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História
Por: Museu da Pessoa, 26 de julho de 2008

Longe das cidades

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P/1 – Então, seu José, primeiro boa tarde. Pra começar, eu queria que você me dissesse seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – José Moreira dos Santos. Sou de 68, de agosto.

P/1 – E qual o nome dos seus pais?

R – Denetino e Eva.

P/1 – E o senhor vivia onde? Onde o senhor nasceu?

R – Ah, a gente... Meus avós... Eu nasci no Vão de Almas. Meu avô foi nascido lá, o pai de meu avô foi nascido lá. E nós vivemos lá até hoje. Agora essa história da onde meu avô veio, o pai do meu avô, até hoje a gente tá sendo descoberto diretamente. Diz que foi vindo da mina de ouro, outro fala que é da África, mas até hoje nós mesmos não sabemos de onde nós somos.

P/1 – E qual é a origem da comunidade, como ela surgiu?

R – Surgiu lá, tipo assim: nasceu, ninguém não sabe contar. Não sabe se é da África... É Kalunga. Mas esse nome de Kalunga foi por uma grota, um pé de árvore, aí nasceu por esse pé de árvore, nós pusemos os nomes nos kalungas todos, no pessoal.

P/1 – E como é a comunidade lá, você pode descrever pra gente?

R – Ah, na comunidade a pessoa trabalha: planta arroz, mandioca... E aí a gente come do que produz. Aí vende a farinha e compra um óleo, um feijão, açúcar... Feijão lá é muito lugar que não dá. Dá aquele de corda, mas aquele de arrancar ele não dá. E aí a gente vive daquilo que produz.

P/1 – E desde criança você vive lá?

R – Diretamente.

P/1 – E quando o senhor era criança, o senhor convivia com quem?

R – Meu pai.

P/1 – E qual é o nome dos seus pais?

R – Denetino.

P/1 – Denetino? E o que vocês brincavam quando criança? Que lembrança o senhor tem da infância...?

R – Ah, lá era luta, jogar caco de barro nos outros. Diretamente a gente brincava muito tempo. Lá a gente brinca todo mundo: criança, gente adulto, pode brincar... Igual...

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Dados de acervo

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UNESCO – Cada Língua Uma História

Depoimento de José Moreira dos Santos – Comunidade Kalunga

Entrevistado por Gustavo e Patrícia

Vila de São Jorge, 26/07/2008

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista nº CLH_CB009

Transcrito por Quelany Vicente

Revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 – Então, seu José, primeiro boa tarde. Pra começar, eu queria que você me dissesse seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – José Moreira dos Santos. Sou de 68, de agosto.

P/1 – E qual o nome dos seus pais?

R – Denetino e Eva.

P/1 – E o senhor vivia onde? Onde o senhor nasceu?

R – Ah, a gente... Meus avós... Eu nasci no Vão de Almas. Meu avô foi nascido lá, o pai de meu avô foi nascido lá. E nós vivemos lá até hoje. Agora essa história da onde meu avô veio, o pai do meu avô, até hoje a gente tá sendo descoberto diretamente. Diz que foi vindo da mina de ouro, outro fala que é da África, mas até hoje nós mesmos não sabemos de onde nós somos.

P/1 – E qual é a origem da comunidade, como ela surgiu?

R – Surgiu lá, tipo assim: nasceu, ninguém não sabe contar. Não sabe se é da África... É Kalunga. Mas esse nome de Kalunga foi por uma grota, um pé de árvore, aí nasceu por esse pé de árvore, nós pusemos os nomes nos kalungas todos, no pessoal.

P/1 – E como é a comunidade lá, você pode descrever pra gente?

R – Ah, na comunidade a pessoa trabalha: planta arroz, mandioca... E aí a gente come do que produz. Aí vende a farinha e compra um óleo, um feijão, açúcar... Feijão lá é muito lugar que não dá. Dá aquele de corda, mas aquele de arrancar ele não dá. E aí a gente vive daquilo que produz.

P/1 – E desde criança você vive lá?

R – Diretamente.

P/1 – E quando o senhor era criança, o senhor convivia com quem?

R – Meu pai.

P/1 – E qual é o nome dos seus pais?

R – Denetino.

P/1 – Denetino? E o que vocês brincavam quando criança? Que lembrança o senhor tem da...

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