou e conversei com meu pai nessa época e ele me falou: -"eu acho que você tem que ir pra CTBC e você vai e ao mesmo tempo fazendo seu papel na Algar"e aí eu analisei bem e falei: "-olha pai, ou eu faço uma coisa direito ou não faço porque vai ser humanamente impossível eu exercer esses dois papéis, a CTBC é uma empresa imensa ela requer muita dedicação e fiquei na holding e aí hoje eu sou muito feliz com o que eu faço e eu desenvolvo funções corporativas e é sem dúvida nenhuma e eu tenho a responsabilidade de defender os interesses dos acionistas na holding e eu participo das decisões macro estratégicas, vamos dizer assim, sou um guardião da ética e dos valores do Grupo Algar e eu trabalho basicamente nas macro decisões estratégicas do grupo joje e eu faço a interface entre os acionistas e o comitê executivo, trabalhei muito forte na governança corporativa através do nosso conselho de administração, eu diria que hoje tem um papel é fundamental nos rumos da empresa e tomada das grandes decisões e trabalho com essa governança corporativa e estamos instituindo nosso conselho de -----------(PAUSA-51:30 >>>)...família que tem uma responsabilidade muito grande de formar as gerações futuras para que as pessoas possam exercer o que os futuros acionistas possam exercer seu papel na organização seja ele como empregado ou como puro acionista ou alçando seu vôo próprio tendo suas atividade profissionais sejam elas quais forem fora da empresa e também em 99 eu assumi a responsabilidade do nosso programa de qualidade que a gente chama de programa de gestão de processos que é um programa que da muito trabalho e satisfação que é um programa de motivar as pessoas e então são basicamente essas as minhas responsabilidades hoje dentro da holding, não me vejo mais fazendo trabalho operacional, eu nem gosto, apesar de eu ser uma pessoa detalhista eu não gosto de detalhes, me incomoda, me enche o saco e essas funções corporativas são importantes e precisam ser exercidas por pessoas que tenham representatividade, vamos dizer assim P - Que referência que com todo esse...quase nada o que você faz...essa pouca trajetória _______você tem como base uma base extremamente sólida que _____________no seu avô e no seu pai, quais são as referências desses dois personagens que você tenta transportar para o seu cotidiano aqui hoje no grupo Algar? R - Olha, eu acho que a referência que eu tenho é em duas pessoas, tudo iniciou-se com meu avô, eu digo sempre que eu tive a felicidade muito grande de ter convivido com ele e o vovô era uma pessoa muito especial e então, desde pequenininho, a gente vinha passar o final de semana aqui na granja que na verdade era férias do primeiro ao último dia eu ficava aqui e voltava pra aula e eu tinha 7, 8 anos de idade e o vovô colocava a gente no colo, ele tinha na época um Buick preto de banco vermelho e ele colocava os latões de leite e a gente ia dirigindo não alcançava o acelerador mas ele ia acelerando ata a __________ entregar o leite e o vovô desde criança que a gente escutava ele dizendo que tinha que trabalhar, que tinha que estudar, que tinha que ser responsável, que tem que fazer as coisas, que o que ele estava fazendo que era aquilo que ele estava trabalhando, que não podia gastar dinheiro, que tinha que fazer economia e não podia desperdiçar e isso me influenciou muito e eu fui aprendendo isso com ele que o trabalho dignifica as pessoas e fui gostando de trabalhar e sem dúvida nenhuma toda essa responsabilidade teve uma época e que começou a pesar muito sobre meus ombros que chegar ao ponto de será que eu devo trabalhar ou estudar e investir na minha vida acadêmica mas graças a Deus eu consegui...(PAUSA)... ...Então sem duvida nenhuma eu fui muito feliz de ter convivido com o vovô desde a minha infância até quando ele adoeceu que eu já morava no Rio , eu tina 20 poucos anos e é o grande exemplo de vida que eu tive e que eu sigo até hoje e uma coisa que me deixou muito satisfeito é que quando eu trabalhei com pessoas que trabalharam com meu avô, por exemplo na Ericson em São Paulo, teve várias pessoas que chegaram e me contaram histórias sobre ele e sempre justas e motivadoras e todas as passagens tiveram um aprendizado final e eu me lembro dessas pessoas dizendo das broncas que ele deu, ele era muito enérgico mas todas as pessoas diziam: "- Mas olha, eu sou muito grato a ele por que toda aquela energia no fundo ele tinha razão e eu aprendi muito com isso e isso foi gratificante e eu pude moldar um pouco mais e entender o relacionamento que eu tinha com ele, ele era um sábio e as pessoas que conviviam com ele eram felizardas porque o tempo todo ele passava um conhecimento, uma experiência de vida, uma vontade de trabalhar e uma garra de trabalho extremamente salutar e então o vovô foi um grande exemplo na minha vida e ele tinha passagens interessantes, ele dizia sempre que não podia desperdiçar e nem gastar dinheiro no entanto no natal ele comprava um caminhão de vinho português e dava para os amigos deles todos, numa ocasião ele estava doentinho e fomos a um restaurante e na hora de pagar a conta e ele abriu a carteira e não tinha mais dinheiro e ele falou: -não meu neto, não se preocupa não, eu tenho uma emergência aqui e aí ele abriu um bolsinho que ele tinha no bolso e tirou umas notas de dinheiro que foi o suficiente pra pagar a conta e aí ele sempre dizia: "- ta vendo, a gente sempre precisa ter uma emergência, ter que ter um dinheirinho guardado"e eu acho que talvez a maior ou melhor característica do vovô não foi essa garra e vontade de trabalhar e sim essa capacidade de conhecer as pessoas, ele tinha um sexto sentido, 30 segundos de conversa com uma pessoa e se a pessoa saía da sala