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Por: Museu da Pessoa, 9 de novembro de 2008

Luciano: histórias de um professor Macuxi

Esta história contém:

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P/1 – Boa tarde, Luciano. Pra começar, eu gostaria que você dissesse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Luciano Perez Bonifácio, nascido a 5 de janeiro de 1952, aqui na comunidade Barro, Surumu, município de Pacaraima.

P/1 – E tem essa coisa do registro indígena?

R – Tenho.

P/1 – Como que é?

R – Tenho o civil e o indígena.

P/1 – O registro foi tirado quando nasceu, mesmo? Ou foi depois? Como é que é?

R – Logo que a Funai [Fundação Nacional do Índio] começou a assentar o posto aqui na região, eu solicitei o registro indígena. Isso foi em 1998.

P/1 – Qual é o nome dos seus pais?

R – Hilário Bonifacio, pai. Mãe, América Perez.

P/1 – E eles são daqui mesmo?

R – São nascidos aqui, macuxis mesmo, nativos daqui.

P/1 – O povo é Macuxi?

R – Aqui, a predominância é Macuxi. Alguns Wapixanas, mas é minoria. Aqui na região do Surumu prevalece os Macuxis.

P/1 – E a língua é a Macuxi?

R – É Macuxi.

P/1 – Qual a diferença entre um povo e outro? Tem muita diferença?

R – O mais próximo do Macuxi é o Wapixana porque convivem juntos. Mas, tem outras etnias que são mais difíceis, que é o caso dos Yanomamis e os Yekuanas. Mas hoje, aqui no estado de Roraima, o Macuxi, o Wapixana e os Taurepang, que são aqui de Pacaraima, da fronteira, já têm uma vivência. Não existe uma diferença muito grande, é somente na língua e algumas palavras já pegam outro sentido. Não é o dialeto, é a língua em si que diferencia.

P/1 – Você pode dar um exemplo de alguma coisa que é falado de forma diferente?

R – Por exemplo, no Macuxi, quando você diz: “Você está bem?” É “Pri´ya”. “Você está bem?” “Sim”. Se você não está bem você diz: “kƏne”, e se está bem, diz:...

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Dados de acervo

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Projeto Banco do Brasil - 200 anos de Brasil

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Luciano Perez Bonifacio

Entrevistado por Nádia Lopes e Lenita Verônica

Pacaraima, 09 de Setembro de 2008

Código: BB200_HV034

Transcrito por Karina Medici Barrella

Revisado por Alice Silva Lampert

P/1 – Boa tarde, Luciano. Pra começar, eu gostaria que você dissesse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Luciano Perez Bonifácio, nascido a 5 de janeiro de 1952, aqui na comunidade Barro, Surumu, município de Pacaraima.

P/1 – E tem essa coisa do registro indígena?

R – Tenho.

P/1 – Como que é?

R – Tenho o civil e o indígena.

P/1 – O registro foi tirado quando nasceu, mesmo? Ou foi depois? Como é que é?

R – Logo que a Funai [Fundação Nacional do Índio] começou a assentar o posto aqui na região, eu solicitei o registro indígena. Isso foi em 1998.

P/1 – Qual é o nome dos seus pais?

R – Hilário Bonifacio, pai. Mãe, América Perez.

P/1 – E eles são daqui mesmo?

R – São nascidos aqui, macuxis mesmo, nativos daqui.

P/1 – O povo é Macuxi?

R – Aqui, a predominância é Macuxi. Alguns Wapixanas, mas é minoria. Aqui na região do Surumu prevalece os Macuxis.

P/1 – E a língua é a Macuxi?

R – É Macuxi.

P/1 – Qual a diferença entre um povo e outro? Tem muita diferença?

R – O mais próximo do Macuxi é o Wapixana porque convivem juntos. Mas, tem outras etnias que são mais difíceis, que é o caso dos Yanomamis e os Yekuanas. Mas hoje, aqui no estado de Roraima, o Macuxi, o Wapixana e os Taurepang, que são aqui de Pacaraima, da fronteira, já têm uma vivência. Não existe uma diferença muito grande, é somente na língua e algumas palavras já pegam outro sentido. Não é o dialeto, é a língua em si que diferencia.

P/1 – Você pode dar um exemplo de alguma coisa que é falado de forma diferente?

R – Por exemplo, no Macuxi, quando você diz:...

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