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Sou descendente de famílias do interior do Estado do Pará, das cidades de Peixe- Boi e Castanhal. Embora tenha nascido em Belém, a capital, sempre tive a oportunidade de observar o comportamento e o jeito de ser das pessoas do interior. Aliás, Belém, embora seja uma metrópole, guarda ainda muitas influências caboclas (o mercado do Ver-O-Peso, por exemplo, representa muito bem todo o patrimônio cultural de meu povo amazônico). E foi em Belém que começou uma história que, ao ser registrada agora no Museu da Pessoa, não sei como vai terminar. "O destino a Deus pertence", dizia sempre minha avó, Guiomar Marinho, uma mulher corajosa que andava por trilhas no meio da floresta, sem medo de animais ou assombrações.

Minha avó me ensinou a não ter medo de assombrações e nem do escuro. O mais importante é que ela me ensinou a não ter medo de sonhar. As férias em sua casa, um lugar mágico, cercado de floresta, era sempre uma aventura. Não foram poucas as vezes em que eu queria tirar toda a roupa, me envolver em tangas de penas de animais e correr pelo mato como um curumim. Minha avó, em sua simplicidade, achava tudo muito engraçado...e normal. Ela me dava o maior apoio e deixava eu pensar que era um pequeno índio. Sei que estas experiências foram importantes para a minha formação.

Agora moro em São Paulo e defendo o direito de fantasiar, criar, reciclar sentimentos, ser outro: sou ator. A realidade agora é bem diferente. É preciso ter malícia, inteligência e sempre desconfiar de algumas pessoas. Isto, minha avó não me ensinou. Que falha a dela Mas está perdoada porque meus pais, sempre preocupados comigo, e mesmo vivendo em Belém, estão dispostos a me defender se eu precisar de algo. Curioso como agora, ao contar minha história, não consigo deixar de contar também a história de meus ancestrais. Corrigindo: não posso contar a história deles porque isto é muito PESSOAL. O que posso é fazer referência, é mostrar onde a vida...

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