ele falava essa pessoa não presta e sem querer menosprezar a pessoa mas você podia escrever que mais cedo ou mais tarde alguma coisa errada iria acontecer com essa pessoa, e essa capacidade de identificar as qualidades e comisso ele se cercou de pessoas boas e todas elas que conviveram com ele, desde um pedreiro até um presidente de uma empresa, ele sempre transmitiu ensinamentos, uma vez ele encontrou um pedreiro que estava jogando só um tijolo de cada vez pra outro pessoas que estava no 1º andar de um prédio e ele estava passando na obra e ele pegou dois tijolos e jogou pro cara que estava no 1º andar e chegou pro servente e falou: "-escuta, você não percebeu que se você jogar dois tijolos ao mesmo tempo você vai fazer o mesmo trabalho na metade do tempo e vai cansar menos" e então eu acho que eu fui aprendendo através de coisas que ele me contou e historias de pessoas que conviveram com ele além de meu pai que sem dúvida nenhuma foi um grande influenciador e incentivador na minha vida porque o papai sempre foi uma pessoa empreendedora e despojada e humilde, e eu aprendi a ser humilde com eles e a dar valor ao trabalho e toda essa parte eu que sempre fui tímido mas esse desprendimento de ir morar no Rio com 17 anos de idade e sem o empurrão do meu pai eu não teria ido e ganhei uma motinha com 14 anos e isso foi um desprendimento do meu pai, eu andei de kart e quando fui para os EUA foi com incentivo dele e então o papai foi sempre arrojado e sempre me incentivou nesse aspecto e sempre me ensinou que se a gente fizer as coisas com afinco e determinação a gente não pode ter medo e por outro lado o papai nunca recriminou as falhas e os erros que eu já tive, muito pelo contrario ,sempre que fazia alguma arte, uma coisa errada ,até hoje, eu sempre me chamava e dizia: "-olha, meu filho, ta certo você errou, espero que você tenha aprendido com isso e tire suas lições desse erro"e meu pai e meu avô são as duas pessoas que me influenciaram muito e tenho alguns tios também, tem o tio Wilson que foi o financeiro da CTBC que na época da Algar, era grupo ABC, eu sempre aprendi muito com ele também e eu posso dizer que eu tive esa felicidade de conviver com pessoas muito boas e que me ensinaram muito e tem outro tio também que se chama Franz que eu convivi muito com ele na época difícil de adolescente, de pulberdade de 13, 14 anos, tio Franz já é falecido hoje, todos, só o vovô que não e ele sempre tinha paciência de me esperar de manha em casa, 3 horas da manha pra conversar, e até mesmo, muitas conversas que eu tive com o tio Franz eu não tive com meu pai eu não tive com meu pai porque meu pai era um pouco vergonhoso nesse relacionamento com adolescente e nesse aspecto eu me abria mais com o tio Franz. P - Além desse universo executivo e de todas essas referências existe um outro Alexandre que tem filhos e é casado e tem hobbies, enfim, quem é esse Alexandre? Como ele é? R: Olha, que tem filhos sabe que os seus parâmetros mudam muito, e quando eu tive meus filhos eu percebi coisas que não tinha percebido antes e eles mudam até...(PAUSA) ... E ter filhos ajuda a gente compreender muita coisa na vida inclusive nossos pais que são as preocupações que eles tem conosco até hoje e a gente ficava muito tempo sem entender aquilo e então eu aprendi a conhecer o que é amor incondicional a partir do momento que eu tive meus filhos e hoje eu dedico muito tempo a eles e me preocupo muito com a formação deles e procuro até me orientar melhor para que eu possa exercer a melhor influência possível sobre os filhos. A minha vida de hobbie, eu gosto de correr de automóvel, eu corri de carro quando era adolescente, de 14 anos e recentemente agora nos últimos 5 anos eu estou correndo de rallie e eu achei interessante porque ele te dá toda adrenalina e os desafios de uma corrida de automóvel e ao mesmo tempo você consegue fazer uma analogia entre a corrida de rallie e sua vida empresarial porque você tem a equipe que está com você, você tem que aprender a calcular e assumir os riscos, que traçar estratégias você tem que ter táticas e saber mudar as táticas de acordo com as situações que você encontra, o tempo todo você esta analisando seus concorrentes e durante 5 anos a gente aprendeu muito e no começo eu não conhecia nada, não conhecia ninguém e nesse ano eu estou dando um tempo mas foi interessante que no começo do ano teve uma premiação em São Paulo e eles pegaram o 1º e 2º colocados em todas as competições automobilísticas do Brasil e fizeram um evento de 200 pessoas e no Brasil tem mais de 20 mil pessoas que praticam esse esporte e eu fui com a minha esposa e ela acho muito interessante e as pessoas que eu conheço de todo o Brasil que fazem rallie , conseguimos ser campeões brasileiros 2 anos em nossa categoria e foi legal, é uma forma da gente relaxar do stress, de fazer um a coisa diferente do dia a dia do trabalho, e eu gosto de esporte de uma forma geral, eu velejo, velejamos muito de hobbie cat e temos um pequeno barco, um Trimaran, um barco oceânico, eu jogo tênis e eu costumo dizer que praticar esporte é uma forma de perder menos doída porque na vida sem dúvida nenhuma a gente vai perder, vai cometer erros, e vamos ter sucessos também e praticando esporte você tem a oportunidade de conviver com sucesso e fracasso as vezes um após o outro e você aprende a lidar com isso, com as frustrações de ter perdido e com a alegria de ter tido sucesso e conseguido fazer alguma coisa boa. P - Bom Alexandre com essa pergunta a gente encerra essa entrevista e com certeza temos muita coisa pra falar mais pra frente e gostaria de agradecer a sua entrevista, foi ótima e muito obrigado.
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